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O CASO HANS

Por:   •  5/12/2017  •  Abstract  •  2.355 Palavras (10 Páginas)  •  372 Visualizações

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1- LER O CASO HANS - OBRAS COMPLETAS DE FREUD E RESPONDER AS SEGUINTES QUESTÕES:

A) LOCALIZAR NO CASO OS 3 TEMPOS DO ÉDIPO:

1º tempo:

Mãe onipotente, fálica, autoritária, não dava ao marido o espaço devido, era fechada com o Hans.

2º tempo:

Hans percebe que a mãe não é disponível o tempo todo, foi desalojado de um lugar especial da mãe.

3º tempo:

Hans busca no pais identificações.

Universalidade do pênis.

No presente caso Hans desde os três anos investigava sobre seu órgão sexual que chamava de “pipi”, o de sua mãe, comparava-o com o tamanho do órgão sexual de animais grandes, queria ver o pipi de sua mãe, de amigas; também gostava de ser olhado fazendo pipi. Além de usar o “pipi” como característica de diferenciação entre objetos animados e inanimados.

O Pênis é ameaçado.

Ele costumava gostar de proporcionar a si mesmo sentimentos de prazer ao tocar o seu membro. Certa vez, Hans tocou o seu pênis e a mãe ameaçou cortar fora seu pipi. Nesse momento foi adquirido o complexo de castração. Em outra ocasião ele relatou que colocava a mão no pipi de noite quando estava na cama e foi advertido para que não colocasse a mão lá.

A mãe é castrada.

Hans negou a ausência de um pênis na mãe, pois se a mãe não tinha pênis é porque perdeu e ele também poderia perder o seu, o que intensificava a ameaça de castração. Hans observou também a falta de pênis em sua irmã, a visão do corpo feminino onde se dá essa falta faz voltar as ameaças do segundo tempo.

A ameaça de castração feita a ele por sua mãe, cerca de quinze meses antes, estava agora tendo um efeito adiado sobre ele. Pois sua fantasia de que sua mãe estava fazendo o mesmo que ele tinha feito, destinava-se a servir como uma parte de auto justificação, era uma fantasia protetora ou defensiva. A informação de que as mulheres não têm pipis, no mínimo, aumentou seu interesse pela preservação do seu próprio pipi.

A separação da mãe.

Quando Hanna nasce, Hans foi colocado em segundo plano, a chegada da irmã trouxe muitos elementos novos para a vida de Hans, ele foi obrigado a submeter-se a um certo grau de privação: uma separação temporária de sua mãe, e mais tarde uma diminuição permanente na soma de cuidado e atenção que ele tinha recebido dela, o que, a partir de então, teve que se acostumar a dividir com sua irmã.

Hans mostrou desejo de morte contra sua irmã, e não se contentou com alusões que precisavam ser suplementadas por seu pai. No seu inconsciente ele tratava ambas as pessoas da mesma maneira, porque ambas afastavam sua mamãe dele, e interferiam em seu estar só com ela. Além do mais, esse evento e os sentimentos que foram reavivados por ele deram uma nova direção para seus desejos.

 

B) APONTAR A SOLUÇÃO DO ÉDIPO PARA HANS.

Hans era realmente um pequeno Édipo que queria ter seu pai “fora do caminho”, queria livrar-se dele, para que pudesse ficar sozinho com sua mãe e dormir com ela. Esse desejo tinha-se originado durante suas férias de verão, quando a presença e a ausência alternativa de seu pai tinha atraído a atenção de Hans para a condição da qual dependia a intimidade com sua mãe, que ele desejava tanto. Mas, o desejo tomou a forma de que seu pai devia ficar permanentemente longe - que ele devia estar “morto”.

Em uma de suas fantasias, Hans confessava o desejo de ser casado com sua mãe e de ter muitos filhos com ela, não esgotou simplesmente o conteúdo dos complexos inconscientes que tinham sido agitados pela visão do cavalo caindo e que tinham gerado sua ansiedade. Também corrigiu aquela porção daquelas ideias que era inteiramente inaceitável, pois, ao invés de matar seu pai, tornou-o inofensivo, incentivando-o a um casamento com a avó de Hans. Assim, Hans acredita que é o papai de seus filhos, a mãe de Hans é a mamãe e o pai de Hans é o vovô.

2- DEFINIR O CONCEITO DE CASTRAÇÃO E LOCALIZAR NO CASO AS FANTASIAS DE HANS QUE REMETEM À CASTRAÇÃO.

Complexo de Castração designa o sentimento inconsciente de ameaça experimentado pela criança quando ela constata a diferença anatômica entre os sexos. A parcela de esclarecimento dado a Hans, pouco tempo antes, quanto ao fato de que as mulheres na verdade não possuem pipi, teve um efeito destruidor sobre sua autoconfiança e originou seu complexo de castração. Por essa razão é que ele ofereceu resistência à informação, e pela mesma razão ela não produziu efeitos terapêuticos. Ele reagiu a esse primeiro esforço criando uma fantasia de que tinha visto sua mãe mostrando o pipi dela.

O fato é que a ameaça de castração feita a ele por sua mãe, cerca de quinze meses antes, estava agora tendo um efeito adiado sobre ele. Seria possível haver seres vivos que não tivessem pipis? Se assim fosse, não mais se poderia duvidar de que eles pudessem fazer desaparecer seu próprio pipi e, se assim fosse, transformá-lo em mulher.

Através da construção de fantasias é que Hans consegue dar conta da castração. De acordo com Hans veio um bombeiro e primeiro ele retirou o seu traseiro com um par de pinças, e depois deu outro a ele, e depois fez o mesmo com o seu pipi. Ele ganhou um pipi maior e um traseiro maior. Com esta fantasia de Hans, a ansiedade que foi provocada pelo seu complexo de castração foi superada, e suas dolorosas expectativas receberam uma transformação mais feliz.

Ele foi capaz de comunicar seus desejos em relação a sua mãe, por ter parcialmente dominado seu complexo de castração, por meio da fantasia das duas girafas. Havia uma girafa grande e uma amarrotada. A girafa grande representa o pai e a amarrotada a mãe. A grande gritou porque Hans levou a amarrotada para longe dela. Ela parou de gritar, então ele sentou-se em cima da amarrotada. O “sentar-se em cima” era provavelmente a imagem que Hans tinha de tomar posse. “Grite quanto quiser! Não adianta, porque a mamãe me leva para a cama, e a mamãe é minha!”. Portanto, conforme seu pai suspeitava, justifica-se o fato de adivinhar por trás da fantasia um medo de que sua mãe não gostasse dele, de uma vez que seu pipi não se comparava com o de seu pai.

3- LOCALIZAR NO CASO A FUNÇÃO PATERNA E AS CONSEQUÊNCIAS PARA HANS.

A função paterna não apresentava nenhuma ameaça de castração ao pequeno Hans, A mãe o cercava de carinhos, tudo lhe era permitido (inclusive ficar no leito dos pais) e o pai não tinha o controle da situação. Hans não é frustrado em nada, não é privado pelo pai de seus prazeres. Deste modo Hans não pode sair da posição Edípica (amor pela mãe e ódio pelo pai).A fobia de Hans surge por causa da carência da presença paterna e por causa da sua ineficácia como agente de castração.

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