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O Racismo Estrutural

Por:   •  3/3/2022  •  Trabalho acadêmico  •  1.587 Palavras (7 Páginas)  •  691 Visualizações

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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO 

CURSO DE PSICOLOGIA 

Carolina Pupo Nogueira Cervone   RA: 004201901793 

Cyntia Borges Lucchini   RA: 004201903748 

Eduardo Bueno de Faria   RA: 004201901721 

Lucas Alves Ferreira   RA: 004201905592 

Pedro Matheus Biffi   RA: 004201900030 

Samuel Ramos Davini   RA: 004201904939 

 

 

 

RACISMO ESTRUTURAL 

 

 

 

Trabalho apresentado como exigência parcial para a aprovação no Componente Curricular: Psicologia Comunitária e Institucional do Curso de Psicologia da USF - Universidade São Francisco, campus Campinas, ministrado pela Profa. Dra. Brunella Carla Rodriguez. 

 

 

 

 

 

CAMPINAS 

2021 

SUMÁRIO 

 

1. INTRODUÇÃO ..........................................................................................04  

2. DISCUSSÃO          6

CONSIDERAÇÕES FINAIS        8

REFERÊNCIAS        9

 

 

 

          

 

 

 

1. INTRODUÇÃO 

 

 O racismo “é uma forma sistemática de discriminação que tem a raça como fundamento, e que se manifesta por meio de práticas conscientes ou inconscientes que culminam em desvantagens ou privilégios, a depender ao grupo racial ao qual pertençam ” (ALMEIDA, 2018: 25)

 Ao analisarmos o racismo, nos deparamos com 3 principais concepções para que ele se construa: a individual, institucional e estrutural. O racismo estrutural é o conjunto de características tanto de ações individuais como de processos institucionais. Podemos apontar que a instituição do racismo é hegemonizada, detém os interesses de uma raça para que tenha poder sobre outra, impondo suas regras por meio de condutas e padrões. Têm em suas mãos poderes políticos e econômicos, para garantir o poder sobre a instituição e para que sua dominação seja naturalizada. Já o racismo Individual, todavia, se refere ao conjunto de atitudes estereotipadas, ofensivas mediante as relações interpessoais, podendo incluir ações diretas, face a face, ou escondidas, encobertas, expressando intencionalmente um preconceito, porém diferencia-se de injúria racial que consiste em ofender a honra de um indivíduo com base em raça, cor etnia, religião ou origem, segundo a Legislação Brasileira.   Com isso, pode-se dizer que a instituição é um reflexo da sociedade que é racista, não apenas gerada por ela, mas sim, advinda de sua estrutura social e legitimada pela mesma. Uma sociedade racista deriva de associações

individuais, políticas, culturais, econômicas e jurídicas. 

 Por conta do longo tempo de aplicação dessa forma de opressão, vemos a disparidade entre negros e brancos como resultado. Essas diferenças se manifestam nas esferas da vida das pessoas negras de diversas formas, seja no campo educacional, governamental, mercado de trabalho e campo afetivo, onde o negro sempre parece estar em desvantagem em relação aos brancos.   A psicologia institucional, como a psicologia que realiza e compreende mudança social, tem como um dos seus objetivos entender como as esferas do racismo se manifestam na sociedade e no acolhimento da dor do indivíduo que sofre esse tipo de preconceito. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

2. DISCUSSÃO 

 

Para que se possa entender o racismo no Brasil, inicialmente é necessária uma retomada na história do país, pois está diretamente ligado à formação econômica e política da sociedade. Os negros chegam ao Brasil em meados da década de 1540, onde o regime da época era o Período Colonial, período esse marcado pela exploração não só de negros como povos indígenas também. Durante o período da escravidão não eram dignos de direitos civis, eram usados apenas como força de trabalho, inferiorizados pelos senhores. Após a abolição, a escravidão foi substituída pelo clientelismo e o colonato. Então, mesmo ganhando direitos civis e de liberdade, na prática não era o que ocorria de fato. A discriminação e a desigualdade continuavam presentes. O racismo estrutural deixa resquícios pela sociedade, como no: mercado de trabalho, ensino, expressões linguísticas, ligação ao crime, entre outros.

Partindo do pressuposto da educação, pessoas negras tem menos acesso à educação, maior evasão escolar e minoridade que se refere a formação superior em relação aos brancos. As cotas foram criadas como uma tentativa de possibilitar não só a igualdade como a equidade do acesso à educação superior. Seguindo a citação de Marx, “Se a classe operária tudo produz, a ela tudo pertence”, temos uma dívida histórica com povos negros e indígenas, já que eles foram escravizados, obrigados a trabalhar e não receberam nada, logo, mesmo que não estejam mais presentes as pessoas da época da escravidão, precisamos pagá-los, e dessa maneira quebra-se todo argumento ou movimento que se opõe as cotas.

Se tratando do mercado de trabalho e consequentemente da pobreza, observa-se um grande desnível entre negros e brancos, sendo os primeiros ocupadores dos níveis mais altos de pobreza e vulnerabilidade, em suma, possui os menores índices de “não pobre”. Pesquisas apontam que negros não compõem quantidade respectiva em altos cargos empresariais, atuam mais em empregos informais e precários e os salários são desiguais se comparados com o de brancos ocupando o mesmo cargo.

         Partindo do pressuposto que o racismo é uma forma de violência,

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