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PERSONALIDADE - HEREDITARIEDADE E AMBIENTE

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Por:   •  23/3/2014  •  984 Palavras (4 Páginas)  •  6.348 Visualizações

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PERSONALIDADE - HEREDITARIEDADE E AMBIENTE

A configuração única da personalidade de um indivíduo desenvolve-se a partir de fatores genéticos e ambientais.

No mesmo instante em que o óvulo é fecundado, isto é, no momento da fecundação, o ser humano recebe a totalidade de sua herança genética. Mas a partir do momento da fecundação, este projeto de indivíduo se encontra necessariamente sob e a influência de um ambiente, o útero materno, habitat primário dos mamíferos. Portanto, do ponto de vista da genética, nem tudo aquilo com que nascemos (congênito) é hereditariedade.

Apontam Bigge e Hunt (1975) que as combinações possíveis de genes são de tal ordem que um único casal poderia ter 20 elevado à potência 24 de tipos diferentes de crianças, número superior ao total de seres humanos que jamais existiram.

Como a hereditariedade influencia a formação da personalidade?

Em primeiro lugar, é preciso deixar bem claro que a hereditariedade não se constitui em causa direta do comportamento. Sua influência se dá de forma indireta, através das estruturas orgânicas pelas quais respondemos aos estímulos.

As estruturas são herdadas, mas o comportamento não.

Desde o nascimento, umas crianças reagem prontamente às variacões de luz, som, temperatura, etc. e outras permanecem quase insensíveis.

Apesar de não existir uma relação causal direta entre estruturas hereditárias e auto-estima, agressividade, sociabilidade e outras características de personalidade, nós nos comportamos por meio do nosso corpo e a estrutura e funcionamento do organismo são influenciados pela hereditariedade.

A nossa aparência física influencia muito na maneira pela qual seremos tratados pelos outros e a partir das relações interpessoais se estabelecem muitas características pessoais, como o auto conceito e outras.

São aceitos os princípios segundo os quais incapacidades corporais e deformidades físicas influenciam a personalidade. Elas determinam não só um autoconceito negativo, mas também desencadeiam mecanismos compensatórios. O nível de ansiedade também costuma ser maior nestas pessoas. Sob o domínio da ansiedade, sentem maiores dificuldades e enfrentam menos adequadamente o meio.

Para concluir, ressalta-se a idéia de que a hereditariedade não é causa direta do comportamento, mas através das estruturas orgânicas, estabelece limites para as manifestações comportamentais.

Como o ambiente influencia a formação da personalidade?

Parece ser útil a divisão do conceito de ambiente em ambiente físico e social. O primeiro se refere às influências da nutrição, temperatura, altitude, etc., e o segundo às influências das relações interpessoais.

Pode-se, portanto, incluir sob o rótulo "ambiente" um número enorme de fatores que influem na formação da personalidade. Entre eles estão: a situação pré-natal, as primeiras experiências infantis, a constelação familiar, as relações entre pais e filhos, as variadas influências culturais e institucionais e muitos outros.

Já são amplamente conhecidos os resultados de alterações no ambiente pré-natal. Dieta inadequada, ingestão de drogas e tratamento de Raios X durante a gravidez podem alterar profundamente a personalidade do fruto bebê. Emoções fortes e prolongadas, neste período, podem fazer o mesmo.

A nutrição é um fator dos mais importantes no desenvolvimento da personalidade, pelo menos em muitos aspectos como a inteligência, a constituição física, a coordenação motora, a atenção, a memória, etc., sem se falar nas características derivadas destas, como é o caso do autoconceito.

As primeiras experiências na vida de uma pessoa são as mais importantes. Freud e a maioria dos estudiosos acredita que a estrutura da personalidade é fixada mos primeiros anos de vida: o que ocorre ou deixa de ocorrer neste período é decisivo.

Tem-se pesquisado bastante sobre os efeitos das privações de estimulação nos primeiros momentos da vida. Vários estudos envolvendo crianças criadas em orfanatos, comparadas com crianças criadas em ambientes familiares, apontam, naquelas, uma série de problemas como saúde fraca, declínio intelectual progressivo e desajuste social e emocional.

As privações sensoriais iniciais têm uma influência marcante no desenvolvimento da criança, que não é facilmente superada mesmo que depois se lhes ofereça um meio estimulante.

Harlow e Zimmermann estudaram macacos criados por mães verdadeiras e mães substitutas feitas de pano e arame. Em situações de emergência, os filhotes recorriam à mãe substituta de pano, independentemente de qual delas havia amamentado o animal. Ficou claro que o contato macio e aconchegante representa uma estimulação importante. Mesmo os filhotes criados com a mãe de pano, comparados aos criados com a mãe verdadeira,

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