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O Que é Ética

Por:   •  18/10/2021  •  Abstract  •  1.265 Palavras (6 Páginas)  •  114 Visualizações

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Aluno(a): Ana Carolina Barbosa da Silva- GRR20201092

Turma: B (tarde)

O livro “O que é Ética” de Álvaro L. M. Valls, mostra quanta complexidade é encontrada para definir o que é ética, se se trata  de normas de comportamentos, deveria chamar-se uma ciência normativa e tratando de costumes, pareceria uma ciência descritiva. Apesar da dificuldade em definir o que é ética, o autor mostra que chamamos ética a própria vida, pode ser o estudo das ações ou dos costumes, e pode ser a própria realização de um comportamento. É notório que em todos os lugares e culturas existem normas expostas e costumes vigentes, e enquanto vigentes, isto é, enquanto estes costumes tivessem força para coagir moralmente, o que aqui quer dizer, socialmente.

Desse modo, um comportamento ético seria um comportamento adequado aos costumes da época, o que difere desses comportamentos socialmente aceitos é considerado errado, ao menos enquanto não fosse o tipo de um novo comportamento vigente, pois, normas e costumes vêm se modificado até mesmo pelas constantes mudanças sociais e tecnológicas criadas e organizadas pelo homem.

Entretanto, não são apenas os costumes que variam, mas também os valores que os acompanham, as próprias normas concretas, os próprios ideais, a própria sabedoria de um povo a outro, o livro não trata apenas de costumes e apresenta também algumas grandes teorias, foi na Grécia antiga que surgiu o conceito de ética, um dos principais pensadores nesse período foram Sócrates e Platão, o primeiro usando a maiêutica, questionava se determinadas leis eram juntas, e mesmo que chegasse a uma conclusão positiva, o conservadorismo grego não admitia este tipo de questionamento, pois as leis existiam para serem obedecidas, e não para serem justificadas.

Já Platão parte de que todos os homens buscam a felicidade, para Platão há vida depois da morte, portanto ele acreditava na felicidade após a morte. O homem deveria procurar a contemplação das ideias do bem durante a vida, pois para ele, Deus é a medida de todas as coisas, então o homem virtuoso é aquele que procura assimilação com Deus.

Para os gregos, o ideal ético estava na busca teórica e prática da ideia do bem ou estava na felicidade. O homem viveria para conhecer, amar e servir a Deus, e no cristianismo os ideais éticos se identificou com os religiosos. Com o renascimento e o iluminismo, outros aspectos da ética vieram a tona, assim o ideal serial viver conforme a própria liberdade pessoal, e em termos sociais o grande lema foi o dos franceses que seria liberdade, igualdade e fraternidade.

Kant foi um pensador do iluminismo que buscava uma ética de validade universal, que se apoiasse apenas na igualdade fundamental entre os homens, no centro das questões éticas aparece a obrigação moral, e reconheceu a autonomia individual como o ideal ético, no centro das questões éticas aparece a obrigação moral, pois pensava que a igualdade entre os homens era fundamental para o desenvolvimento de uma ética universal.

Não há como falar de ética sem falar de liberdade, já que os costumes e normas, dita como devemos agir e se devemos agir de determinado modo,  deixando que a liberdade real se resumisse a algo puramente interior.

Logo no início de seu difícil livro Minima Moralia, Theodor Adorno

(1903-l969) chama a atenção para que hoje a ética foi reduzida a algo de privado. Já o jovem Marx, observava o mesmo a respeito da religião. Nos tempos da grande filosofia, a justiça e as demais virtudes éticas referiam-se ao universal, eram virtudes políticas, sociais. Numa formulação de grande filosofia, poderíamos dizer que o lema máximo da ética é o bem comum. E se hoje a ética ficou reduzida ao particular, ao privado, isto é um mau sinal.

Procurando superar o ponto de vista kantiano, que chama moralista,

Hegel insistiu numa outra esfera, que chamou esfera da eticidade ou da vida ética. Nesta esfera, a liberdade se realiza eticamente nas instituições históricas e sociais, tais como a família, a sociedade civil e o Estado. Desse modo, hoje em dia, os grandes problemas éticos se encontram nestes três momentos da eticidade (família, sociedade civil e Estado).

Na família: sobre a análises da ética atual em maneiras muito agudas das questões do das exigências éticas do amor. O amor não tem de ser livre? O que dizer então da noção tradicional do amor livre? Ele é realmente livre? E como definir, hoje, o que seja a verdadeira fidelidade, sem identificá-la com formas criticáveis de possessividade masculina ou feminina? A reflexão sobre a dominação das chamadas minorias sociais chamou a atenção para a necessidade de novas formas de relacionamento do próprio casal.

O feminismo, ou a luta pela libertação da mulher, traz exigências éticas, que até agora ainda não encontraram talvez as formulações adequadas, justas e fortes. A libertação da mulher, como a libertação de todos os grupos oprimidos, é uma exigência ética, das mais atuais. E, como lembraria Paulo Freire, em seu Pedagogia do Oprimido, a libertação não se dá pela simples troca de papéis: a libertação da mulher liberta igualmente o homem.

Quanto à sociedade civil, que para Hegel também significaria a forma histórica da sociedade burguesa, os problemas atuais continuam os mais urgentes: referem-se ao trabalho e à propriedade? Não seria um problema ético a própria falta de trabalho, o desemprego, quando a maioria não recebe as condições mínimas de preparação para ele, e depois não encontram, no sistema capitalista, as mínimas oportunidades para um trabalho criativo e gratificante? Num país de analfabetos, falar de ética é sempre pensar em revolucionar toda a situação vigente.

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