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Fenomenologia

Por:   •  17/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.885 Palavras (8 Páginas)  •  288 Visualizações

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Fenomenologia e existencialismo: articulando nexos, costurando sentidos

O surgimento do movimento fenomenológico: os primeiros momentos

Edmund Husserl (1859-1938) foi responsável pelo inicio da fenomenologia, para ele a fenomenologia designa uma ciência, uma conexão de disciplinas cientificas, mas, ao mesmo tempo e acima de tudo estabelece um método e uma atitude intelectual especificamente filosófica, o método especificamente filosófico.

A fenomenologia é caracterizada por vários filósofos importantes da história, Emmanuel Lévinas diz de que forma a “atitude” pode unir pensadores e pesquisadores e uni a fenomenologia com os filósofos, é importante frisar que a fenomenologia muito bem esclarecida por Rovighi não é uma mera e simples descrição dos fenômenos, e sim um método que todos os filósofos adotam ou tentam adotar quando se perguntam quais são os dados indubitáveis com base nos quais é possível justificar certa realidade, quais são as coisas manifestas (os fenômenos), tão claramente manifestas que não podem ser negadas.

A história da fenomenologia está ligada a três grandes ícones: Franz Brentano, Karl Stumpf e Edmund Husserl, vamos priorizar um pouco Husserl, matemático movido pela astronomia acreditava que as respostas de que necessitava para as perguntas sobre sua fundamentação encontraria na astronomia, autor da “ciência eidética”, sua obra ainda não completa exalta sua grande procura sobre a exatidão.

De Brentano, Husserl lembrara além da diferença entre fenômenos psíquicos e fenômenos físicos, os primeiros que comportam uma intencionalidade, Brentano indica Husserl para universidade de Halle e se torna assistente do psicólogo e professor de filosofia Karl Stumpf, sua perspectiva psicológica seguia as idéias de Brentano que se opunha de Wilhelm Wundt.

O primeiro movimento de Husserl surge como critica do psicologismo, essa critica se junta com a de Dilthey que faz uma separação entre a necessidade de explicar a natureza e a vida psíquica, a critica é feita ao naturalismo positivista que queria aplicar os métodos das ciências naturais, explicando indutiva e experimentação as ciências do espírito levando a uma explicação das atividades humanas em pensamento causal.

Redução fenomenológica ou epoché segundo Husserl significa entre parênteses o pré-conceitos, os pré-juizos caracterizados da “atitude natural” na vida cotidiana para chegar às mesmas coisas, indicando que não devemos partir de “verdades” estabelecidas, e não utilizar como ponto de partida filosófico, sendo que a idéia principal e colocar “fora de circuito” a “atitude natural” que se caracteriza por considerar a realidade como anterior e independente da consciência, não como atitude teórica, e sim como uma crença de existência do mundo.

Outro fato marcante no movimento fenomenológico é os círculos, compostos por alunos e pesquisadores que foram construídos ao longo na vida de Husserl, mas conhecidos como Círculos de Gottingen e Circulo de Munique, os principais representantes destes grupos deram corpo ao movimento fenomenológico nas décadas seguintes sendo que alguns autores se aproximaram mais tardiamente da fenomenologia.

Em 1916 Husserl vai para Freiburg e em 1928 se aposenta por sua vez a fenomenologia ganhe espaços nas discussões filosóficas e surgem então “novas visões” da fenomenologia, seu assistente Martin Heidegger e Hans-Georg Gadamer estarão sempre como seus seguidores e discípulos, em meio a conflitos sócias nas décadas de 1920 e 1930 na Alemanha, o próprio pensamento existencialista se aproxima da fenomenologia e compõe uma visão diferente, mas não distante da fenomenologia husserliana.

Existencialismo: o ser e seus múltiplos

No final dos anos de 1940 a mídia usou um termo para indicar aspectos sociais da vida francesa na qual intelectuais estavam entrelaçados, especialmente Jean Paul Sartre em a força das coisas (1995). O termo seria existencialismo, a inquietação com a ação e consciência do problema da escolha na existência humana.

Os inimigos de Sartre alimentaram os equívocos que se haviam criado em torno do existencialismo. Tinham-se alinhado sob esse rotulo todos os nossos livros. Anne Marie Cazalis teve a idéia de se aproveitar dessa ação. Ela pertencia ao mesmo tempo Saint Germain-des- pris literário e ao mundo subterrâneo do jazz, batizou de existencialistas a cambada que a rodeava e a juventude que flamava o tabou e a pergola. Houve uma enorme publicidade do tabou. No outono de 1947, não se passava uma semana sem que se falasse das suas badernas, festividades, freqüentadores, escritores, políticos, jornalistas, etc.

Em 1945 Sartre declara que sua filosofia é uma filosofia da existência. Muitos autores e historiadores do existencialismo indicam os diferentes termos usados nesta filosofia como indicados cada um a uma vertente dentro dela. Alguns autores (antes da onda sartriana) deixam de lado as tentativas de denominação e trabalham um conjunto de proposições provenientes de cada autor. O que os une, e nisso concordam todos os autores, é a concepção de uma filosofia: Que seja concebida e se exerça como analise da existência, desde que por existência se entenda o modo de ser do homem no mundo. O existencialismo é assim caracterizado, em primeiro lugar, pelo fato de questionar o modo de ser do homem; e, dado que entende este modo de ser como modo de ser no mundo, caracteriza-se em segundo lugar pelo fato de questionar o próprio mundo, sem por isso pressupor o ser como já dado ou constituído.

De acordo com Beaufret (1976, p. 57), ao falarmos existencialismo, o que primeiro acentuamos é a palavra existência e esta palavra implica numa antiga contraposição expressa na palavra essência. O sentido de ek-stase dado por Aristóteles, ainda segundo Breaufret, procura evidenciar que a mudança é a existência, isto é, saída de um estado para outro. Este sentido de existência aponta para o sentido próprio da filosofia como existência que se constitui em quanto um problema: o problema que o homem põe a si em torno de si, é o ser próprio do homem como problema de si próprio, afirma Abbgnano (1962, p. 49).

Assim como fenomenologia esta para Husserl, o existencialismo esta para Kierkegaard, pastor protestante dinamarquês que marcará o primeiro momento da história do existencialismo. Seu tributo foi reconhecido por um grande numero de filósofos que em 1963 em paris, a UNESCO reuniu para comemoração dos cento e cinqüenta anos de seu nascimento, apesar das contrastantes apresentações e do paradoxo criado (Kierkegaard vivo (colóquio), 2003; AMOROS, 1987, p. 16)

O ponto

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