TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

O Enfraquecimento e Ruptura dos Vínculos Sociais

Por:   •  2/6/2016  •  Resenha  •  475 Palavras (2 Páginas)  •  1.215 Visualizações

Página 1 de 2

O enfraquecimento e ruptura dos vínculos sociais

A pobreza reveste-se de um status social desvalorizado e estigmatizado. Consequentemente há uma tendência ao isolamento destes sujeitos, pois há uma tentativa de dissimular a inferioridade.

Além disso, o sentimento de humilhação impede a construção de um sentimento de pertinência a uma classe social. Além disso, embora todos passem por um processo de desqualificação social – que é caracterizado pelo movimento de expulsão gradativa para fora do mercado de trabalho de camadas cada vez mais numerosas da população, além das experiências vividas na relação com a assistência durante as diferentes fases do processo de dependência dos serviços sociais.

A categoria é também muito heterogênea, o que oculta a origem e os efeitos a longo prazo das dificuldades dos indivíduos e de suas famílias.

A relação entre a população designada como pobre e o resto da sociedade, através do conceito de desqualificação social, pode ser definida por 5 elementos:

 Estigmatização dos assistidos: o apelo permanente à assistência social condena a massa de pobres para carreiras específicas, alterando sua identidade, transformando sua identidade e transformando suas relações com os outros num estigma.

 Uma vez que a assistência é uma forma de regular o sistema social, há um modo específico de integração desta camada na sociedade, o que não pode ser chamada de exclusão pois ela é parte do sistema. A situação das populações que o conceito de desqualificação social permite analisar sociologicamente resulta não apenas em uma forma de exclusão relativa, mas, sobretudo de relações de interdependência entre as partes constitutivas do conjunto da estrutura social.

 Há possibilidade de resistência coletiva, ou individual, por parte dos pobres, quando reagrupados em bairros socialmente desqualificados contra a desaprovação social tentando preservar ou resgatar sua legitimidade cultural e sua inclusão no grupo.

 Os modos de resistência ao estigma e de adaptação à assistência variam conforme a fase do processo de desqualificação, o que indica que os pobres não constituem um extrato homogêneo da população.

 Três fatores explicam o crescente recurso à assistência: degradação do mercado de trabalho; fragilidade dos vínculos sociais; modos de intervenção do estado junto às populações desfavorecidas.

O enfraquecimento dos vínculos sociais, segundo o autor, é proporcional às dificuldades encontradas no mercado de trabalho.

Os indivíduos desclassificados socialmente fecham-se em si mesmos desestabilizando suas relações com os outros.

A fragilidade destas leva a uma dependência dos serviços sociais, pois estas parecem se encarregar dos problemas dos indivíduos.

A esta fase segue-se outra caracterizada pela ruptura dos vínculos sociais: elas saem das malhas da proteção social, por terem acumulado fracassos demais, e deparam-se com situações de alto grau de marginalidade, onde a miséria é sinônimo da dessocialização, e buscam o álcool e drogas.

Isolam-se da família, que muitas vezes também adota uma postura de separação deste elemento.

Após interiorizarem sua condição marginal procuram satisfazer suas necessidades imediatas.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (3.3 Kb)   pdf (62.9 Kb)   docx (9.4 Kb)  
Continuar por mais 1 página »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com