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Freud: a sexualidade humana, a curiosidade infantil, as teorias sexuais infantis e o complexo de castração.

Por:   •  31/1/2016  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.427 Palavras (6 Páginas)  •  1.028 Visualizações

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Freud: a sexualidade humana, a curiosidade infantil, as teorias sexuais infantis e o complexo de castração.

A sexualidade humana, segundo Freud, é diferente da sexualidade dos animais. Esta última, é ligada a espécie, predeterminada e respeita uma periodicidade. A sexualidade dos seres humanos não tem uma periodicidade, tem algo que é uma força costante. A pulsão é essa força constante, que estaria ligada a subjetividade e não apenas a espécie. O instinto é igual para todos os indivíduos da espécie, já a pulsão é diferente para cada sujeito, ela não é periódica, ela é constante e está entre o somático e o psíquico, ou seja, ela é subjetiva. Estes termos são importantes na psicanálise, pois ampliam o conceito de sexualidade humana.

A sexualidade humana não tem uma via única, ela tem múltiplas vias, isso permite ampliar do genital para o sexual. Explicitando como a sexualidade humana é complexa. Esta não é igual para todo mundo. Este conceito ampliado permite compreender melhora questões atuais, como por exemplo: novos arranjos familiares e práticas sexuais diversas. A fim de não generalizar de forma precipitada todos como doidos, doentes ou criminosos. O conceito de pulsão aproxima o normal do patológico.

Freud não concordava plenamente com a medicina de sua época quanto as ditas aberrações no campo sexual, ele afirmava que todo o comportamento sexual é perverso e patológico seriam as fixações e o desacordo entre parceiros. A sexualidade humana, segundo Freud, é sempre perversa, polimórfica e infantil.

Segundo estes conceitos, o corpo humano é atravessado, desde suas relações mais iniciais, por marcas erógenas que se atualizam ao longo da vida. Isto indica que a sexualidade é sempre infantil. Por conseguinte, a sexualidade não se inaugura na puberdade. A perversão seria no sentido de alteração de uma função normal. Por exemplo, a boca teria a função normal de servir para a alimentação, contudo também a usamos para beijar, morder, chupar, lamber. Portanto, nestes termos, existe uma dose de perversão em toda vida sexual normal.

O sexual, para Freud, diz respeito não apenas ao genital, logo não há somente uma única forma do exercício da sexualidade (o coito). A sexualidade humana é polimorfa (isto é, tem muitas formas), ou seja, não está subordinada à primazia dos genitais, mas estende-se por todo o corpo. Por exemplo: a observação dos corpos, a masturbação, os preliminares.

A diferença sexual ( o que é ser um homem e o que é ser uma mulher) se mostra como um dos principais pontos de dúvidas no mundo infantil. As teorias sexuais infantis, segundo Freud, são hipóteses que as crianças desenvolvem para explicar os mistérios do mundo. Estes enigmas partem das lacunas de saber acerca do corpo, seja ele o próprio corpo da criança ou o corpo do outro. Neste sentido, a curiosidade infantil é sempre sexual. Para elaborar esta questão as crianças desenvolvem teses. As mais comuns são:

1- A universalidade do pênis ( em que todos possuem pênis, se não é possível vê-lo é porque ainda irá crescer ou foi perdido).

2- A teoria cloacal (todos podem dar a luz a uma criança, orifícios corporais comuns, bebês expelidos como excrementos).

3- O coito como ato sádico (o ato sexual é uma violência, nele alguém ativo subjuga uma vítima passiva).

Nas duas primeiras teorias sexuais infantis, a evidência genital anatômica é ignorada, sendo todos os indivíduos corporalmente equivalentes, não havendo distinção entre os indivíduos. A última esboça uma diferença entre os sujeitos, pois uns seriam ativos e outros passivos. É interessante observar que esta diferença não está pautada nos genitais e só se acopla a anatomia do pênis e da vagina posteriormente. Assim, para a psicanálise a diferença sexual não tem bases apenas na anatomia, mas nas construções infantis que permanecem de modo inconsciente no psiquismo dos adultos.

Partindo-se da teoria da universalidade do pênis, o complexo de Édipo do menino se encerra sob o efeito do complexo de castração, enquanto que na menina, o complexo de Édipo é possibilitado e introduzido pelo complexo de castração.

Na psicanálise, o conceito de “castração” é uma experiência psíquica, inconscientemente vivida pela criança e decisiva para a assunção de sua futura identidade sexual. Além disso, o complexo de castração, não se reduz apenas a um momento cronológico (ao redor de 5 anos de idade), mas a experiência inconsciente da castração é continuamente renovada ao longo de toda a nossa existência. Admitindo-se penosamente que os limites do corpo são mais estreitos do que os limites do desejo.

O complexo de castração dos meninos, pode ser descrito em quatro tempos. No primeiro tempo: todo mundo tem um pênis semelhante ao seu. A descoberta que algumas pessoas não o possuem, frusta esta teoria e abre o caminho para a angústia de um dia vir a ficar sem. Em um segundo tempo, segundo Freud, o pênis é verbalmente ameaçado pelo pai. Estas ameaças de castração objetivam proibir práticas auto-eróticas e implicitamente a renúncia às fantasias incestuosas.

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