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A UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO ESCOLA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSO DE MEDICINA

Por:   •  8/10/2022  •  Seminário  •  2.414 Palavras (10 Páginas)  •  107 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO

ESCOLA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

CURSO DE MEDICINA

 

 

 

 CONSTIPAÇÃO INTESTINAL

gastroenterologia

 

Docente : Sabrina Chevitarese de Oliveira

 

 

 

   

Discentes:

Anderson Luiz de Almeia Reis 4508363

Lara Vaz Santos 4508025

Raphael Augusto Cardoso Ferreira4509042

Duque de Caxias

Setembro de 2022

  1. Aspectos Gerais e Definição 

A constipação intestinal é também conhecida por obstipação intestinal e, mais popularmente, como ‘’intestino preso’’ e ‘’prisão de ventre’’. É classificada como uma doença funcional neurogastroenterológica e considerada de alta frequência em ambulatório de gastroenterologia em todo mundo, com prevalência em cerca de 2 a cada 10 pacientes na população geral, sendo mais frequente em mulheres e pessoas na terceira idade. 
Os principais fatores desencadeantes, como causas gerais, são relacionados com uma vida sedentária; fatores dietéticos como alimentação pobre em fibras alimentares, baixa hidratação, doenças de base, como DM , consequente acometimento neural intestinal; além do uso de alguns medicamentos capazes de gerar tal sintoma. Nesse contexto, podemos ainda citar a desnutrição, distúrbios do trato gastrointestinal (TGI) neurogênicos, endócrinos ou colônicos e fatores socioeconômicos, como determinantes para ocorrência de constipação intestinal. 
Um fato importante a ser ressaltado é que a constipação é, muito comumente, um problema negligenciado na saúde pública. Deve-se saber que, essa doença pode ser classificada em primária e secundária. Na constipação do tipo primária, o que ocorre é um trânsito normal no intestino, associado com obstrução em saída ou trânsito lento em cólon. No tipo secundário, as alterações são devido a uma doença metabólica, causa mecânica, farmacológica ou, até mesmo, psiquiátrica. 

 

  1. Fisiopatologia e Classificação

A constipação intestinal é uma condição multifatorial, ou seja, fatores genéticos, ambientais e sociais se interagem determinando a instalação de um distúrbio, que, por sua vez, dá início a constipação intestinal sendo na maioria das vezes decorrente da ingesta inadequada de fibras e água. Subdivide-se em primária e secundária, tendo esta última causa bem definida, como doenças endócrinas e neurológicas ou uso inadvertido de substâncias obstipantes. 
Em termos fisiopatológicos, divide-se em três categorias: 1. constipação de trânsito normal; 2. constipação de trânsito lento; e 3. doenças do ato evacuatório.  
Em estudo avaliando mais de mil pacientes constipados, Nyan et al. observaram que: 
* 59% - Apresentavam trânsito intestinal normal;  
* 25% - Defeitos defecatórios;  
* 13% - Trânsito intestinal lento;  
* 03% - Associação de trânsito lento e distúrbio da defecação. 
Na constipação intestinal de trânsito intestinal normal, que pode também ser denominada constipação funcional, o paciente tende a referir fezes de consistência endurecidas ou relatar aspectos relacionados com evacuação insatisfatória. Na anamnese, geralmente são identificados distúrbios psicossociais e queixas frequentes de desconforto em região abdominal e alta presença de flatulência.  
De acordo com Alves (2013), no caso de constipação com etiologia relacionada à distúrbios da defecação, deve-se investigar sempre disfunções esfincterianas, no caso o esfíncter anal, além de disfunções do assoalho pélvico e, devido a isso é comum designações como “anismos”. A clínica é relacionada com fezes volumosas e endurecidas, com constantes episódios de fissuras anais e quadros hemorroidários, que podem estar associados ao próprio hábito intestinal ou lesões friccionais e sexuais. 

  1. Avaliação Clínica e Diagnóstico

 O diagnóstico da constipação primária é essencialmente clínico, sendo o exame proctológico parte importante. O diagnóstico diferencial de constipação é amplo, portanto, é importante uma história completa. Os sintomas mais frequentes são sensação de evacuação incompleta, evacuações infrequentes ou difíceis. Devem-se ser levados em conta o uso de suplementos dietéticos, a quantidade de ingesta de fibra e o nível de atividade física. Os antecedentes médicos são fundamentais, pois algumas condições como o hipotireoidismo ou o DM podem ser a causa da constipação. 
Os sinais de alarme são os sangramentos retais, perda de peso importante, anorexia, dor e desconforto abdominal fortes, além de febre e tenesmo. Devido a chances de associação com quadros neoplásicos, como o carcinoma intestinal, em pacientes em faixa etária de pesquisa, ou seja, acima de 50 anos, exames laboratoriais como a busca por sangue oculto nas fezes é de grande importância. 

São consideradas constipadas as pessoas que apresentam:  
a) queixas de eliminação de fezes endurecidas;  
b) frequência de defecação menor do que três vezes por semana; e/ou  
c) sensação de esvaziamento incompleto do reto. Em crianças menores, que ainda não conseguem relatar seus sintomas, a constipação deve ser considerada na presença de movimentos intestinais dolorosos, acompanhados de desconforto, gritos e manobras para não eliminar as fezes. A eliminação de fezes endurecidas, em cíbalos ou fragmentadas, mas de difícil eliminação, é também considerada constipação mesmo que a frequência seja normal. 

O exame abdominal e pélvico deve ser acompanhado de um toque retal, avaliando a presença e a consistência das fezes, o tônus do esfíncter, a presença de fissuras anais, e a avaliação da próstata é muito importante. Deve- se analisar a presença de hérnias e massas abdominais ou pélvicas. Os sons intestinais são diminuídos em condições com trânsito intestinal lento e aumentados em casos de obstrução. A ascite, na presença de constipação, pode ser um sinal de neoplasia ovariana ou uterina em mulheres pósmenopáusicas. 

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