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OS FUNDAMENTOS DA TEORIA PSICANALÍTICA

Por:   •  31/10/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.903 Palavras (12 Páginas)  •  139 Visualizações

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FUNDAMENTOS DA TEORIA PSICANALÍTICA

INTRODUÇÃO

A Psicanálise é um campo clinico e de investigação teórica da psique humana independente da psicologia, que tem origem na Medicina desenvolvida por Sigmund Freud. Visto que Freud foi um médico neurologista, que iniciou seus estudos pela utilização da técnica da hipnose como forma de acesso aos conteúdos mentais no tratamento de pacientes com histeria. Ao passo que Jacques Marie Émile Lacan torna-se um dos mais importantes pós Freudiano, ele foi um psicanalista Francês, nasceu em Paris dia 13 de abril de 1901 e faleceu em 9 de setembro de 1981, formou-se em  medicina mas passou  da neurologia á psiquiatria através do surrealismo a partir de 1951, afirmando que os pós freudianos haviam desviado, então propõe um releitura a Freud, ele é considerado o maior psicanalista depois de Freud, ou até mesmo do seu porte, para os seus críticos, a teoria lacaniana é um retrocesso da psicanálise, um desvirtuador da teoria freudiana.

Em 1951 dá inicio aos seminários, uma serie de apresentações orais que foram reunidos em 23 livros. O Seminário – Livro 2 – Os Escritos Técnicos de Freud. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 1979; Seminário – livro 2 - O Eu na Teoria de Freud e na Técnica da Psicanálise. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 1985; Seminário livro 3- As Psicoses, Rio de Janeiro, Jorge Zahar Edit. 1985; seminário livro-4 A Relação de Objeto. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1995.;seminário livro 5 As formações do inconsciente, Rio de Janeiro: Jorge Zahar Edit. 1999; seminário livro  7 A ética da psicanálise, Rio de Janeiro, Jorge Zahar Edit. 1991; O Seminário – Livro 8 - A transferência, Rio de Janeiro, Jorge Zahar Edit. 1992;  O Seminário - Livro 10 - A Angústia ,Rio de Janeiro, Jorge Zahar Edit., 2005; O Seminário – Livro 11 - Os Quatro Conceitos Fundamentais da Psicanálise, São Paulo, Jorge Zahar Editor, 1979; O Seminário - Livro 16 - De um Outro ao outro, Rio de Janeiro, Jorge Zahar Edit., 2008.; O Seminário - Livro 16 - De um Outro ao outro, Rio de Janeiro, Jorge Zahar Edit., 2008.; O Seminário – Livro 17 - O Avesso da Psicanálise, Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 1992; O 18 - De um discurso que não fosse semblante, Jorge Zahar Edit., 2009.;O Seminário – Livro 20 - Mais, Ainda. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editores, 1982.; O Seminário - Livro 23 - O sinthoma. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editores, 2007.

Dentre esses, Lacan apresenta o Seminário da ANGÚSTIA-livro 10, proferido nos anos de 1962-63, o capitulo XVIII tem como titulo A VOZ DE JAVÉ e mais uma vez o termo angústia se destaca como um dos assuntos principais.

 A angústia é uma manifestação, um sentimento que está ligado ao desejo do outro, o surgimento desse afeto está atrelado ao momento em que o sujeito se vê diante do desejo do outro e é alienado a esse desejo.  Lacan concebe o Outro como inconsciência que corresponde ao desejo na medida do que falta ao sujeito e do que ele não sabe, esse outro é o lugar do significante, e é nele que o sujeito encontra um traço único, a partir do qual vai se constituir em sua subjetividade. A análise da constituição do sujeito diante do outro conduz á introdução da concepção de objeto “a”. Lacan esclarece que o objeto a só funciona em correlação com a angústia porque a angústia é um sinal relacionado ao que se passa na relação do sujeito com esse objeto, sendo esse sujeito barrado, que vacila em sua relação com o objeto. A angústia e a tradução subjetiva do objeto “a”.

Segundo Lacan esse símbolo “a” não representa a primeira letra do alfabeto, mas a primeira letra da palavra outro. A letra “a” qualifica nosso objeto, designa nosso semelhante, o alter ego. Pois bem, a invenção do pequeno objeto “a” responde a diversos problemas, mas, sobretudo a esta pergunta, exatamente: “Quem é o outro?

A psicanálise não responderá que “o outro é”, mas se limitará a dizer: “para responder a essa pergunta, construamos o objeto a”. A letra a é uma maneira de nomear a dificuldade; ela surge no lugar de uma não resposta.

DESENVOLVIMENTO

Diante das experiências com a angústia, Lacan viu necessário acrescentar, junto ao objeto oral, anal e fálico; o ouvido e o olho. Uma vez que cada um é gerador de um tipo de angústia e nenhum desses objetos separa-se das repercussões sobre os demais, pois se unem e expressam ao sujeito que se funde no espelho do Outro e pelo o que é significante e sob o resto que gira em todo o desejo, que na verdade fica opaco e se não fosse a angústia não teria com que se revelar.

Isso leva os analistas à busca do saber, pois há um encanto nesse ensino aprovado e às vezes reprovado por alguém. Contudo, Lacan propõe ensinar o método a qual auxilia o analista è descoberta dos desejos reprimidos ou até mesmo lacunas a ser preenchida e outros traumas dolorosos que o ego joga no inconsciente para escapar da ansiedade, uma vez que todo trauma está ligado ao afeto e ao que é significante para o sujeito.

Este método existe por causa da necessidade, pois a psicanálise só é aceita à experiência do psicanalista. Uma vez que outras abordagens a adota em parte e ela fica parcial e longe do que Freud ensinou nas suas últimas doutrinas, isso é desvio, uma redução, uma aberração do campo da experiência que são comandados pelos que produziram no campo da primeira exploração analítica, sendo que a forma certa de investigação é as que continuam com o mesmo brilho e iluminação ligada à difusão do ensino freudiano desde a primeira geração dos ensinos de Freud o THEODOR REICK que Lacan faz uso de suas contribuições técnicas e clínicas, pois o mesmo dedicou o estudo sobre o chofar. Embora esses conhecimentos de Reick estiveram subitamente extintos e não se sabe ao exato o porquê, pois fala da profundeza e de conhecimento.

Em um dos estudos de Reick ele fala do instrumento chofar que traz um significante para o povo judaico quando se reuniam para adoração no ciclo ritual e ouvia aquele som agradável que surgia pelas vias misteriosas do afeto auditivo e ao mesmo tempo ressoava fé ou arrependimento, característica da época.

Embora o método Reick deve ter sofrido desgaste a ponto de ter perdido energia , Lacan afirma ter pesquisado sobre a forma interrogativa Reickiana dos textos bíblicos em que o chofar é indicado como correlato das diversas circunstancias primordiais levada a Israel e o estudo parte da posição que em princípio repudia qualquer apego tradicional e Reick vai além dos devotos direto à verdade histórica narrada pelas passagens bíblicas.

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