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Hélio Figueiredo

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Por:   •  7/6/2014  •  9.632 Palavras (39 Páginas)  •  347 Visualizações

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Introdução ao estudo da Psicologia: Psicologia científica e senso comum.

Objetos de estudo da Psicologia. Fenômenos psicológicos. (AULA 1)

Segundo VIEGAS (2007), são quatro os tipos do conhecimento:

Ideológico ou senso comum => conhecimento passado de geração em geração.

Religioso => origem do homem, seus mistérios e princípios morais.

Filosófico => origem e o significado da existência humana.

Científico => Conjunto de conhecimentos sobre fatos ou aspectos da realidade (objeto de estudo), expresso por meio de uma linguagem precisa e rigorosa. Deve ser obtido de maneira programática, sistemática e controlado, para que se permita a verificação de sua validade.

Psicologia do senso comum => se adquire informalmente - não proporciona diretrizes para a avaliação de questões complexas. As pessoas geralmente confiam muito na intuição, na lembrança de experiências pessoais ou nas palavras de alguma autoridade.

Psicologia: origens e objetos

Origem => Surgiu enquanto ciência a partir do 1º laboratório criado por Wilhelm Wundt.

Objetos => comportamento e processos mentais.

 Comportamento => toda forma de resposta ou atividade observável realizada por um ser vivo.

 Processos mentais => experiências subjetivas – sensações, percepções, sonhos, pensamentos, crenças, sentimentos.

“Ciências Psicológicas”

A Psicologia possui diferentes objetos de pesquisa.

Escola behaviorista => estímulos ambientais, os experimentos. Dedica-se ao estudo das interações entre o individuo e o ambiente, entre as ações do individuo (suas respostas) e o ambiente (as estimulações). S ―> R

Escola gestaltica => os mecanismos da percepção e sua influência sobre o comportamento humano; Para os gestaltistas, entre o estimulo que o meio fornece e a resposta do indivíduo, encontra-se o processo de percepção. O que o indivíduo percebe e como percebe são dados importantes para a compreensão do comportamento humano.

Escola psicanalítica => comportamento anormal e suas injunções inconscientes.

Por fim a “Psicologia Jurídica” => seu objeto de estudo localiza-se nas relações e interações entre o indivíduo, o Direito e o Judiciário. (psicossocial)

Psicologia: origens e objetos

A história da psicologia enquanto ciência inicia-se em 1879 quando na Universidade de Leipzig, Alemanha, o médico, filósofo e psicólogo alemão, Wilhelm Wundt, funda o primeiro grande laboratório de pesquisa em psicologia. Antes de Wundt a psicologia era tida, simplesmente, como um ramo da filosofia.

Em sentido lato, a psicologia teria por objetos de pesquisa o “comportamento” e os “processos mentais” de todos os seres vivos. (DAVIDOFF, 2001; MORRIS; MAISTO, 2004; MYERS, 1999) Define-se por comportamento toda forma de “[...] resposta ou atividade observável realizada por um ser vivo.” (WEITEN, 2002, p. 520) Por seu turno, processos mentais aludiriam às “[...] experiências subjetivas que inferimos através do comportamentoi – sensações, percepções, sonhos, pensamentos, crenças, sentimentos.” (MYERS, 1999, p.2)

“Ciências Psicológicas”

A partir de uma reflexão epistemológica mais precisa, verifica-se que a Psicologia possuiria, de fato, diferentes objetos de pesquisa e, por conta disto, diferentes métodos e técnicas de pesquisa. Nas palavras de Japiassu: “Por isso, talvez fosse preferível falarmos, ao invés de “Psicologia”, em “Ciências Psicológicas.” (1983 p.24-6)” Por exemplo, no que concerne aos processos mentais podemos citar os mecanismos da percepção e sua influência sobre o comportamento humano (objeto da escola gestalticaii); em relação ao comportamento anormal e suas injunções inconscientes, as pesquisas da escola psicanalíticaiii. No que pese o comportamento e suas relações com os estímulos ambientais, os experimentos da escola behavioristaiv e assim sucessivamente.

Por fim, recentemente na história da Psicologia no Brasil institucionalizou-se, a partir das possibilidades (e, concretamente, das demandas) interdisciplinaresv entre o Direito, o Judiciário Brasileiro e a Psicologia, um novo e vasto campo de pesquisa; uma nova prática para o psicólogo: a “Psicologia Jurídica”. Seu objeto (que, a nosso ver, carece ser precisado) localiza-se nas relações e interações entre o indivíduo, o Direito e o Judiciário. Na busca pelo ideal de Justiça e pela promoção dos direitos humanos, o psicólogo surge, portanto, como um ator importante, contribuindo, a partir do seu saber e da sua prática, para a afirmação da dignidade humana.

Psicologia científica e psicologia do senso comum

Todos nós usamos o que poderia ser chamado de psicologia de senso comum em nosso cotidiano. Observamos e tentamos explicar o nosso próprio comportamento e o dos outros. Tentamos predizer quem fará o que, quando e de que maneira. E muitas vezes sustentamos opiniões sobre como adquirir controle sobre a vida (Ex: o melhor método para criar filhos, fazer amigos, impressionar as pessoas e dominar a cólera). Entretanto, uma psicologia construída a partir de observações casuais tem algumas fraquezas críticas.

O tipo de psicologia do senso comum que se adquire informalmente leva a um corpo de conhecimentos inexatos por diversas razões. O senso comum não proporciona diretrizes sadias para a avaliação de questões complexas. As pessoas geralmente confiam muito na intuição, na lembrança de experiências pessoais diversas ou nas palavras de alguma autoridade (como um professor, um amigo, uma celebridade da TV).

A ciência proporciona diretrizes lógicas para avaliar a evidência e técnicas bem raciocinadas para verificar seus princípios. Em consequência, os psicólogos geralmente confiam no método científico para as informações sobre o comportamento e os processos mentais. Perseguem objetivos científicos, tais como a descrição e a explicação. Usam procedimentos científicos, inclusive observação e experimentação sistemática, para reunir dados que podem ser observados publicamente. Tentam obedecer aos princípios científicos. Esforçam-se, por exemplo, por escudar seu trabalho contra suas distorções pessoais e conservar-se

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