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Fundamentos episteológicos

Por:   •  27/5/2015  •  Resenha  •  1.007 Palavras (5 Páginas)  •  603 Visualizações

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Matriz funcionalista e organicista na psicologia americana

  1. Limites do atomicismo e do mecanismo

Traz basicamente problemáticas relacionadas aos três fenômenos característicos dos seres vivos: a reprodução, o desenvolvimento e a autoconservação. Esses fenômenos indicam uma especificidade dos seres vivos, compreendendo que há algo além da matéria, da anatomia, algo que está ‘dentro’ destes seres, algo que vai além do observável, e que o atomicismo e o mecanismo não podiam alcançar, daí surgiu a biologia com os conceitos de ‘organismo’, ‘função’, ‘evolução’, e ‘desenvolvimento’.

  1. Função, estrutura e gênese

Aborda os conceitos de organismo e função na biologia, e traz fatos relacionados a autoconservação, desenvolvimento, reprodução dos seres de acordo com seus genes e inclusive as condições ambientais em que estes se encontram. Traz a abordagem da plasticidade na evolução, mas traz também algumas teorias mais antigas que ditam que o ser humano já nasce com sua forma definitiva. Enfim fala da teoria Darwiniana, que foi comprovada cientificamente mais tarde por Mendel, de que não geramos o idêntico, mas o semelhante, e que nessa teoria de seleção natural e sexual a diferenciação e a extinção das espécies pode ocorrer independentemente de qualquer mudança no ambiente físico, embora estas mudanças possam também ser determinantes do processo evolutivo.

  1. Os reflexos do funcionalismo na psicologia

A presença da matriz funcionalista e organista na psicologia manifestaram-se no plano ontológico e no metodológico. Praticamente toda a psicologia que se pretende uma ciência natural adota um modelo instrumentalista dos fenômenos mentais e comportamentais. Percepção, memória, pensamentos, afetividade, motivação, aprendizagem etc. São concebidos como processos orientados para a adaptação. Ao nível metodológico toda a psicologia de inspiração funcionalista e organicista se caracterizam pelas tentativas de produzir conhecimentos que integram as analises funcionais, estruturas e genética. O panorama torna-se sobremaneira confuso devido as influências cruzadas do funcionalismo com vestígios do mecanismo e do atomismo, como por exemplo, na psicologia da aprendizagem norte-americana, fazendo com que a dimensão estrutural, embora não seja eliminada, permaneça dissimulada e em segundo plano.

  1. O movimento da psicologia funcional

A referência inicial e obrigatória é a chamada psicologia funcional que se desenvolveu nos EUA no final do século XIX e inicio do XX. Representantes notáveis desta corrente são J.Dewey (1859-1952), J.M.Baldwin(1861-1934) e, como grande precursor, william James (1842-1910). Para eles, os seres vivos ao se comportarem exibem um intencionalidade que pode ser objetivamente caracterizada: seus comportamentos distingue-se claramente dos movimentos mecânicos dos seres inertes por serem articulados hierarquizado visando uma meta e por estarem submetidos a sistemas de autor-regulação que garantem a persecução da meta diante de resistência interposta pelo ambiente. A mesma categoria se aplicam aos fenômenos mentais: a consciência, por exemplo, é uma operação seletiva e alto-reguladora das táticas comportamentais. Uma operação pressupõe um interesse e a identificação dos interesses corresponde à análise funcional dos processos psicológicos e comportamentais.O estudo destas operações mentas e comportamentais se opõem à análise atomista proposta pela reflexologia e pelo elementaríssimo de Titchener e mach. Essa forma de análise desagrega e descaracterizar os fenômenos psicológicos. A oposição ao atomismo como a decorrente defesa de análise molares e sistemáticas liga o pensamento dos funcionalistas à tradição estrutural derivada da filosofia de kant.

  1. A psicologia comparativa

O estudo do comportamento animal com o objetivo de ‘’conhecer o desenvolvimento da vida mental na escala filogenética e buscar a origem da inteligência humana’’,  como expressa Thorndike em 19=898, foi iniciada por Darwin e continuada por Romanes (1848-1894). A hipótese da continuidade evolutiva de Darwin é o pano de fundo deste projeto de psicologia comparativa. Todo  o reino animal é assim unificado na base desta noção nitidamente funcionalista de regulação. A consciência é atribuição, não é descoberta  ou analisada, quando esta atribuição torna-se conveniente, e ela se torna conveniente quando o ser cujo comportamento se estuda exibe a capacidade de auto regulação propositiva em suas interações com o meio. Na Lei do efeito de Thorndike  encontramos a influência cruzada do funcionalismo e do mecanicismo associacionista. Esta formulação em estado puro, só aparecerá bem mais tarde com skinner. De acordo com ela, a aprendizagem torna-se essencialmente um processo de eliminação do erro. A coordenação dos movimentos num hábito motor remete necessariamente para a existência de um organismo que, ainda que não esteja claramente tematizado, permanece como condição de possibilidade da integração dos movimentos nas formas complexas da interação adaptativa. A dimensão temporal da análise se manifesta tanto no próprio projeto da psicologia comparativa, ao nível filogenético- como no estudo da ontogênese, em que se coloca a grande questão: inato ou aprendido? Instinto ou hábito? Na época, ao contrário do que veio a ocorrer mais tarde, estas questões não exigiam respostas univocas. Funcionalismo e do organismo adquirido uma importância decisiva nos quadros da psicologia contemporânea.

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