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Fichamento: Psicologia e Desigualdade Social - Um estudo sobre a consciência política de beneficiários de programas de transferências de renda. Capítulo Trajetórias de Vida.

Por:   •  4/4/2018  •  Ensaio  •  811 Palavras (4 Páginas)  •  419 Visualizações

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FICHAMENTO: Livro Psicologia e Desigualdade Social. Um estudo sobre a consciência política de beneficiários de programas de transferências de renda. Capítulo Trajetórias de Vida.

- [...] Não sabemos se Cláudia foi vítima da imposição de um marido ciumento, que proibia a mulher de sair de casa e fazer novas amizades. Ao que parece, o papel de mãe de família, “paparicada” pelo marido, foi apropriada por Cláudia de maneira mais ou menos consciente ainda que influenciada por um modo de vida tipicamente burguês. (p. 65)

- Cláudia se engajou na comissão de pais como um meio para fazer novas amizades, mas a inserção nesse movimento acabou por fazer se aproximar do plano genérico, de problemas comuns da comunidade e desenvolver uma intenção genuína de melhorar as condições de ensino das crianças da região em que vive. [...] (p.69)

- Cláudia parece compreender a política como um mal necessário, isto é, apesar de ela não ser bem-vinda, existe um fator inexorável que a aproxima dos pais: “a gente depende de quem tá lá fora”. E, justamente, por ter de se relacionar com “gente que está lá fora”, com gente que não se identifica ou não se aproxima das causas populares, é que a política é compreendida como algo negativo – a ação de um estado hostil, sem vinculação cotidiana com as classes populares, sem sintonia com as reivindicações da maioria da população, sem relação de afeto, sem identidade popular. (p. 70)

- Os programas de transferência de renda reforçam uma relação de dependência. [...] (p. 71)

- Mesmo sendo alvo dessa política, Marina consegue enxergar as deficiências do Estado, no caso da Saúde, por exemplo. Marina não está iludida com o benefício que recebe, não admira o governo por isso e percebe esse dinheiro apenas como uma ajuda a mais. No entanto, o sentido de ajuda permanece. Como observa Montaño (2002), isso contribuiu para a população se apropriar da ação governamental como um favor, não como um direito. (p. 72)

- [...] A solução individual para um problema vivido por uma classe, talvez seja reforçada pela ideia de que a função do Estado é ajudar e não prover direitos, noção esta que é reforçada pelos programas assistenciais, como o Renda Cidadã e o Bolsa Família. (p. 73)

- Marina acredita que outras reivindicações podem ser efetuadas pela população, para melhoria das condições de vida dos moradores do bairro em que vive. (p.74)

- Mas uma possível ação do governo talvez seja compreendida como mais uma ajuda da prefeitura, uma vez que existe uma relação consolidada de assistencialismo entre Estado e aquela população. Nesse caso, Marina não entende as melhorias necessariamente como fruto de direitos conquistados, mas, como uma solicitação, por meio de um abaixo-assinado, para que sejam atendidas, por meio de favor, as melhorias solicitadas. (p. 75)

- Para Marina, a solução dos problemas que aponta não é de ordem programática, relacionada a uma concepção ou à falta de vontade política. (p.75)

- Luciana reconhece que a luta pela moradia resultou em melhorias concretas nas suas condições de vida. Ela atribui essas conquistas, principalmente, ao esforço da mãe à frente da associação de moradores. (p.80)

- A internalização da ideologia dominante, que, como diz Martín-Baró (2000), corresponde à internalização da desigualdade social, em uma perspectiva que culpabiliza o pobre pela própria condição de pobreza [...]. (p. 88)

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