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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS

Por:   •  10/12/2018  •  Resenha  •  1.722 Palavras (7 Páginas)  •  170 Visualizações

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FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS

CURSO DE PSICOLOGIA

Processos de Intervenção Familiar I

FERNANDOPOLIS – SP 2012

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FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS

CURSO DE PSICOLOGIA

Processos de Intervenção Familiar I –

Resenha do texto “Um Referencial Sistêmico para a Prática Clínica”

Aluna:                Marcela C. Gonçalves

Trabalho apresentado para avaliação na disciplina de Fundamentos da Psicologia Clínica, do curso de Psicologia 7º Semestre da Fundação Educacional de Fernandópolis ministrado pela prof(a) Conceição Aparecida Dos Santos Polleto Gurian.

FERNANDOPOLIS – SP 2012

RESENHA DO TEXTO “UM REFERENCIAL SISTÊMICO PARA A PRÁTICA CLÍNICA”

GRANDESSO, M. In: Sobre a reconstrução do significado: uma análise epistemológica e hermenêutica da prática clínica. Um Referencial Sistêmico para a Prática Clínica, São Paulo: Casa do Psicólogo, ed. 2, 2000, p. 116-142.

Utilizava-se na década de 40 a psicanálise, enquadrada no modelo intrapsíquico de atendimento individual, concretizada em uma relação em que o analista voltava-se para o paciente por meio de seus conteúdos da linguagem manifesta para o conteúdo latente do inconsciente, ou seja, voltada para historia passada, sendo criticada nesta época por desconsiderar as condições do ambiente como contexto.

Tinha-se como contexto às consequências da Segunda Guerra Mundial, a crítica das teorias psicodinâmicas e terapia psicanalítica.        Diante disto, a teoria sistêmica surgiu para a busca de novas alternativas de compreensão e tratamentos dos dilemas humanos, baseada na capacidade de perceber e compreender o momento histórico, mudando o foca da prática terapêutica do indivíduo para a família com ênfase nas interações entre seus membros, para atender as demandas familiares.

Os trabalhos iniciais tinham como foco famílias com pacientes esquizofrênicos, proposto por Gregory Bateson, Don Jackson, Weakland, Haley, entre outros; e famílias com filhos delinquentes, proposto por Wiltwick. Percebe-se que a teoria e prática sistêmica desenvolveram-se de forma interdisciplinar, não uniforme através de múltiplas perspectivas, com grupos distintos, na qual o pensamento sistêmico, isomorfismo entre os sistemas, foi proposto por Von Bertalanffy associado à cibernética de Wiener, ponderando os processos de comunicação e controle dos sistemas, com aplicação prática atribuída a Gregory Bateson.

        Os principais conceitos da Teoria Geral dos Sistemas são a globalidade, todo sistema é um todo coeso, na qual uma mudança em parte do sistema provoca mudança nas outras partes; a não-somatividade que considera que um sistema não é a soma de suas partes, enfatizando o todo, na sua complexidade e organização; a homeostase que é um processo de auto regulação que mantem a estabilidade do sistema, preservando o funcionamento do mesmo; a morfogênese que caracteriza os sistemas abertos pela capacidade de absorver os imputs do meio e mudar sua organização; a circularidade atribuída à bilateralidade na qual a interação entre os membros do sistema revela-se como uma sequencia circular sem que a ordem dos fatores altere o produto; a retroalimentação (feedback) que garante a veiculação da informação entre os membros do sistema, com funcionamento circular, tendo duas formas, o feedback negativo que visa manter a homeostase, conservadora, promove a manutenção do status quo, e o feedback positivo que visa a mudança do sistema, favorece a evolução; a equifinalidade refere-se ao fato do sistema aberto alcançar um estado constante independentemente do tempo, esse estado é independente das condições iniciais e depende apenas das condições atuais do sistema, ou seja, significa que um certo estado final pode ser atingido de muitas maneiras e de vários pontos de partida diferentes. Estes conceitos fundamentam “a família como um sistema aberto, mantendo uma interdependência entre seus membros (globalidade) e com o meio, no que dizia respeito às trocas de informação, usando de recursos de retroalimentação para a manutenção da sua estabilidade (organização) [...] homeostase familiar, obtida por meio de regras que governam as transações da família.” (GRANDESSO, 2000, p. 121).

Considerando estes conceitos o paciente identificado (PI) é considerado como um porta-voz da disfunção familiar, sendo um mecanismo homeostático.

Para entender o desenvolvimento da terapia familiar é necessário compreender os conceitos da Cibernética que é considerada a ciência do controle e da comunicação no animal e na máquina. A primeira mudança foi com relação ao foco da terapia familiar, que passou da matéria da energia, para a informação, comunicação e organização. O campo da cibernética teve dois principais momentos, a Cibernética de Primeira Ordem e a Cibernética de Segunda Ordem.

O primeiro momento foi baseado numa visão homeostática, a partir da década de 70, que utilizava o postulado de independência entre observador e sistema observado, fundamentado no sistema que opera de acordo com uma meta, cujo alcance era garantido por mecanismos de regulação e controle, na qual sempre que o agir do sistema se afastasse de sua meta, a retroalimentação negativa forneceria a informação desse desvio para neutralizá-lo. Este último processo referente à retroalimentação negativa chama-se morfoestase. Já a morfogênese caracteriza a retroalimentação positiva que amplifica o sistema para adaptar às condições do contexto. Portanto, além de conseguir manter sua estabilidade, um sistema vivo precisa ser capaz de modificar sua estrutura básica para adaptar-se as situações de mudanças do meio. Dentro desta visão há as mudanças de primeira ordem, de natureza irreversível, descontínua, que provoca salto qualitativo do sistema para outro nível de organização; há também as mudanças de segunda ordem, as mudanças qualitativas dos sistemas afastados do equilíbrio, sendo fundamental para seleção de novas formas de organização; o acaso apresenta o contexto gerador das perturbações; a história, um conjunto de singularidades que determinam às novas ordens a organização; a retroalimentação evolutiva pauta-se na evolução de um sistema poder seguir para situações improváveis. De acordo com o apresentado os terapeutas planejam suas ações segundo a meta, definem o problema de forma clara e aplicam técnicas para agir e corrigir o problema.

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