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O Amor Tranferencial

Por:   •  11/12/2023  •  Trabalho acadêmico  •  636 Palavras (3 Páginas)  •  26 Visualizações

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UNICENTRO NEWTON PAIVA

CURSO: PSICOLOGIA

DISCIPLINA: PSICOLOGIA DE ORIENTAÇÃO PSICANALÍTICA

PROFESSOR: MARGARET COUTO

ALUNA: MARIA LUÍZA DE SOUSA MARTINS

Observações sobre o amor transferencial (1914-1915) – Volume 12

Freud busca explicar como o amor transferencial é necessariamente ocasionada durante o tratamento psicanalítico, e como vem ela a desempenhar neste seu conhecido papel. É retratado o caso de uma mulher que se teve essa transferência com o médico em que fazia a sua análise, Freud ainda pontua como esta mesma situação transferencial retardou o desenvolvimento da terapia psicanalítica durante sua primeira década.

Se uma paciente “enamorou-se” de seu psicanalista, para uma pessoa que não tem conhecimento ao processo são possíveis apenas dois desfechos. Um, que acontece de modo comparativamente raro, é que todas as circunstâncias permitam uma união legal e permanente entre eles o outro, mais frequente, é que o psicanalista e o paciente se separem e abandonem o trabalho que começaram.

Freud ressalta que este apaixonamento é induzido pela situação analítica, e não por um verdadeiro “ amor” pelo psicanalista. A técnica e até mesmo a ética psicanalista exige que haja uma negação da satisfação que o paciente busca, porém este “amor” deve prosseguir para que seja um combustível para o trabalho e as transformações que estão por vir na análise.  

O autor critica alguns psicanalistas que preparam suas pacientes para a para o surgimento da transferência erótica ou até mesmo as instam a ‘ir em frente a enamorar-se do médico, de modo a que o tratamento possa progredir” ao induzir essa transferência se é perdida toda a espontaneidade do processo, o que resulto em obstáculos futuros que serão mais difíceis de se controlar, pois assim por mais dócil que tenha sido até então, ela repentinamente perde toda a compreensão do tratamento e todo o interesse nele, e não falará ou ouvirá a respeito de nada que não seja o seu amor. E essa recusa ao deslocar o foco da análise para o apaixonamento, pode se considerar uma resistência a trabalhar o que já está sendo tratado na análise, talvez possa ser considerado até uma auto sabotagem.

O analista deve controlar essa transferência a todo custo, para assegurar a sua proteção contra as ações do paciente, mas também para utilizar deste afeto ao seu favor. Ele deve ponderar que chegou sua vez de apresentar à mulher que o ama as exigências da moralidade social e a necessidade de renúncia, conseguir fazê-las abandonar seus desejos e, havendo dominado o lado animal do seu eu (self), prosseguir com o trabalho da análise.

Freud ressalta que negar o amor transferencial do seu paciente seria jogar muito trabalho fora, assim como o analista não deve retribuir este amor ele não deve o jogar fora pois ali estão coisas que diz muito sobre o paciente e que são extremamente importantes para o desenrolar da análise.

A técnica analítica exige do médico que ele negue à paciente que anseia por amor a satisfação que ela exige. O tratamento deve ser levado a cabo na abstinência. Com isto não quero significar apenas a abstinência física, nem a privação de tudo o que a paciente deseja, pois talvez nenhuma pessoa enferma pudesse tolerar isto. Em vez disso, fixarei como princípio fundamental que se deve permitir que a necessidade e anseio da paciente nela persistam, a fim de poderem servir de forças que a incitem a trabalhar e efetuar mudanças, e que devemos cuidar de apaziguar estas forças por meio de substitutos.

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