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Moral E Ética

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Por:   •  15/3/2014  •  2.263 Palavras (10 Páginas)  •  460 Visualizações

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MORAL E ÉTICA

(Uma leitura Psicologica)

RESUMO

A Psicologia Moral apresenta sinais de esgotamento. Novas perspectivas se abrem, entre elas a “personalidade ética”. Para compreendermos os comportamentos morais (deveres) dos indivíduos. A perspectiva ética (vida boa) adotadas por eles.

“ Uma moral é sempre normativa, e justamente porque é normativa nunca é realmente teórica”.

E assim como na Filosofia, praticamente todos os grandes autores na área da Psicologia se debruçaram sobre o tema da moral. Os contrutores como Freud, Piaget e Skinner.

A moral não é o tema central da psicanálise, nem o é do construtivismo piagetiano, e tampouco do behaviorismo skinneriano.

No Brasil, a área da Psicologia Moral desenvolvida por vários pesquisadores, como atesta a existência, desde o início da década de 1990, de um grupo de trabalho da Associação Nacional de Pesquisa em Psicolgia (ANPEPP).

No final do século XX a certo esgotamento referido modelo teórico, que costuma responder pelo nome de construtivismo.

Relegava a uma zona obscura os motivos humanos da ação moral, (que não se reduz ao juízo, embora dele indissociável).

O Plano Moral

A Psicologia trabalha com fatos.

Para o filósofo de Königsberg, somente é moral a ação inspirada por um imperativo categórico, um dever incondicional. Para Kant, a moral ordena: o sujeito moral sente-se intimamente obrigado a agir segundo determinadas regras.

Sentimento de obrigatoriedade corresponde a um fato psicológico, pelo menos em alguns indivíduos. Se a resposta for afirmativa, seremos obrigados a reconhecer que existe um plano moral possível na psique humana.

A moral é sempre uma determinada moral, portanto, comprometida com determinados valores, princípios e regras.

Tugendhat (1998), ao perguntar-se que critérios intervêm para um juízo seja concebido como moral, analisa os sentidos das palavras 'bom' e 'dever'.

Dupréel (1967) se propôs a escrever um Traité de Morale, no qual analisa as dimensões sociológicas da moral.

Na Sociologia, Durkheim (1974) traduz por “agir bem é obedecer bem” (p. 21), e encontra no sentimento do sagrado a explicação psicológica de existência do sentimento de obrigatoriedade.

Freud não hesitou em afirmar que o superego “se manifesta enquanto imperativo categórico” (p. 278). Logo sua referência a terminologia kantiana não o compromete com a existência de um 'tribunal da razão'.

Mais perto da hipótese de um tribunal da razão está Piaget (1932), para quem a moral da cooperação implica a presença de um sentimento incontornável de dever.

Em suma a existência de um sentimento de obrigatoriedade, e explicar tal existência é um desafio para a Psicologia.

O primeiro: o sentimento de obrigatoriedade. Exigibilidade social.

Por exemplo, quando alguém pauta suas ações pela regra 'não matar' e vive numa sociedade na qual matar é moralmente proibido. Dupla exigência: uma pessoa (o imperativo categórico) e outra social (castiga-se e/ou se despreza o assassino).

A obediência às regras que dizem respeito à justiça costuma ser socialmente exigida.

Mais o que importa sublinhar aqui é o que o sentimento de obrigatoriedade pode ser experimentado sem que haja exigibilidade social do comportamento decorrente.

O segundo a frequência, na população e no próprio indivíduo. Aspecto populacional: a maioria dos homens sente-se movida por essa força interna chamada dever?

É evidentemente impossível responder estatísticamente a essa indagação, mas o bom senso costuma fazer com que nos inclinemos pela raridade do fenômeno.

A citação Dupréel (1967), transcrita acima, o atesta claramente. Freud (1971) também expressa seu pessimismo moral dizendo que em numerosos adultos, o medo da punição, e não o sentimento do dever.

“Esses adultos permitem-se cometer um mal suscetível de lhes proporcionar prazer somente com a garantia de que a autoridade nunca de nada saberá ou nadapoderá lhes fazer apenas o modelo de serem descobertos determina sua angústia” (p. 81).

“Cessamos de reconhecer a obrigação de nos apegar a outra coisa que não seja nós mesmos” (p. 15).

Valoriza o prazer que o dever.

Mais interessante do que indagarmos sobre a frequência do setimento de obrigatoriedade entre os seres humanos é nos perguntarmos sobre essa mesma frequência em cada indivíduo.

Sua consciência moral. Validade do tema que nos ocupa, pois ele nos mostra que devemos pensá-lo no âmbito do conflito pessoal.

E que fontes energéticas alimentam o sentimento de dever. Essas duas questões, na verdade distintas, mostram-se relacionadas nas teorias psicológicas. As teorias que identificam uma fonte energética para o dever apontam para uma relativização do conteúdo da moral, e as teorias que postulam que uma determinada moral tende a impor-se à consciência deixam em aberto a dimensão energética.

Tugendhat (1998) afirma que “um conceito de moral que não permitiria manter a possibilidade de uma pluralidade de concepções morais é hoje inaceitável” (p. 49).

Existem dois tipos de relativismo moral, um que podemos chamar de axiológico, outro de antropológico.

O relativismo axiológico implica valores morais assumidos por diversas culturas ou pessoas sendo impossível estabelecer uma hierarquia.

Em tal relativismo a tolerância é máxima. O relativismo moral levanta graves questões, tanto morais quanto psicológicas. Do ponto de vista moral.

Spaemann (1994): “A tolerância não é, de forma alguma, a decorrência natural do relativismo oral, como é frequentemente afirmado. A tolerância tem seu fundamento numa convicção moral bem determinada, uma convicção para a qual exigi-se universalidade” (p. 23).

O relativismo antropológico é de outra espécie: não consiste em afirmar que todas as opções morais se valem mais que, de fato existem.

Não acreditamos que ele sugere uma total dispersão dos deveres.

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