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PEDIATRIA ONCOLÓGICA: O OLHAR DO PROFISSIONAL DA PSICOLOGIA AO VÍNCULO FAMILIAR COM A CRIANÇA

Por:   •  22/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  4.460 Palavras (18 Páginas)  •  198 Visualizações

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PEDIATRIA ONCOLÓGICA: O OLHAR DO PROFISSIONAL DA PSICOLOGIA AO VÍNCULO FAMILIAR COM A CRIANÇA.

Kuedemã Maeli Pinheiro Ribeiro ¹

Lariane Menezes Santos ²

RESUMO

O câncer é uma doença que atinge milhares de pessoas no mundo, dentre elas as crianças. O atendimento psicológico é de fundamental importância quando se trata de um paciente oncológico na pediatria, onde o apoio aos familiares é indispensável neste momento de fragilidade, sendo necessário que o familiar receba uma atenção especial, em que o mesmo irá desenvolver um cuidado pleno ao longo do tratamento. A partir de uma revisão literária, discutiremos como é desenvolvido o apoio psicológico para com o familiar e o paciente oncológico e como tal apoio é indispensável para compreensão da doença.

Palavras-chave: Psico-oncologia Pediátrica. Intervenção Psicológica. Vínculo Familiar.

ABSTRACT

Cancer is a disease that affects thousands of people in the world, among them the children. The psychological care is of fundamental importance when it comes to an oncologic patient in pediatrics, where the family support is indispensable n this moment of weakness, being necessary that the family receives special attention, in that the same will develop a full care throughout the treatment. From a literary review, we will discuss how is developed with psychological support o the family and the oncologic patient and as such support is indispensable for the understanding of the disease.

Key words: Psycho-oncology Pediatric. Psychological Intervention.  Family Bond.

INTRODUÇÃO

O presente trabalho resulta de uma pesquisa bibliográfica realizada no último período da faculdade com o objetivo geral de destacar a importância do papel do psicólogo dentro da oncologia pediátrica bem como seu atendimento junto com o paciente e sua família.

 Podemos descrever que as neoplasias mais conhecidas como câncer, são células malignas que se multiplicam de forma desorganizada, sempre ocorrendo em qualquer local do corpo humano podendo ou não abranger várias partes ao mesmo tempo, causando o que é chamado de metástase (SOBOPE, 2016). Os cânceres podem variar de adulto à criança independente de sexo, idade ou classe social atingindo-os em fases diferentes. Em se tratando de crianças as doenças são múltiplas, mas, segundo a Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica - SOBOPE (2016), há uma ocorrência maior nas leucemias e nos linfomas.

Diversas crianças são acometidas por ano, segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer, 2008) cerca de mais de 9000 casos novos são infanto-juvenil, no Brasil, por ano. Nas crianças são afetadas principalmente as células do sistema sanguíneo, essas doenças na infância geralmente são formadas de natureza embrionária, compostas de células indiferenciadas. Ainda existem pacientes infantis que são conduzidos aos centros de tratamento com o câncer já em estágio critico, de acordo com o INCA. Alguns fatores tais como a falta de informação dos pais que acham que os filhos estão com sintomas comuns em crianças ou até mesmo o medo do diagnóstico por não compreenderem ao certo o que o filho tem, levando a demorar o início do tratamento. Não existem sintomas específicos, por vezes as crianças no começo da doença têm uma saúde consideravelmente razoável, o que implica uma maior atenção por parte de toda a equipe, a começar pela equipe médica.

Diante disto o objetivo do presente artigo é investigar e compreender a atuação do psicólogo dentro de hospitais, na ala oncológica pediátrica, como se desenvolve o acompanhamento psicológico à criança e seus familiares e como este apoio do familiar é importante para a melhora deste paciente.  A pesquisa será de cunho bibliográfico onde primeiramente será abordado o câncer infantil, visando apresentar suas características e a hospitalização infantil, em seguida, será discutido como se dá a relação entre a criança e o familiar neste momento, discutir de que maneira é a atuação do psicólogo na oncologia pediátrica e quais as possíveis intervenções, finalizando com as considerações sobre o tema.

        Assim, visando ampliar o olhar sob o tema, este artigo tem o propósito de contribuir para a percepção da necessidade do acompanhamento psicológico junto a criança com câncer e ao seu familiar, bem como da importância do familiar no tratamento da criança e de como lidar com tal doença.

O CÂNCER INFANTIL – HOSPITALIZAÇÃO INFANTIL

Câncer palavra não muito utilizada no passado, por ser uma doença que não havia cura. Porém, com o avanço da tecnologia, a medicina pode evoluir com pesquisas que possibilitam a cura do paciente. Conforme Oliveira & Paz (2015) a doença tende a ser autônoma e à perpetuação, com efeitos agressivos sobre a pessoa, podendo ser malignos ou benignos, sendo o termo câncer utilizado para crescimentos malignos.

No Brasil, o câncer infantil cresce a cada dia, onde milhares de crianças são atingidas pela doença onde segundo o INCA (2012) o tratamento é eficaz quando se há um diagnóstico cedo. O paciente infantil passa por vários processos, às vezes, por quimioterapia ou radioterapia que são tratamentos utilizados na obtenção de resultados positivos para a cura da doença, o tratamento varia de acordo com a agressividade de cada câncer.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer - INCA, existe uma estimativa de 12.600 (até o mês de junho de 2016) casos novos para o presente ano, onde cerca de 7% das mortes no Brasil de crianças e adolescentes de 1 a 19 anos é devido ao câncer. Nos últimos anos houve um aumento no tratamento e cerca de 70% das crianças que são atingidas pela doença tem a possibilidade de serem curadas.

As crianças por estarem em fase de crescimento passam por diversos períodos de febre ou dores que são considerados normais por seus pais, por serem medicados facilmente. Por ser uma doença que assusta, há um choque por parte dos familiares, principalmente dos pais, que se amedrontam com o fato da enfermidade ser agressiva. Para Valle & Ramalho (2008) o tratamento na criança envolve não somente os pais, mas também uma equipe de saúde que sempre estarão em contato com a família para tirar dúvidas, dentre estes especialistas está o psicólogo.

Devido à criança estar hospitalizada, a sua vida tem um novo rumo, ocorrem diversas internações que podem implicar no processo de desenvolvimento da criança, suas atividades são interrompidas dando lugar ao tratamento longo. Cada criança reage que maneira diferente ao tratamento e a hospitalização, pelo simples fato de estarem sendo mantidas longe da família e de pessoas que gostam ou por não poderem correr ou pular. Por isso Pedrosa et al. (2007) mostra que quando há alterações deste tipo é muito importante que haja uma junção de projetos que visem o bem estar das crianças, como brincadeiras ou leituras voltadas aos infantes internados para haver uma prevenção de sofrimentos psíquicos.

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