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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ ESCOLA DE CIÊNCIAS DA VIDA

Por:   •  23/11/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.147 Palavras (5 Páginas)  •  266 Visualizações

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ

ESCOLA DE CIÊNCIAS DA VIDA

CURSO DE PSICOLOGIA

Para Freud (1924) o ser-humano tem origem no pai e na mãe e acaba construindo uma relação triangular que constitui um dos principais conflitos humanos, pois essa relação interfere em toda vida do sujeito e terá uma determinante definição da estrutura psíquica do indivíduo. Freud teve como base para esse conceito principal de sua teoria a base mitológica grega do Édipo Rei, onde Édipo, não sabendo que Jocasta era sua mãe, se casa com ela e mata seu próprio pai, mesmo não sabendo de sua relação e quando descobre a verdade sobre sua família ele te torna cego por ação própria e sua mãe se mata.

O complexo de édipo gera sentimentos de amor e ódio direcionada à aqueles que em teoria nós mais somos próximos, vulgo nossos pais. Ele ocorre quando a criança está na fase fálica (3 anos de idade), que passa a ser alvo de muitas proibições que até então não eram conhecidos. Ou seja, a família e a sociedade começa a impor regras que antes não eram colocados. Nessa fase a criança percebe as diferenças entre ela e seus pais e isso definirá o comportamento na idade adulta, principalmente referente a sua esfera sexual.

No complexo de Édipo positivo, no caso do menino, observaremos precocemente uma catexia objetal em relação à mãe e a identificação com o pai, que somente aparecerá, na sua forma conflituosa, no momento em que os desejos sexuais do menino pela mãe forem acentuados. Sua identificação com o pai irá assumir, assim, uma intensidade ambivalente. A possibilidade de manter a mãe como objeto de amor surgirá através da intensificação da identificação com o pai. E essa identificação, em que o menino quer ser como o pai, parecenos que se trata da terceira modalidade de identificação. Mas quando a saída da cena edípica ocorre a partir da identificação do menino com a mãe, teremos a presença da segunda modalidade de identificação, ou seja, uma catexia objetal que regrediu para a identificação. Acreditamos que a produção direta do superego esteja mais intimamente relacionada com a primeira modalidade de identificação, a que se refere ao protótipo da introjeção ou incorporação do outro-objeto valorizado. Todas as modalidades de identificação contribuem, evidentemente, para a constituição do superego. Entretanto, seguindo o modelo da melancolia, com o qual Freud inicia o capítulo sobre o superego, parecenos que este é constituído a partir da lógica da instalação, dentro do ego, de um objeto perdido. O superego é o resultado das primeiras catexias libidinais, mas, similarmente ao objeto morto introjetado no processo melancólico, o superego transforma-se, usando um pleonasmo, num outroalteritário no interior do eu, vigiando qualquer ação de aproximação deste em relação ao objeto perdido. Para preservar o objeto externo, o superego, introjeta os resíduos da relação libidinal e, assim, controla, pune e auto-observa o sujeito.

Segundo Kupfer (2009) por volta de 1950, Lacan fez uma releitura do Édipo freudiano e o dividiu em três tempos para definir o que chamou de “função paterna”. A volta a Freud é marcada pela ênfase colocada no ato da palavra. Lacan demonstrará como Freud antecipava a linguística estrutural ao definir as leis da linguagem e localizar seu operador. Sem deixar de lado as figuras imagéticas do pai na sociedade, Lacan avança ao definir que o pai é a palavra.

Com isso, Lacan rompe com uma tendência de apenas imaginar o pai por meio de sua presença ou ausência física junto da família. Ele insiste em que Freud já se referira a existência de substitutos do pai, ou seja: na ausência física da figura paterna, qualquer coisa que corte a díade mãe-bebê terá a possibilidade de exercer a função do pai.

Num primeiro momento, o pai está velado. E é por estar velado que irá operar para propiciar a instauração do falo, que ganhará um colorido imaginário para regular a relação da mãe com o filho.

Este filho interpreta que a mãe tem uma falta e que ele pode preenchê-la. Isso propicia que as condições do desejo se instaurem como desejo do Outro, condição humana para o desejo. O pai é aquele que tira o lugar do filho como falo junto de sua mãe e é considerado por isso terrível, atraindo para si os afetos mais hostis devido à sua intrusão. A função paterna, nesse tempo, é imaginária e o pai é tomado como rival que pode matar ou roubar do filho o objeto (a mãe) para si.

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