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Psicanálise - REFLEXÃO da Teoria Psicanalítica

Por:   •  6/9/2015  •  Resenha  •  3.230 Palavras (13 Páginas)  •  206 Visualizações

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TEORIA PSICANALÍTICA 2015

REFLEXÃO A CERCA DOS CONTEÚDOS ESTUDADOS

  • Psicanálise: teoria, técnica e método
  • Psicanálise: é uma teoria que fica o tempo todo em construção:
  •  Não é algo acabado e definido, paralisado, e sua base é Freud. Fala-se em base porque outros autores ampliam as ideias trazidas por esse teórico. Um exemplo é Lacan. E é um método que trabalha com a simbologia.

Diante das obras de Freud sobre a Psicanálise, alguns denominam “obras literárias” (por causa da forma diversificada de escrita do mesmo), mas para ele são obras científicas.

Suas ideias estão vinculas a práxis, ideologia trazida por Karl Marx, onde a produção de conhecimento leva a prática.

A Psicanálise não vem para trazer um método de cura dos sintomas, mas sim com a finalidade de ajudar os indivíduos a se organizarem para dar conta da situação em que vivenciam esses sintomas, ou seja, a Psicanálise promove a expressão do modo de subjetivação dos sujeitos, é uma forma de ajudar as pessoas a sofrerem menos, onde aprendem a lidar com os sintomas e seus sofrimentos. Para Freud sem sofrimento não há sujeito, pois todos nós passamos por algum sofrimento psíquico ou físico (expressão do sofrimento psíquico) a todo instante.

Freud desenvolve a Psicanálise através de formulações. Ele nunca determinou essa teoria como estática, pois cada um de nós funcionamos de uma maneira.

Freud tinha uma facilidade em desenvolver sua teoria e transmiti-la para outras pessoas, porém discursava para leigos para ser valorizado.

Em 1909 Freud é convidado para uma conferencia. Nela ele cita situações de pacientes que recebeu em seu consultório. Em uma de suas citações, exemplifica um caso de uma paciente que traz vários sintomas físicos que ele chama de histeria, onde, para ele, esses sintomas não são de origem meramente físicos.

No início, Freud, formado em neurologia, se liga a vários estudiosos que queriam entender o processo pelo qual ocorrem as acepções nervosas, principalmente a histeria. Nesses vínculos, Freud explora o método da Hipnose (que é o método inicial da Psicanálise), trazido por Charcot e utilizado por Breuer para entender como ocorriam os sintomas, e descobre que esse método ajuda a melhorar esses sintomas trazidos por traumas - intimamente formados por causa de emoções intensas (que caracteriza a histeria) - porque também ajudara a entender os motivos de tais sintomas do paciente.

Depois de algum tempo, Freud se desvincula desse método por não trazer as respostas de cura dos pacientes, pois esse método - que traz uma melhora dos sintomas em seus pacientes, seria apenas por um tempo - e esses sintomas, causados pelo trauma, voltariam.

Pode-se dizer então que a Psicanálise foi descoberta através do sofrimento, porém é aplicável em qualquer pessoa.

Juntamente à Hipnose, Freud iniciou um método chamado de Catarse, onde o sujeito (paciente) tem um contato com o sintoma, a história desse sintoma, que passa a fazer sentido para ele (o paciente). Esse método também é abandonado quando Freud inicia outro método pelo qual o chama de Associação Livre, onde o paciente falava tudo que achava necessário de forma livre e depois ocorria a interpretação - construção que vai ocorrendo entre o paciente e o examinador.

Freud explica como ocorre a formação de sintomas, característica que investiga a histeria, principal ênfase dele.

Aqui há uma retomada na visão dele da Hipnose (método de vivenciar novamente as emoções, mas não como realmente é), Trauma (retenção de afetos), Associação Livre (falar tudo que vem a “cabeça” sem restrições, sem que haja controle) e sintoma (conteúdo que vem a nossa consciência que não damos conta internamente e é expressa de alguma maneira de forma física ou psíquica) para explicar a origem desses sintomas trazidos por seus pacientes.

Freud então explica como ocorre a formação dos sintomas através de mecanismos que os chama de:

- Repressão: onde guardamos algo que não temos acesso conscientemente;

- Resistência: ocorre quando algo está querendo voltar da repressão; maneira de agir para impedimento dos conteúdos reprimidos virem à tona;

- Formação de Sintomas: quando algo vem à tona, à consciência; quando a resistência não dá conta de manter o conteúdo inconsciente, expressando-o em forma de algum sintoma físico ou psíquico;

Freud explica, também, as falhas que podem ocorrer no processo de resistência que pode ser através de sonhos, esquecimentos e etc...

Para a Psicanálise, sintoma nenhum pode ser tratado de forma simplista (remédios, por exemplo) e ele (o sintoma) tem todo um mecanismo (como explicado acima) que dá visibilidade a questões que o sujeito tem em seu inconsciente.

Freud explica como ocorrem conteúdos manifestos do inconsciente, que é uma falha das resistências. Nesse processo podemos exemplificar três dessas manifestações. São elas:

- Chistes: é uma determinação psíquica inconsciente que ocorre de forma alusiva e que é expressa por palavras de maneira a serem aceitas, mas não exatamente como gostaríamos de expressar, ou seja, é uma linguagem velada e não necessariamente utiliza-se a ironia para expressar conteúdos reprimidos que vem à consciência; é uma manifestação indireta.

- Sonhos: são conteúdos latentes que passam por um processo de deslocamento e que vem à tona por uma “maquiagem” para que o sujeito possa ter contato com seu conteúdo inconsciente.

- Atos Falhos: são conteúdos inconscientes que tem contato com o cotidiano (pré-consciente) e o sujeito expressa com palavras desconexas, sem qualquer relação com o ato pelo qual está executando no momento em que a expressão ocorre.

Esses conteúdos manifestos ocorrem através do mesmo mecanismo da formação de sintomas, porém com intensidades diferentes. Tudo ocorre através da emoção – tanto a formação de sintomas, quanto o conteúdo manifesto.

Freud nomeia então sua primeira tópica: Inconsciente, Pré-consciente e consciente.

Após um tempo, Freud elabora a Segunda Tópica pela qual diz que seus componentes são construídos, ou seja, não nascemos com eles prontos ou definidos, caracterizados como:

  • Até o inicio da elaboração do complexo de Édipo:

- Ego: é a instancia organizadora de cada sujeito; vai dar suporte a interação entre o consciente e o inconsciente;

- Id: é inconsciente e se relaciona com os conteúdos reprimidos e as necessidades do ser humano (psicossexual);

- Superego arcaico ou rudimentar: é um mecanismo ainda em desenvolvimento, porém está sendo moldado até a chegada do complexo de Édipo para então entrar em ação tal como deve ser através das regras interpostas na compreensão da criança perante todo complexo. Ou seja, ele ainda não está pronto para agir nesse conflito inconsciente/consciente como ocorre após a internalização inconsciente das regras elaboradas no mecanismo edipiano.

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