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Pró Reitoria Acadêmica – Direção Acadêmica

Por:   •  26/5/2020  •  Resenha  •  756 Palavras (4 Páginas)  •  143 Visualizações

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UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA/JF

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Pró Reitoria Acadêmica – Direção Acadêmica 

Curso: Psicologia 

Professor(a): Carolina Levate

Aluna: Talita Gomes Guedes

Referência

GUERRA, Andréa M.C. A psicose em Freud. In.: ______. A psicose. Rio de Janeiro: Zahar. 2010. p. 7-21. 

O presente texto tem o objetivo de explicar a psicose em Freud, dando orientações para a clínica psicanalítica com as psicoses e para seu entendimento e levando a compreensão da estrutura psicótica e as soluções nas psicoses para elucidar a diferença e não a deficiência desses sujeitos. Para isso a autora introduz o texto falando um pouco sobre a loucura que é alvo de curiosidade, temor e tensão, e ás vezes retratada ao lado da morte associada aos medos mais profundos do homem. A psicanálise se dedicou a desvendar os mistérios da loucura a partir de Freud que a denominou como psicose, que avançou muito através dos estudos de Jacques Lacan. Para Freud a psicanálise não era indicada no tratamento das psicoses devido não poder estabelecer o laço de amor transferencial do paciente com o analista, já para Lacan seria possível, pois a transferência nas psicoses se dava através de uma forma de amor denominada erotomania que implica num jeito de amor projetivo, exacerbado e delirante que necessita ser manejado. Ainda em Lacan que se propôs a ouvir as produções dos psicóticos para extrair delas a direção do tratamento possível apostou na sugestão de Freud de uma mudança no método psicanalítico permitiria o atendimento aos psicóticos. Em seguida, fala propriamente da psicose em Freud dizendo que apesar dele não ter indicado a psicanálise com forma de tratamento para as psicoses ainda assim se propôs a estudá-la através do caso do presidente Schreber em 1911 abrindo a discussão sobre estratégias de cura para os psicóticos construírem. Para isso, Freud inverte a ideia de delírio como sintoma dessa estrutura clínica para delírio como tentativa de cura ou de solução para as psicoses. Ou seja, o delírio seria o movimento em direção à estabilização. Sendo assim, ele coloca que a neurose, a psicose e a perversão são formas particulares de resposta do sujeito diante do impasse da castração, em outras palavras, para a insuficiência da linguagem de dar conta da experiência pulsional. Apresentando-a como resultante de um radical mecanismo de defesa inconsciente de modo patológico. Como Freud concebe as representações dos objetos nem sempre se dão da mesma forma para todos, ou seja ao falarmos e ao expressarmos, no esquizofrênico que é um tipo clínico de psicose, as palavras podem ser tomadas como se fossem coisas, havendo assim um superinvestimento nas representações das palavras para suprir as representações das coisas não inscritas no inconsciente. A diferença na psicose é que não há simbolização, ou seja, o que é traumático não ganha representação capaz de favorecer o escoamento energético por isso é rejeitado e substituído pelo delírio e assim reconstruído, sua defesa é negar a realidade. Já na neurose, o conteúdo aflitivo é recalcado para o inconsciente. E o recalcado retorna, de maneira substitutiva, sob a forma de sintoma, seja no corpo, no pensamento, ou na angústia. Em ambas há perda da realidade. Por fim, fala sobre a transferência nas psicoses a partir de suas modalidades clínicas. Para Freud, devido ao modo singular de estruturação, marcado pelo desinvestimento libidinal, os psicóticos não são capazes de estabelecerem o amor transferencial não sendo capazes de investir na figura do analista e a energia libidinal se volta para o corpo na esquizofrenia, para o Outro na paranoia e se dispersa no eu na melancolia por conta dos efeitos subjetivos da operação de rejeição.  No esquizofrênico o afeto não subjetivado no Outro simbólico retorna para o corpo sob a forma de gozo. Já no paranoico não existe possibilidade de influência e tratamento pela limitada capacidade de fazer uma transferência negativa, neste caso, Freud supõe um amor homossexual que ocupa a lacuna em aberto deixada pelo conceito de narcisismo. Assim outra forma de amor transferencial se estabelece, ocorre uma modalidade de transferência tipicamente persecutória e erotômana que deve ser manejada conforme vai ganhando peso em cada caso. Na melancolia, ocorre um furo no psiquismo que ocasiona uma hemorragia de libido devido a dor de existir estar associada à perda do ideal que encobre a falta de castração. O papel do analista nas psicoses é diferente do papel que exerce nas neuroses. Nas psicoses, ele precisa secretariar o paciente e barrar o gozo do Outro.

O texto é muito explicativo e bem fácil de entender. A linguagem é simples o que torna a leitura menos cansativa e mais compreensiva.

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