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Pacientes Terminais

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Por:   •  13/10/2014  •  3.232 Palavras (13 Páginas)  •  516 Visualizações

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3.PACIENTE TERMINAL E A ENFERMAGEM

3.1 Definições de paciente terminal:

É quando se esgotam as possibilidades de resgate das condições de saúde do paciente e a possibilidade de morte próxima parece inevitável e previsível. O paciente se torna "irrecuperável" e caminha para a morte, sem que se consiga reverter este caminhar. Estudos na literatura tentam estabelecer índices de prognóstico e de qualidade de vida, procurando definir de forma mais precisa este momento da evolução de uma doença e tendo como preocupação o estabelecimento de novas diretrizes para o seguimento destes pacientes. Entretanto, estes trabalhos descrevem melhor aspectos populacionais e epidemiológicos, perdendo a especificidade quando aplicados em nível individual. Abre-se a perspectiva de discussão deste conceito caso a caso: um paciente é terminal em um contexto particular de possibilidades reais e de posições pessoais, sejam de seu médico, sua família e próprias. Esta colocação implica em reconhecer esta definição, paciente terminal, situada além da biologia, inserida em um processo cultural e subjetivo, ou seja, humano.

Mesmo assim, é evidente que alguns critérios podem tornar este momento menos impreciso, entre eles os clínicos (exames laboratoriais, de imagens, funcionais, anatomopatológicos), os dados da experiência que a equipe envolvida tem acerca das possibilidades de evolução de casos semelhantes, os critérios que levam em conta as condições pessoais do paciente (sinais de contato ou não com o exterior, respostas ao meio, à dor), a intuição dos profissionais (suas vivências e experiências semelhantes). De qualquer forma, paciente, família e equipe situam-se neste ponto da evolução da doença frente a impossibilidades e limites, de maneira que reconhecer o fim parece ser a dificuldade maior. Denegar este conhecimento determina estragos nos que partem e nos que ficam. Morrer só, entre aparelhos, ou rodeado por pessoas às quais não se pode falar de sua angústia, determina um sofrimento difícil de ser avaliado, mas sem dúvida, suficientemente importante para ser levado em conta. Os que ficam, por outro lado, têm que se haver com a culpabilidade, a solidão e a incômoda sensação de não ter feito tudo o que poderia.

As dificuldades no estabelecimento de um conceito preciso não comprometem os benefícios que paciente família e profissionais podem ter no reconhecimento desta condição.

Admitir que se esgotassem os recursos para o resgate de uma cura e que o paciente se encaminha para o fim da vida, não significa que não há mais o que fazer. Ao contrário, abre-se uma ampla gama de condutas que podem ser oferecidas ao paciente e sua família. Condutas no plano concreto, visando, agora, o alívio da dor, a diminuição do desconforto, mas, sobretudo a possibilidade de situar-se frente ao momento do fim da vida, acompanhados por alguém que possa ouvi-los e sustente seus desejos. Reconhecer, sempre que possível, seu lugar ativo, sua autonomia, suas escolhas, permitir-lhe chegar ao momento de morrer, vivo, não antecipando o momento desta morte a partir do abandono e isolamento.

Estabelece-se uma nova perspectiva de trabalho, multidisciplinar, que costuma se chamar cuidados paliativos, embora a preocupação com o alívio e conforto deva estar presente em todos os momentos do tratamento.

Para o profissional que se interessa por esta atuação (acompanhar o paciente na morte), surgem questões a serem pensadas, como a própria morte e sua posição frente a ela e à vida. Não é uma tarefa fácil (por isso, talvez, tantas vezes denegada). Entretanto, não há como não reconhecer a riqueza desses intercâmbios, quando possíveis.

3.2 Enfermagem e os cuidados paliativos a pacientes terminais:

Cuidar de indivíduos e com doenças terminais e seus familiares é uma atividade ou um modelo de assistência à saúde que vem sendo denominados “cuidados paliativos”.

A Organização Mundial da Saúde definiu cuidados paliativos como “medidas que aumentam a qualidade” de vida de pacientes e seus familiares que enfrentem uma doença terminal, através da prevenção e alivio do sofrimento por meio de identificação precoce, avaliação correta e tratamento de dor e outros problemas físicos, psicossociais e espirituais.

Grande parte dos profissionais de saúde que trabalham com pacientes terminais enfrentam desafios para tentar promover uma assistência de alta qualidade, sem se esquecer do lado humano do cuidar.Ideia de humanizar é mais intensa quando se fala em paciente terminal, por isso deve ser discutida e praticada pelos profissionais de saúde em toda sua amplitude.

Uma reflexão sobre o significado dessa palavra merece destaque; humanização é: “ato e humanizar; dar condição humana a; tornar benévolo,afável, tratável; tornar-se humano”.

A produção do cuidado traz consigo a proposta de humanização do processo de desenvolver ações e serviços de saúde. Para tanto a humanização não é mais uma prática adotada durante o atendimento ao paciente, mais que isso, é uma visão holística com troca de conhecimentos,experiências e sentimentos.

Preocupar-se com o lado emocional é, acima de tudo, agir em prol da melhoria a qualidade de vida do paciente terminal e de sua família, capacitando-o deste modo, a acompanhar e suportar a dor e a angústia e resgatar a vida. Num contexto de morte eminente.

O respeito pelo outro em sua totalidade se constrói, devagar, buscando uma relação de equilíbrio durante todo o processo do cuidar. Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos, portanto é dever do profissional de saúde respeitar todo o ciclo vital do indivíduo. Para isso,não basta afirmar a vida, mas também encarar a morte como um processo natural, procurando o bem-estar do doente, ajudando-o a viver tão intensamente quanto possível. Até o fim.

O doente precisa ser visto como um sujeito presente, que não se limita apenas a um leito e a uma patologia; por isso os cuidadores têm que despertar para a sensibilidade humana colocando-se a serviço e no lugar do outro. Para tanto, a reflexão sobre humanização e o cuidado nos leva a repensar e refazer atitudes, criando inovações para a vida do ser humano, tendo em vista sempre o melhor para o paciente terminal.

3.3 Cinco fases da morte:

Quando a morte se aproxima, você passa pelas fases:

1. NEGAÇÃO- A realidade da morte (ou da perda permanente de algo) ainda não foi aceita. Ele ou ela se sente atordoado e atônito - como se tudo aquilo fosse "irreal."

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