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OS PRINCIPAIS MECANISMOS DE DEFESA

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Por:   •  27/3/2014  •  1.346 Palavras (6 Páginas)  •  771 Visualizações

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OS PRINCIPAIS MECANISMOS DE DEFESA

As pessoas defendem-se inconscientemente da ansiedade que sentem numa situação perturbadora. Podem fazê-lo distorcendo a realidade e enganando-se a si mesmas, dois processos subjacentes que Freud denominou mecanismos de defesa. Todos nós usamos desses mecanismos para proteger nossa auto-imagem, o que é bastante comum em nossa vida diária. Temos necessidade de uma auto-imagem positiva, de aprovar nosso comportamento, e justificá-lo quando necessário. Às vezes, a única maneira de conseguir isso é através de processos inconscientes, iludindo-nos e alterando os fatos reais, de modo a preservar a nossa auto-imagem.

Quando os mecanismos de defesa são levados a extremos, assumindo um papel preponderante na vida das pessoas, a tend6encia dos psicólogos é considerar os comportamentos resultantes como anormalmente perturbados. Existem vários tipos de mecanismos de defesa, e embora os psicólogos divirjam em sua exacta classificação, ou mais comummente apontados são:

INTROJEÇÃO: “Termo introduzido por Sandor Ferenczi em 1909, para designar, em simetria com o mecanismo de projecção e introversão (ensinamento auto-erótico), a maneira como um sujeito introduz fantasisticamente objectos de fora no interior de sua esfera de interesse.” Freud adoptaria esse termo, próximo ao de incorporação. Através desse mecanismo arcaico o ego reconstrói de forma ideal o mundo esterno no universo intrapsíquico. Os objectos externos, suas qualidades apaziguadoras são transportados simbolicamente para a organização interna e subjectiva do indivíduo.

INCORPORAÇÃO: “Termo introduzido por Sigmund Freud, em 1915 para designar um processo pelo qual um sujeito faz com que um objecto penetre fantasisticamente no interior de seu corpo.” Muito próximo ao termo introjeção, a incorporação esta relacionada com o invólucro corporal. É o interior do corpo que é visado, o sujeito procura incorporar o objecto desejado, com a finalidade de destruí-lo e assimilar as suas qualidades.

IDENTIFICAÇÃO: Termo utilizado para designar o processo central pelo qual o sujeito se constitui e se transforma, assimilando ou se apropriando, em certos momentos-chave de sua evolução. Dos aspectos, atributos ou traços dos seres humanos que o cercam. Diante de sentimentos de inadequação o sujeito, internalizará características de uma pessoa valorizada, passando a sentir-se idêntica a esta. A identificação é um processo necessário no início da vida, quando a criança está assimilando o mundo. Mas permanecendo em identificações a criança será impedida de adquirir uma identidade própria.

PROJEÇÃO: “Termo utilizado por Sigmund Freud, a partir de 1895, essencialmente para definir o mecanismo da paranóia (...).” É uma reacção até certo ponto normal, quando um sujeito, tem “maus” sentimentos, ou quando um evento doloroso é de sua responsabilidade, ele tende a projectá-lo no mundo externo que a seu ver, assumirá as características daquilo que não suporta perceber em si mesmo. O mecanismo de projecção é utilizado de forma extrema na paranóia.

Onde o sujeito possui um sentimento tão forte de destrutividade em seu interior, que a forma para sentir-se de alguma maneira “aliviado”, é projectando esse sentimento de destrutividade no mundo exterior. A partir desse momento o sujeito, passará a ver o que está no externo como terríveis perseguidores.

NEGAÇÃO: Termo proposto por Freud, para caracterizar um mecanismo de defesa utilizado pelo sujeito, que consiste em negar determinados sentimentos, que estariam reprimidos, e ao serem trazidos para a consciência, trariam algum desconforto para esse sujeito.

REPRESSÃO: Mecanismo de defesa, que impende que alguns conteúdos mentais, sentidos como perigosos, tomem parte da consciência. É o principal mecanismo de defesa, do qual derivam os demais. Podemos dizer que é a partir da repressão ou recalque, que se formará a base de constituição do inconsciente.

RESISTÊNCIA: Este mecanismo de defesa caracteriza-se pela oposição do ego a certos conteúdos mentais que atentem contra os preceitos morais do indivíduo. O fenómeno da resistência ocorre principalmente durante os processos administrados no decorrer de uma sessão analítica.

IDEALIZAÇÃO: “Processo psíquico pelo qual, as qualidades e o valor dos objectos desejados, são levados à perfeição. A identificação com o objecto idealizado contribui para a formação e para o enriquecimento para as chamadas instâncias ideais da pessoa (ego ideal, ideal do ego)”. Foi em relação ao termo narcisismo, que Freud chega a definir o termo idealização. O funcionamento da idealização, Freud já demonstrara ao escrever sobre a vida amorosa. ‘(...) é um processo que diz respeito à libido objectal e consiste no facto de a pulsão se dirigir para outra meta, afastada da satisfação sexual (...). A idealização é um processo que diz respeito ao objecto e pelo qual este é engrandecido e exaltado psiquicamente sem alteração de natureza. A idealização é tão possível no domínio da libido do ego como no da libido do objecto. De certa forma a idealização tem sua importância, principalmente na formação do sujeito em sua infância, ao idealizar as figuras dos pais, assimilando seus aspectos exaltados pela identificação a esses aspectos. Mas assumindo uma forma patológica, a identificação é extremamente prejudicial, pois o sujeito ao idealizar demais, os objectos de seu desejo, lidará com figuras imaginárias que na realidade não possuem com tanta intensidade aqueles aspectos exaltado pelo sujeito.

Ao tomar consciência

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