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Interpretação Quando Nietzsche Chorou

Por:   •  4/12/2018  •  Dissertação  •  784 Palavras (4 Páginas)  •  354 Visualizações

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Nome: Desireé Aparecida dos Santos Baptista

3º Semestre

REFLEXÃO DO LIVRO: QUANDO NIETZSHE CHOROU

Realizando uma análise da história que se passa entre Nietzsche e Breuer, podemos considerar muitas informações importantes e até mesmo semelhantes em relação aos dois.

Após iniciar o tratamento com Nietzsche e criar vários métodos para a cura de seu desespero, Breuer chega à conclusão de que deveria iniciar a psicologia inversa. Passaria a ser o paciente, fazendo com que o verdadeiro, no caso Nietzsche, pensasse que estaria fazendo algo pelo Dr. Breuer, em troca ele cuidaria de suas crises de enxaqueca.

No decorrer do tratamento, pelo método catártico, notamos que ambos criam fugas de si mesmos, não conseguem encarar suas próprias dores e traumas e por isso criam fantasias (defesas).

Breuer é casado com Mathilde com quem tem cinco filhos e uma vida realizada! Porém, se “apaixonou” por sua paciente Bertha, 19 anos mais nova, diagnosticada com histeria. Breuer se sentia preso em relação a sua família, idealizava que seu casamento tirava sua liberdade. Ele não tinha autoconhecimento, então criava defesas para fugir disso, como sua obsessão em Bertha. Ele não possuía uma imagem de sua figura inicial, pouco falava de sua mãe, que foi a óbito quando o mesmo tinha 3 anos de idade, tendo assim, lembranças escassas da relação com a mãe, até mesmo de sua imagem. Encontrou em Bertha (inconscientemente) uma imagem materna, até mesmo ao falar de seu sorriso e compará-lo a algo maternal, “coincidentemente” a mãe de Breuer havia falecido com a mesma idade da mulher amada por ele e ambas possuíam o mesmo nome. Então chegamos à conclusão de que a paixão pela paciente era a recusa da perda da própria mãe. Isso se mostra através de seus próprios sonhos.

Porém, lembrava muito de seu pai, o admirava, recebia total atenção e apoio, mas inconscientemente seu pai projetava suas ambições frustradas em Breuer, o que levou o médico a ter a vida cheia de responsabilidades, se sentia obrigado a ser importante e reconhecido.

Nietzsche não tinha relações pessoais, era solitário, não confiava nas pessoas, completamente ao contrário de Dr. Breuer, isso despertou certa curiosidade em experimentar essa liberdade.

Por ter essa falta de confiança nas pessoas, tinha resistência ao revelar seus sentimentos e ocorridos ao Dr. Breuer. O que dificulta muito o tratamento de Nietzsche.

De início, o diálogo entre os dois parecia mais um luta pelo poder, do que um tratamento que visava à cura do desespero. Porém, ao longo dos dias os diálogos intensos entre médico e filósofo sobre a paixão, o sentido da vida e a inquestionável certeza da ocorrência da morte os coloca numa posição humildemente humana.

Nietzsche não suportava a ideia de ser submisso a alguém, falava quase que numa pregação, que Deus estava morto e que não fazia sentido acreditar em algo maior do que o humano. Estava sempre em busca da verdade.  Também pouco falava de suas figuras iniciais, seu pai era pároco, porém faleceu enquanto Nietzsche ainda era uma criança. Em sua infância foi criado por sua mãe e tias, que refere a elas como mulheres frias. Daí surge sua repulsa a mulher, primeiro por sua criação e segundo pela traição de sua amada Lou Salomé. Ele não sentia falta da figura paternal, pois assim não precisou viver o sofrimento da repressão de seus desejos na infância.

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