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Permanência Na Educação de Jovens e Adultos

Por:   •  19/4/2016  •  Monografia  •  1.620 Palavras (7 Páginas)  •  244 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

REGIONAL CATALÃO - INSTITUTO DE BIOTECNOLOGIA

CURSO DE PSICOLOGIA

APARECIDA YANCA PEREIRA DOS SANTOS

MICHAEL JORDAN DE OLIVEIRA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC) II - LICENCIATURA

Catalão, 15 de março de 2016.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

REGIONAL CATALÃO - INSTITUTO DE BIOTECNOLOGIA

CURSO DE PSICOLOGIA

A BUSCA E PERMANÊNCIA DOS ALUNOS NA EJA

Trabalho avaliativo da disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso em Licenciatura, ministrada pela professora Dra. Tânia Maia Barcelos, 8º Período de Psicologia, Universidade Federal de Goiás – Regional Catalão – GO.

Catalão, 15 de março de 2016.

A busca e permanência dos alunos na EJA

O objetivo desse trabalho é buscar compreender de que forma foram construídos os processos de busca e permanência pelos estudantes na Educação de Jovens e Adultos, a partir de atividades desenvolvias no Estágio de Licenciatura, feito no Colégio Estadual Professora Zuzu, em Catalão/GO, no 7° ano da EJA. Abordamos as diferenças e diversidades: desafios vividos no cotidiano da EJA, como tema norteador do trabalho de docência por meio de quatro regências, nas quais trabalhamos a diversidade, preconceito e discriminação, procurando ressignificar o termo diversidade e promover novas formas de pensar/agir no contexto escolar da EJA, a fim de contribuir para a formação crítica dos alunos/cidadãos na sociedade complexa e plural em que vivemos.

É notório que a EJA possui como característica mais marcante e negativa o grande número de alunos que desistem antes de completar a etapa da escolaridade em que se encontravam matriculados. Várias estatísticas comprovam de forma incisiva que os percentuais de evasão na EJA são elevados, se comparadas com o Ensino Regular (MILETO, 2009). Nesse sentido, com outro enfoque que não a diversidade ou a evasão escolar, analisamos diversos relatos que expunham os motivos pelos quais, os alunos que tiverem o processo de escolarização interrompido, retornaram à EJA. Não tendo como objetivo responder a questão “por que desistem?”, numa perspectiva inversa, buscamos por possíveis respostas para questões tão relevantes, tentando compreender “porque esses alunos retornaram os estudos? O que esperam com esse retorno? Quais as suas perspectivas futuras?”.

Mas quem é o público da EJA? Ela é voltada para jovens e adultos que foram excluídos ou tiveram seus direitos negligenciados de acesso à escola no decorrer do processo escolar. São alunos-trabalhadores, vítimas da realidade gerada pelo sistema social capitalista, compondo um cenário em que numa mesma sala de aula encontramos uma heterogeneidade de idades, classe, gênero, religiões, étnicas, orientações sexuais, opções ideopolíticas, ou seja, uma diversidade de sujeitos/atores, que, por vários motivos, não tiveram acesso à escola ou o processo escolar fora interrompido.

São muitas razões que influenciaram no acesso ou na permanência desses alunos, exercendo forças para que diversos cidadãos que não frequentassem a escola ou que tivessem por ela, passagens interrompidas, como por exemplo, a falta de vagas nas escolas, necessidade de trabalhar para sustento próprio ou da família, condições socioeconômicas desfavoráveis, entre outras. Isso explica, por exemplo, as diferenças geracionais e culturais presentes em uma mesma sala de aula, as quais desafiam os profissionais no processo de ensino aprendizado. Dessa forma, a EJA é uma proposta não apenas para adultos e jovens analfabetos, mas para todos os cidadãos que buscam aprender, reinventar e reconstruir o mundo (CUNHA E SOUZA, 2014).

A respeito da diversidade geracional, Braga (2011) destaca o aumento crescente de alunos jovens na EJA, em função de vários fatores, tais como o abandono da escola e a entrada precoce no mercado de trabalho, que impediram anteriormente de continuar no processe de ensino regular. O autor destaca, também, a importância de se repensar um sistema que, antes fora destinado ao público adulto, e agora, precisa receber de forma eficaz diferentes faixas etárias.

Durante a experiência de estágio no Colégio Estadual Professora Zuzu, nos pautamos nas primeiras regências, em que introduzimos o tema Diversidade, para a construção deste trabalho. Buscamos de forma lúdica, aproximar com os estudantes e proporcionar interações entre eles com intuito de perceber as diferenças e a diversidade presentes na sala de aula. A proposta era pensar sobre os conceitos diferença e diversidade, a partir da realidade concreta. Nesse momento, utilizamos uma técnica de apresentação em que todos deveriam dizer o nome, a idade, o lugar de onde veio e a profissão. Dividimos os alunos em duplas e cada um deveria fazer a apresentação do seu colega. Na roda de conversa, percebemos que a turma era constituída por alunos de diferentes idades e Estados brasileiros. As idades variavam de 16 a 65 anos e a maioria era trabalhadores que buscavam, na EJA, a conclusão dos seus estudos e uma oportunidade de melhoria da condição socioeconômica.

De acordo com Giovanetti (2005, apud OLIVEIRA, 2011),

[...] o campo da EJA atende jovens e adultos que, não tendo tido o acesso e/ou permanência na escola, em idade que lhes era de direito, retornam hoje, buscando o resgate desse direito. Nessa perspectiva, lida com sujeitos portadores de trajetórias escolares truncadas e que se encontram enredados em teias mais amplas de vulnerabilidade social. Esses sujeitos, ao mesmo tempo em que vivenciam processos de exclusão social, materializados em processos de segregação cultural, espacial, étnica e econômica, experimentam, cotidianamente, o abalo de seu sentimento de pertença social e o bloqueio de perspectivas de futuro social. As propostas de educação de jovens e adultos sob influência do ideário da educação popular, ao enfocarem esse conflito, assumem uma atitude no sentido de superar esse quadro de desigualdade social, que se faz presente nos processos escolares e não escolares.

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