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As Fases propostas por Freud para o desenvolvimento infantil

Por:   •  28/10/2017  •  Resenha  •  949 Palavras (4 Páginas)  •  415 Visualizações

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As fases propostas por Freud para o desenvolvimento infantil

         

São quatro as fases de desenvolvimento propostas por Freud. Seriam elas: fase oral, fase anal, fase fálica e fase genital. As ultimas estão intercaladas por um período denominado por Freud de período de latência.

        Ainda no útero o bebe não teria necessidade alguma ele estaria completamente saciado de suas necessidades biológicas. Com o nascimento e a ruptura do cordão umbilical o recém nascido passa a ter necessidades que antes eram imediatamente supridas. Este seria o inicio da fase oral onde a zona de prazer estaria localizada na boca; e o leite materno saciaria sua necessidade física.  A mãe representa o afeto, por esse intermédio dar se sua ligação com o mundo. Porém, mamar não seria apenas a saciedade física, representa o prazer. O leite tem um simbolismo seria a incorporação.  

“É pela boca que começara a provar e a conhecer o mundo. É pela boca que fará sua primeira e mais importante descoberta afetiva: o seio.” (RAPAPORTE, 2010, p.36)

“É a capacidade deformar um vínculo prazeroso em si que possibilita o desenvolvimento da afetividade infantil.” (SANTOS, 2009, p.51)

        Nesta fase a criança sente um grande prazer em mamar em si, mesmo sem o seio ela continua a sugar a chupeta. Para o desenvolvimento normal o amor será estabelecido como sentimento básico. O bebê firma o vinculo inicial do prazer em si e este será a base para as futuras ligações afetivas. “É a capacidade de formar um vinculo de prazer em si que pode permitir a formação da afetividade.” (RAPAPORTE, 2010, p.37). A fixação nesta fase poderá implicar em um futuro estado de melancolia. “Se o desenvolvimento for dominado por angústias, a agressividade (ódio) será predominante, restando o sentimento de que tudo aquilo que é amado e incorporado, é inevitavelmente destruído.” (RAPAPORTE, 2010, p.38)  

        A segunda fase seria a fase anal. Acontece a partir do segundo ano de vida. Neste período se inicia o melhoramento do controle muscular; agora a criança pode andar, segurar objetos com mais precisão - desenvolvimento motor fino.  A libido passaria da boca para a região anal esta seria a zona erógena. No âmbito psicológico as fezes teriam um valor simbólico, seriam vistas pela criança como seu primeiro produto no mundo. Ela percebe o prazer na retenção ou na expulsão deste. Através desses produtos se estabeleceria seu modelo de relação com o mundo. Isto implicaria nos atos de receber, dar, criar.

        A criança na faze anal sente que é amada e que seus produtos, as fezes, são bem aceitos e valorizados esse sentimento ela levará na sua relação com o mundo. Não havendo fixação nesta fase a criança sente que seus produtos são bons e sentirá se livre e estimulada a produzir. A fixação implicaria que ao produzir e não sentir se valorizada a criança percebe que no mundo deve colocar seus produtos destrutivos como a agressão e logo o mundo será um lugar mau, destruidor e até perseguidor- surge a paranóia. Ou também pode ocorrer a neurose obsessiva que ao contrario da paranóia a criança iria reter e controlar seus produtos. O mundo seria frio e formal. “O obsessivo torna-se afetivamente desativado, robotiza-se nas ritualizações frias e formais e torna-se incapaz de criar.”  (RAPAPORTE, 2010, p.41)

        A terceira fase seria a fálica ocorre por volta dos três a quatro anos de idade. A libido organiza-se nos genitais. Neste período inicia-se o interesse pela masturbação. As crianças ao contato com seu sexo oposto perceberiam que o menino tem pênis enquanto a menina não. Assim a menina desenvolveria inveja do pênis e o menino o medo da castração por lhe parecer que foi o que aconteceu com a menina. Estabeleceria as diferenças entre homens e mulheres. Nesta fase busca satisfações de desejos sexuais no sexo oposto porem é um processo difuso. O menino busca a mãe e a menina o pai. Para o menino a figura do pai o impede de realizar-se junto à mãe, logo o pai é a figura repressora que faria a castração. Este seria como denominou Freud o complexo de Édipo. É nesta fase que a criança poderá amar aos outros. “(...) é aprendendo a amar em casa que a criança se tornará o adulto capaz de amar fora.” (RAPAPORTE, 2010, p.43)

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