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O Inconsciente em S. Freud

Por:   •  11/10/2021  •  Resenha  •  1.083 Palavras (5 Páginas)  •  175 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
INSTITUTO DE PSICOLOGIA
 



Rafaela Sampaio de Oliveira – DRE 113139584



O INCONSCIENTE



Trabalho redigido no Instituto de Psicologia (CFCH/UFRJ), para a disciplina “Teoria F – O inconsciente” (2020.2 - Ensino Remoto).

Professor: Fabio Malcher


RIO DE JANEIRO

2021


O INCONSCIENTE

Com a “descoberta” do inconsciente, Freud opera uma revolução, a que Lacan denominará com uma “revolução copernicana” pois, até então, ao consciente era dado o lugar de centralidade na psicologia descritiva da consciência. À época, ao inconsciente na psicologia da consciência era legado um lugar de algo caótico, de característica misteriosa e fundamentalmente, à margem da consciência.

Em toda teoria freudiana, se enfatiza o inconsciente como algo que pensa. Tanto pensa, que é necessária a ação de uma censura, como indicado no capítulo VII da Interpretação dos Sonhos (1900), para que os sonhos tenham aspecto incoerente quando lembrados. Neste texto, Freud inaugura a psicanálise e o conceito de inconsciente, assim, podemos entender como este conceito é fundamental e maior na teoria psicanalítica.

O determinismo psíquico orienta o pensamento freudiano acerca do inconsciente, segundo tal determinismo, para todo evento há uma causa e nada pode ocorrer ao acaso, na dimensão psíquica, isto se deve aos elos entre os eventos e pensamentos anteriores, ocultos no inconsciente. O consciente apresenta em seus “dados” muitas lacunas e a pretensão de sustentar um psiquismo centrado no consciente não faz o menor sentido para a teoria freudiana, Freud citará os sonhos, os atos falhos, os sintomas, entre outros, como indicadores da existência do inconsciente.

O inconsciente em Freud é atribuído como um sistema psíquico autônomo regido por leis muito próprias, disto podemos compreender a originalidade deste conceito, afastando completamente a ideia de caos vinculada ao inconsciente, para o autor, psíquico e consciência não são equivalentes, como pensado anteriormente.

Postulando ainda sobre um sujeito dividido e não centrado na consciência, Freud formula um aparelho psíquico composto por três sistemas, apresentando o inconsciente como sistema psíquico inconsciente (Ics) que se contrapõe a outro sistema psíquico o consciente (Cs), temos ainda o Pré-Consciente (Pcs), como componente do aparelho psíquico na primeira tópica freudiana.

CARACTERÍSTICAS ESPECIAS DO INCONSCIENTE

Freud (1915) aponta em seu texto “O inconsciente” características próprias dos processos no sistema Ics, são: ausência de contradição, processo primário (mobilidade dos investimentos), atemporalidade e substituição da realidade externa pela psíquica. A ausência de contradição no inconsciente diz respeito a inexistência de dúvidas, tampouco há certezas, tudo isso somente poderia ser trabalho da censura entre o Ics e Pcs – isto ficará melhor explicittado quando articularmos a relação entre Ics e recalque.

No inconsciente, os conteúdos são mais ou menos fortemente investidos e, é pelo processo de deslocamento que uma ideia poderia ceder a outra ideia seus montantes de investimentos e, um outro processo, de condensação pode acolher todo o investimento de outros. O autor chama esses dois processos de processo psíquico primário, referido exclusivamente ao sistema Ics, isto atribui uma certa mobilidade nos investimentos, que estariam vinculadas as representações inconscientes e a energia pulsional nela inscrita.

Assim, as representações inconscientes se deslocam facilmente e tem livre descarga pulsional, através do processo psíquico primário passam de uma representação pra outra representação por meio do deslocamento – substituição e descentramento de importância dado ao conteúdo – e condensação – abreviação, omissão e combinação de conteúdos.

Os processos do sistema Ics são atemporais, ou seja, não são ordenados temporalmente, tampouco as representações inconscientes são alteradas pela passagem do tempo, não há qualquer relação com o tempo cronológico. A relação com o tempo pode ser estabelecida apenas quando falamos sobre os trabalhos psíquicos do sistema Cs. Tampouco, os processos Ics levam em consideração a realidade, há uma substituição da realidade externa ao sujeito pela realidade psíquica, o que está em jogo pra tais processos é a intensidade/investimento e o cumprimento ou não das exigências da regulação prazer-desprazer.

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