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Psicologia Geral

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Por:   •  11/5/2014  •  2.067 Palavras (9 Páginas)  •  607 Visualizações

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Trabalho de psicologia geral

Este trabalho tem o objetivo ressaltar a trajetória e história, mexendo sempre com o psicológico de meninos e meninas que fazem da rua a “casa”, tentando extrair daí uma nova forma de pensar e tratar a questão. Ao mesmo tempo, interpelam da assistência esses meninos na sua relação com a rua e a mudança de um lugar que sucedem e da função do psicólogo no âmbito dessa assistência na atualidade.

O mundo hoje vive uma múltiplas transformações e mudanças, para apresentar menino e meninas de rua, que fazem da rua seu espaço de moradia e subsistência, os chamados “meninos de rua”, causa um certo constrangimento. Não obstante, se as ruas ainda nos emprestam estas cenas, se ainda nos avistamos aflitos e irritados, enlaçados em bandos, muitas vezes trôpegos pelos efeitos das drogas e marcado com o sofrimento no corpo, não temos outra alternativa que a de conversar e aconselhar sobre seus destinos e, essencialmente, sobre nossa possível contribuição, como psicólogos, na mudança de sua rota.

Essas crianças e adolescentes produziam multiplicidade de invenções: a rua como casa; a ausência de uma rotina e presença de um cotidiano comum; o bando em detrimento do grupo; chega a falar sobre código; o laço social é de agressividade e violência; enfim, os traços dessa trajetória e o seu impacto sobre sua subjetividade. Mas sabemos que os seus atos tem conseqüência na constituição subjetiva.

Os educadores sociais são chamados a intervir frente aos fenômenos ligado a essas crianças e adolescentes – uso de drogas, problemas com furtos, contraversão às normas institucionais, formas de laços sociais, sexualidade precoce, dispersão no tempo e muitas outras questões. São convocados a responder a essas questões a esse tipo de comportamento desses meninos e meninas que escolheram a rua como seu destino.

Essas clientelas que, tendo a rua como sua “casa”, faz com que os espaços de atendimento passe a se constituir numa certa” extensão” da rua. Nenhuma linha imaginaria para demarcar esses fronteiras...Algo escapa ao planejamento colocando em questão não só a vida do seu cotidiano dificultando o trabalho dos educadores sociais o que seriam chamados aí de uma ação disciplinadora e assim estariam trazendo algo novo para a resolução dos problemas exposto.

E daí um outro risco, sempre presentes nesse tipo de abordagem que é permitir uma leitura psicologizante que é nada, mas que mascarar questões políticas – sociais para empenhar e determinar miséria em que vive essas crianças e adolescentes. ”Para além da contraposição rua-casa, público ou privativo, apontam para um déficit que a contabilidade do Édipo não inclui: a rua brasileira, o modo brasileiro de (dês) considerar o espaço público, dizem respeito a determinações econômicas e políticas de uma sociedade como a nossa”.(Lobosque,1993:10).

Assim o trabalho tem um olhar de como fazer se conduzir pela diferença e não pela discriminação; pela lei e não pela autoridade e como não tornar possível uma inserção comprometida com o acesso dessas crianças e adolescentes ao processo de cidadania.

DESENVOLVIMENTO

Na verdade quem nunca se deparou com um menino ou menina de rua nas nossas cidades, hoje é comum vermos esse tipo de problemas com crianças de rua porque elas acham que nas ruas elas podem tudo, mas nem sempre é assim, na minha cidade por enquanto, não tem crianças de rua tem casas de apóio a desamparados ou andarilhos, tem também o abrigo de idosos e crianças, mas órfão.

Sabemos que os termos casa e rua fazem mais que separar contexto e configurar atitudes, mas ditam éticas particulares. Aprendemos muito cedo que determinadas atitudes só podem ser tomadas no aconchego da casa e ali mesmo, há uma demarcação de espaços que definem ações e comportamentos. Alguns sentimentos e moralidade presentes na rua são excluídos da casa. “““ “““ Há um saber produzido na rua que não é bem - vindo em casa “isto você deve ter aprendido na rua” algumas expressões exprimem a relação drástica entre a rua e a casa: “vá para o olho da rua”,” a porta da rua é serventia da casa”, ”não traga desaforo para casa”, ”roupa suja se lava em casa”... O simbolismo da casa é extremamente forte. Da palavra casa deriva – se “casal, casamento “ valores apreciados em nossa cultura, talvez seja um dos motivos a levarem essas crianças a saírem de casa e escolherem a rua como casa se não acha na família o amor,o carinho,a compreensão e até mesmo a atenção que esperava.

Além das crianças e adolescentes que fazem da rua seu local de moradia e sobrevivência, compartilham ali outro grande número de crianças que vou denominar aqui “Meninos Trabalhadores” ou “Meninos na Rua”. Também esses não têm na rua seu lugar de trânsito, de lazer, de entretenimento, mas estão expostos, como os outros, à dispersão e violência que a rua impõe. Seu modo de organização na rua, sua relação com a família, instituições e comunidade são claramente distintas dos meninos que “moram” na rua.

Eles têm ali seu espaço de sustento próprio e de suas famílias, pela via de algumas ocupações mais ou menos estáveis, através das quais estabelecem suas relações de trabalho. Vigiar ou lavar carros, fazer vendas ambulantes de vários produtos - “faixa azul”, amendoins torrados, flores, artesanatos mal acabados, frutas da época e outros. Perambulam pela cidade e muitos deles, como os vendedores de amendoins e flores, percorrem os bares e restaurantes da cidade, ao longo da madrugada. Outros ainda vivem da coleta de papel conseguido nos lixos das lojas e residências, muitas vezes acompanhados de todo o seu grupo familiar que se instala em alguns pontos da cidade para selecionar e preparar o produto para a venda. A situação de degradação em que vivem é gritante. Misturados ao lixo, dormindo em caixas de papelão ou nas “carroças” carregadas, que muitos deles, como a um “burro de carga”, arrastam pela cidade. As famílias “catadoras de papel”, muitas vezes, trabalham deixando os bebês ali, misturados ao papel coletado durante a “via-sacra” pela cidade.

Algumas crianças limpam pára-brisas de carros ou fazem a venda de seus produtos, ocasião também em que muitos mendigam. É importante escutar o tipo de relação que estabelecem. “Compra pra me ajudar?” ou “Se não vai comprar, me dá um trocado ou uma coisa de comer?”. Na verdade, o sujeito ali estabelece mais que uma relação de troca comercial, mas uma certa “barganha” na qual está em questão o objeto de que dispõe ou a oferta de sua própria condição.

Essas crianças não estão na rua por querem. Estão

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