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GERENCIAMENTO ADMINISTRATIVO PREVENTIVO DAS POPULAÇÕES DE RISCO

Por:   •  6/11/2018  •  Resenha  •  514 Palavras (3 Páginas)  •  121 Visualizações

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OS USOS DO RISCO

Castel fala de uma transformação do conceito de risco: deslocamento de

Intervenções curativas terapêuticas para “GERENCIAMENTO ADMINISTRATIVO PREVENTIVO DAS POPULAÇÕES DE RISCO”, aliadas a estratégias de promoção de saúde.

Prevenção significa agora “mapeamento de riscos, que sobrepõe a categoria do possível à categoria do real, com o pretexto de que o possível é mais ou menos provável”;

Castel afirma que prevenir é antes de tudo vigiar, antecipar a emergência de acontecimentos indesejáveis, no seio de populações estatísticas detectadas como portadoras de risco.

Promover a saúde se relaciona a criar hábitos saudáveis; trata-se de uma vigilância que cada um de nós deve dirigir a si próprio, tomando como ponto de partida esta mesma identificação entre a probabilidade estatística e o real.

O risco se mede pela correlação de critérios associados: estes podem ser médicos ou sociais.

Rabinow: A prevenção é a vigilância não do indivíduo, mas de prováveis ocorrências de enfermidades, anomalias, comportamentos desviados a serem minimizados, e de comportamentos saudáveis a serem maximizados (promoção).

O que permite a distinção entre os comportamentos normais e aqueles que não devem ser assim considerados é a FREQUÊNCIA.

As populações ou condutas de risco são aquelas que consideramos, ao mesmo tempo,

como desvio da média – norma como frequência – ex: vacinação contra doenças infecciosas.

Ou socialmente perigosa – norma como valor - incidência de doenças veiculadas pela água, ausência de saneamento.

Outro problema: quando o olhar do médico privilegia as populações consideradas de risco, pode desprezar as necessidades médicas dos grupos considerados normais. Ex: Aids e donas de casa.

As cifras mostram que os maiores riscos são sofridos pelas populações marginais, estrangeiros, desocupados, homossexuais, e isto permitiu que a saúde pública construísse sua história através de uma série de intervenções dirigidas, fundamentalmente, para as chamadas populações de risco, herdeiras da clássica associação entre classes pobres e classes perigosas. Para conhecer o modo como elas viviam, para compreender suas condutas e calcular seus riscos, utilizou-se uma antiga estratégia que ainda hoje não nos parece distante: “penetrar no interior das famílias, para poder, assim, descobrir e prevenir enfermidades futuras. Nossos atuais programas de saúde da família podem acabar reproduzindo, mais uma vez, essas estratégias; podem converter-se nos herdeiros dos programas higienistas, mantendo intacta sua ambição sócio-político-médica de controle da vida dos indivíduos e das populações de risco.

CONCLUSÃO

“O que nos qualifica como médicos, sanitaristas ou agentes comunitários a desempenhar o papel de conselheiros do príncipe e de mediadores do povo? O que existe em nossa teoria e em nossa prática que possa nos autorizar a intervir sobre fatores, tais como a miséria, a insalubridade da moradia, a subeducação, a violência ou a moralidade?

Para limitar a ambição de intromissão na

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