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O Projeto Pombalino

Por:   •  23/5/2020  •  Resenha  •  871 Palavras (4 Páginas)  •  168 Visualizações

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UNIVERSIDADE PAULISTA- UNIP

CAMPUS GOIÂNIA FLAMBOYANT

CURSO DE PSICOLOGIA

JULIANA DEMÉTRIO PALMA DOS SANTOS RA: D84HJC3

PROJETO POMBALINO: A APLICAÇÃO DA IMPOSIÇÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA AOS ÍNDIOS

Trabalho de Relações Étnico- Raciais no Brasil, apresentado ao Curso de Psicologia da Universidade Paulista UNIP, para o Programa de Compensação de Faltas.

GOIÂNIA

2019

PROJETO POMBALINO: A APLICAÇÃO DA IMPOSIÇÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA AOS ÍNDIOS

GARCIA, Elisa Frühauf. O projeto pombalino de imposição da língua portuguesa aos índios e a sua aplicação na América meridional. Tempo [online]. 2007, vol.12, n.23, pp.23-38.

   Garcia (2007) inicia o texto apontando que o Futuro Marquês de Pombal e então ministro Sebastião José de Carvalho e Melo (meados do século XVIII) elaborou um projeto que posteriormente será citado como Diretório, cujo objetivo seria a integração das populações indígenas americanas à sociedade colonial portuguesa.

   O Diretório por seus instrumentos buscava a homogeneização cultural entre índios e brancos, Garcia (2007) destaca entre estes instrumentos a imposição do uso obrigatório da língua portuguesa pelos “povos conquistados”.  Não por acaso a obrigatoriedade da língua portuguesa foi implantada, visto que as principais ideias foram articuladas acerca desse tema: O uso do idioma nativo estava relacionado aos costumes tribais; a adoção do idioma civilizado redundaria na civilização dos costumes; a imposição da “língua do príncipe” acarretaria a sujeição dos povos conquistados.

   Além dos povos indígenas, a Coroa Portuguesa buscou impor o uso da língua portuguesa a outros segmentos sociais que habitavam o território americano sob seu domínio. Esta “necessidade” de impor a língua portuguesa aos índios se dava pela ambição de garantir o domínio dos territórios conquistados, assim eles buscavam transformar os índios em vassalos iguais aos demais colonos, aumentando assim a população para habitar as fronteiras. Segundo Ângela Domingues, o uso da língua portuguesa seria empregado como um critério nas disputas de fronteira entre Portugal e Espanha.

   Vale destacar que a raça em Portugal não era antes vinculada ao fenótipo e sim às crenças religiosas e à ancestralidade do indivíduo, porém durante a colonização o fenótipo foi integrado aos critérios já existentes, como definidor de hierarquia social.

      O plano de erradicação das línguas indígenas encontrou resistência tanto dos índios como dos colonos pois a política agressiva contra as mesmas acabou por chamar a atenção e transformar a língua em um definidor de identidade da população indígena.

   Outro ponto citado por Garcia (2007) foi a implantação de escolas indígenas, destacando a escola em forma de colégio para meninos e um recolhimento para meninas, criada na década de 1770 na Aldeia de Nossa Senhora dos Anjos por ser a mais importante em termos numéricos e políticos. Essas escolas possuíam seu regime e seus objetivos, no caso das meninas o objetivo era o domínio verbal da língua portuguesa e proibindo o uso do guarani e também o aprendizado dos serviços domésticos e da oração. Já no caso dos meninos o objetivo era o domínio verbal e escrito da língua portuguesa, rezar e argumentar, e não permaneciam por muito tempo nestas instituições, assim que aprendiam o designado, davam lugar a novos alunos.

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