OS PERIGOS DA HISTÓRIA ÚNICA

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CURSO DE PSICOLOGIA

MULTIVIX SERRA

Curso de Bacharel em Psicologia

Chimamanda Adichie

 

OS PERIGOS DA  HISTÓRIA ÚNICA

Serra, 2020

Andréia Santos Souza

OS PERIGOS DA HISTÓRIA ÚNICA  

Trabalho apresentado como requisito parcial para obtenção de aprovação na disciplina de Sociologia e Relações Étnico-Raciais, Culturais e Direitos Humanos, no curso de Psicologia, da Faculdade Multivix.

        Professor. Victor Pacheco

Serra, 2020

RESENHA CRÍTICA DO VÍDEO OS PERIGOS DA HISTÓRIA ÚNICA

ADICHIE, Chimamanda – O Perigo de uma história única – Vídeo – Site Youtube.com.br

Chimamanda Adichie é uma escritora que narra a partir de sua trajetória individual o que ela chama de “o perigo de uma história única” e nos expõe questões centrais a nossa época.

A palestra possui uma identidade forte trazendo palavras que traduz crenças, modos de vida e aflições de um determinado povo que, desde o princípio da história da humanidade, foi calado.

A escritora procura inspirar pessoas através de suas conferências, buscando desmistificar o olhar de uma pessoa que passou a vida inteira acreditando em histórias sobre o seu continente contadas pelos colonizadores europeus e, posteriormente, escritores norte-americanos e também europeus.

Filha de um professor universitário e de uma secretária, Chimamanda vivenciou uma Nigéria diferente daquele que sempre é exposta. Quando criança lia muita literatura inglesa e americana, uma vez que a língua oficial nigeriana é o inglês.

Aos 19 anos, Chimamanda  foi para os EUA fazer faculdade, foi nessa época que sentiu a necessidade de desenvolver uma identidade puramente nigeriana (e africana) que transparecesse na literatura e se distanciasse cada vez mais daquelas imagens esteriotipadas pelo restante do mundo.

Um momento curioso do discurso é quado a escritora fala sobre seu primeiro contato com a colega de quarto norte-americana. A menina, pouquíssimo familiarizada com qualquer traço cultural nigeriano, pergunta como Adichie fala tão bem o inglês. A nigeriana, por sua vez, responde calmamente que a língua oficial da Nigéria é o inglês. Na continuidade da conversa entre as duas, a americana pede para a colega nigeriana tocar uma música tribal típica de seu país. Para sua surpresa, Chimamanda coloca uma música de Mariah Carey e deixa sua colega mais uma vez surpresa.

Todos esse fatos nos levam à importância das histórias para compreensão do mundo.

A sociedade americana, representada pela colega de quarto de Chimamanda , esteve muito tempo submetida a uma visão de mundo limitadora em relação ao continente africano como um todo, o que possibilitou a construção de inúmeros esteriótipos sustentados pela falta de uma voz que pronunciasse os erros naquelas versões.

Em tempos de intolerância e radicalismos, a palestra de Chimamanda é um convite para todos aqueles que querem despertar para a maneira que a história é contada e pretendem romper com o ciclo de preconceitos e esteriótipos.