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Influencia das ciencias naturais no desenvolvimento da ciencia psicologica

Por:   •  27/4/2021  •  Trabalho acadêmico  •  909 Palavras (4 Páginas)  •  146 Visualizações

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Na idade média, os conceitos e teorias da Psicologia já eram debatidos por grandes filósofos, porém, naquela época todo o conhecimento era regulado pela Igreja Católica, o que a impedia de se disseminar para outras áreas de conhecimento. A Psicologia, em seus primórdios, não era categorizada como ciência. Segundo Abib (2009), isso acontecia por conta das bases teóricas da Psicologia naquele tempo serem, em sua maioria, metafísicas, ou seja, baseadas em teorias filosóficas e sem comprovação advinda de um método científico propriamente dito, além de haver uma visão dualista a respeito do objeto de estudo da Psicologia, onde muitos acreditavam que mente e corpo eram entidades separadas e não dependiam um do outro. Foi durante o período da Revolução Científica que a Psicologia deu os seus primeiros passos em direção à cientificidade e a partir daí passamos a notar a influência das ciências naturais no desenvolvimento da ciência psicológica.

Dentre os grandes nomes responsáveis pela emersão da ciência psicológica, os mais notáveis se dedicavam a pesquisas no campo das ciências naturais, como a fisiologia e a medicina. O primeiro estudioso a levar a Psicologia para o âmbito da ciência foi Gustav Fechner, um fisiologista alemão.  Segundo Bock et al (1999) Fechner propôs que  mudanças na sensação e percepção estão ligadas a eventos no sistema nervoso central e o estímulo podia ser usado como medida psicológica, relacionava a experiência perceptiva a intensidade do estímulo físico, cunhando o termo Psicofísica. No final do século XIX, Wilhelm Wundt, médico e fisiologista alemão, conhecido como o pai da Psicologia, decidiu estudar a fundo a teoria da Psicologia Experimental proposta por Fechner, posteriormente, passou a dar aulas de Psicologia Experimental em Heidelberg, o primeiro curso de Psicologia do mundo e que marcou a entrada da Psicologia no campo da ciência, além disso, criou os primeiros laboratórios de Psicologia Experimental e ulteriormente os transformou nos  primeiros centros formadores de psicólogos do mundo. Wundt defendia o estruturalismo: O estudo das funções mentais, funções do cérebro e suas estruturas, suas combinações e relações, se baseava na ideia de que há uma estrutura geral da mente humana, que, indiferente às mudanças subjetivas de cada indivíduo, compunha uma espécie de estrutura geral da mente subjacente a qualquer ser humano.

Como consequência da fundação dos centros formadores de psicólogos de Wundt, muitos outros estudiosos da Psicologia surgiram, um deles foi William James, um filósofo e psicólogo americano, crítico das teorias de Wundt. Segundo Abib (2009), James adotava o discurso de que como uma ciência natural, a psicologia estuda os fatos mentais, descrevendo-os e examinando-os em relação com o ambiente físico e com as atividades dos hemisférios cerebrais, bem como as atividades corporais que deles decorrem; defendia o estruturalismo, acreditava que a mente e seus processos eram complexos demais para serem divididos em elementos e estudados, mas que deveriam ser estudados como um todo.

Uma das maiores influências da ciência natural no desenvolvimento da ciência psicológica adveio de uma pesquisa que nada tinha a ver com a Psicologia, segundo Bock et al (1999), Ivan Pavlov quando descobriu o Condicionamento Clássico estava na verdade estudando o processo digestivo dos animais, e foi a partir dessa descoberta que se deu a maior reviravolta no processo de cientifização da Psicologia. Com base nas descobertas de Pavlov, muitos começaram a questionar as teorias de James e Wundt, propondo que ao invés de estudar a mente humana, para entender o ser humano a Psicologia deveria estudar o comportamento, analisar, controlar e prever o mesmo, e deste questionamento surgiu o Behaviorismo de Watson. Esse foi um feito muito importante para a Psicologia como conhecemos hoje, pois foi com fundamento nessa descoberta que o objeto de observação para a psicologia foi definido: o comportamento.

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