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O Caso Clínico Na Pedagogia

Por:   •  26/8/2020  •  Trabalho acadêmico  •  3.068 Palavras (13 Páginas)  •  88 Visualizações

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Como realizar:

        PRIMEIRO CONTATO

A partir do primeiro contato realizado pelo telefone, analisaria inicialmente a demanda a fim de tomar conhecimento para saber se o meu trabalho conseguiria atender as necessidades da cliente em questão. Sendo assim, trataria a mãe com educação e cordialidade transmitindo a ela a confiança necessária para um bom estabelecimento do rapport, e agendando o horário da consulta.

Devemos portanto, fazer a investigação das comorbidades do caso em questão, buscando investigar de maneira mais profunda, objetivando manter o máximo de neutralidade possível e investigando aquilo que a cliente e sua mãe nos traz, nos atentando para que não rotulemos ou demos ênfase a doença, buscando evidenciar a cliente e o seu sofrimento.

A partir do que aprendemos no decorrer das aulas de Psicodiagnóstico, vimos a importância de nós termos um olhar holístico, realizando uma abordagem mais humanista, portanto, menos objetiva. Todos esses cuidados, são de fundamental importância para não reduzir-mos os sujeitos aos seus sintomas.

         ANÁLISE DAS QUEIXAS

Como a descrição do caso em questão nos traz, a queixa principal relatada pela mãe de F. diz respeito ao seu mau comportamento na escola e nas relações familiares. No entanto, temos questões que também se evidenciam na descrição do caso, como as amizades, o exagero no uso do celular, a dificuldade de interação com os familiares, seu rendimento escolar diminuindo, sua ansiedade, um quadro de anorexia, e a ausência dos familiares próximos e de seu pai biológico.

A partir dessa análise incial das queixas realizada na primeira parte do Caso Clínico, podemos estabelecer algumas etapas já listadas, sendo o primeiro contato, os contatos com as fontes encaminhadoras, elucidar quais eram as documentações necessárias, a anamnese e o estabelecimento de um plano de ação. No entanto, isso se deu de maneira superficial em razão das aulas ainda não terem sido concluídas, então agora será descrito com mais detalhes as etapas realizadas a seguir, a fim de esboçar como seria conduzido o processo Psicodiagnóstico de F.

        CONTATO COM A FONTE ENCAMINHADORA

É de grande importância que nós realizemos um contato com a fonte de encaminhamento, para que haja um maior esclarecimento da demanda, caso essa fonte seja externa, a fim de entendermos quais são as reais necessidades. Esse contato tem por base, que nós tenhamos acesso ao motivo da solicitação do pedido, a percepção da fonte encaminhadora sobre o caso em questão, para que dessa maneira nós já comecemos a estabelecer melhores compreensões sobre os objetivos, possamos levantar algumas hipóteses e demos início a construção de um plano de avaliação.

        DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA

Como vimos nas aulas, devemos solicitar também que se levem documentos e materiais que poderão nos serem úteis na hora do processo psicodiagnóstico. O caso descrito, nos evidenciou dois dados importantes sobre a cliente, sendo estes a presença de uma ansiedade, bem como de um quadro de anorexia, diante disso, caberia saber sobre possíveis internações, laudos, resultados de exames, históricos médicos e psicológicos, caso a mesma já tenha vindo a fazer acompanhamento psicológico anteriormente a este encaminhamento.

         ENTREVISTA INICIAL

Diante disso, como a cliente em questão é uma adolescente de 14 anos, é de suma importância que o primeiro atendimento seja realizado com a mesma. Isso serve para que além de conhecermos o cliente e suas queixas, o mesmo se sinta valorizado, já que nessa fase por vezes eles se encontram em uma constante busca de identidade e uma cobrança tanto pessoal como social para o alcance de maior autonomia. Portanto, quando damos voz a este sujeito, estamos evidenciando que ele tem lugar para dizer o que pensa e sente.

Durante esse primeiro contato, é de extrema importância que seja realizado o exame do estado mental da cliente em questão. Aaliando processos mentais como, a atenção de F., a sensopercepção, a sua memória, pensamentos, linguagem, inteligência e afetividade, a fim de saber como ela lida com o outro, como se relaciona. Buscando como já dissemos estabelecer sempre um olhar holístico, sendo o menos objetivos possível.

Este exame tem por finalidade avaliar como a pessoa está naquele momento, no entanto, existem algumas críticas em torno disso, quando o mesmo não é realizado de maneira humanizada, pois apesar do Psicodiagnóstico ser um processo científico ele não deve ser realizado de maneira fria.

Então irei listar algumas observações que eu realizaria.

1º- A aparência de F. Não no sentido de descriminá-la ou algo do gênero, mas sim da aparência das pessoas carregar muito sobre a identidade delas. Então a partir das vestimentas, de sua higiene, se possuiria tatuagens, piercings, seu corte de cabelo, eu teria não com completude, mas ao menos um esboço de como F. Se apresenta para a sociedade. Aonde isso poderia ou não dizer sobre sua personalidade.

2º- Ao longo do primeiro atendimento, eu me atentaria a aspectos como o semblante de F. Diante de algumas perguntas feitas por mim, como ela lidaria quando eu abordasse assuntos referentes as suas queixas principais, e se de fato essas seriam as principais questões, já que estas foram expostas por sua mãe, podendo então ter algo por trás ao qual eu só conseguiria ter acessoa após estabelecer um ambiente confiável para a mesma. Observaria também aspectos de sua postura corporal, maneiras de andar, se é adepta ou não ao uso de maquiagens, bem como característica de seu humor, e se de fato ela estaria confortável na situação em que estava sendo submetida, e caso não, buscaria reverter o quadro a fim de a mesma se senti-se a vontade para se expressar, de maneira que eu obtivesse cada vez mais elesmentos que me ajudassem na realização eficaz de todo o processo.

Outros aspectos igualmente importantes aos listados acimas seriam, sobre a sua aparência corresponder ou não a sua real idade, pois isso daria elementos para que eu obtivesse uma melhor observação de como ela lida com si mesma.

Observaria também se F. Estabelece um contato visual comigo, ou se possui dificuldade ou resistência para realizar esta ação, através disso poderia também perceber possíveis ansiedades e desconfortos.

Assim eu me guiaria por alguma entrevista semiestruturada contendo perguntas que pudessem me ajudar a obter elementos necessários, sendo:

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