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História da Psicologia Humanista

Artigo: História da Psicologia Humanista. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  3/10/2014  •  Artigo  •  765 Palavras (4 Páginas)  •  908 Visualizações

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Psicologia Humanista: a história de um dilema epistemológico

A Psicologia Humanista norte americana seurgiu há cerca de cinquenta anos apresentando-se como uma terceira força capaz de fazer frente ao que julgava ser uma desumanização determinista da imagem de ser humano promovida pelo Behaviorismo e pela Psicanálise.

Desde seu surgimento no cenário psicológico como tentativa de constituição de uma alternativa às abordagens behavioristas e psicanálicas, a Psicologia Humanista norte-americana se encontra enredada num dilema insoluvel, imposto pelo Positivismo à Psicologia. A Psicologia Humanista herdou este dilema em um formato particular, que acompanha a história da abordagem desde o seu surgimento. Tendo se decidido programaticamente a não aceitar a distorção da imagem de ser humano para adequá-lo ao método científico, ela no entanto proclamou igualmente sua adesão ao projeto da ciência moderna. Assim, a Psicologia Humanista historicamente não consegue se decidir entre manter sua adesão ao método científico – que não se adequa a forma como define seu objeto de pesquisa nem a maioria de seus interesses principais de investigação – ou buscar transformar a imagem de ciência que pratica para adequá-la à sua imagem de ser humano.

História da Psicologia Humanista

O movimento que desembocou no estabelecimento da Psicologia Humanista teve seu início no ambiente acadêmico norte-americano do pós-guerra. Os líderes do movimento humanista levantaram suas vozes contra a imagem de homem e de método científico defendidas pelo Behaviorismo - dominante no campo da Psicologia experimental - e contra a imagem de homem e de método terapêutico da Psicanálise - dominantes no campo da psicoterapia. Os Humanistas caracterizam o Behaviorismo como uma teoria em que o homem é visto como um ser inanimado, um organismo puramente reativo, "uma coisa passiva perdida, sem responsabilidade por seu próprio comportamento" . Assim, o Behaviorismo veria o homem como um conjunto de respostas a estímulos, ou seja, uma coleção de hábitos independentes. Os humanistas se rebelam contra o Behaviorismo se opondo a quatro pontos fundamentais. Primeiro, não concordam com a pesquisa com animais como acesso a uma compreensão adequada do ser humano. Como disse Bugental (1963), o ser humano não é um rato branco maior, assim uma Psicologia baseada em dados animais excluiria aquilo que deveria ser o objeto primeiro da Psicologia: os processos e experiências distintamente humanos. Segundo, os humanistas exigem que os temas de pesquisa da Psicologia não sejam escolhidos por sua adequação ao método experimental, e sim por sua importância para o ser humano e relevância para o conhecimento psicológico.

Terceiro, opõem à concepção reativa e mecanicista behaviorista do ser humano uma concepção proativa da natureza humana: os humanistas argumentam que a motivação humana é intencional e auto-motivada. Por último, estes afirmam que ainda que fosse possível ao Behaviorismo realizar um catálogo completo dos comportamentos humanos possíveis, isto não ofereceria uma descrição adequada da natureza humana pois, seguindo a sentença gestaltista, a pessoa é mais do que a soma de cada comportamento isolado. Para os humanistas, o homem é um todo único e indivisível, é uma gestalt. Mas a Psicologia Humanista

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