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Psicologia Social na America Latina

Por:   •  18/10/2018  •  Trabalho acadêmico  •  4.035 Palavras (17 Páginas)  •  338 Visualizações

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União Metropolitana de Educação e Cultura – UNIME

Curso de Psicologia

Disciplina de Psicologia Social

Psicologia Social na Europa e na América Latina

Itabuna

2018

Larissa Coelho Macedo Camargo

Manuela Weberling Carvalho

Nathália Queiroz Menezes

Tamiles dos Santos Reis

Themis Batista da Silva

Psicologia Social na Europa e na América Latina

Trabalho apresentado no curso de graduação em Psicologia da União Metropolitana de Educação e Cultura (UNIME), para a disciplina de Psicologia Social, ministrado pela Professora Samara Silva da Costa Pitombo

Itabuna

2018

SUMÁRIO

  1. Introdução         12
  2. Surgimento da Psicologia Social e seu desenvolvimento na Europa e Estados Unidos         13
  3. Psicologia Social na América Latina         5
  4. Psicologia Social no Brasil         6
  5. Considerações Finais         7
  6. Referências Bibliográficas         8

  1. INTRODUÇÃO

A Psicologia, como área do conhecimento, é muito jovem. Mais recente ainda é a Psicologia Social, que começou a emergir como campo de estudos de meados para o fim do século XIX. Ela é a confluência de várias ciências sociais, tais como a Sociologia, a Antropologia, a Psicologia e a ciência política – que naquela época ainda não tinha esse nome, mas já existia.

Com o nascimento do estudo empírico da Natureza, desconstruindo o misticismo que reinava antes do surgimento do método científico, emergia o anseio de encontrar razões exatas para tudo no mundo. Isso estava diretamente ligado ao positivismo de Comte, que acreditava que o conhecimento científico era a única forma de conhecimento verdadeiro. Ou seja, tudo aquilo que não pudesse ser provado pela ciência deveria ser desconsiderado.

Logo, as ciências humanas trataram de buscar entender metodologicamente os fenômenos humanos. Com o advento da revolução industrial e o grande êxodo de pessoas do campo para as cidades, começam a ocorrer os fenômenos de massa e os comportamentos dentro de uma vasta coletividade.

Entulhados nas cidades, muito próximos uns dos outros, os homens começam a ter comportamentos parecidos e atos em multidão, o que era uma novidade. Quando estavam dispersos nos campos, os indivíduos tinham menos influência uns sobre os outros  e tendiam a agir de maneiras bastante diversas conforme as tradições dos cantões em que habitavam. Comportamentos de multidão eram quase inexistentes.

Esta área do saber sofre a influência do momento histórico, social e cultural no estudo do comportamento e na subjetividade do indivíduo dentro das interações com seus pares. A Psicologia tem por costume focar nos aspectos individuais de cada sujeito e de sua vivência em coletividade e, a partir disso, tentar problematizar seu comportamento. Já a Psicologia Social mira em como a sociedade influencia esse sujeito e como este, por sua vez, influencia a sociedade.

O contexto do surgimento desse novo campo do conhecimento diante dessa nova realidade humana pós era industrial, ao suscitar o estudo sociopsicológico, dividiu-se entre uma produção mais sociológica na Europa e uma produção mais psicocomportamental nos Estados unidos. Em meados do século XX, em meio a um momento de profundas transformações, a América Latina questiona a psicologia norte-americana, tão mecanicista e de uma abordagem tão distante das realidades locais. A partir daí, os latino-americanos passam a construir seus próprios saberes dentro desta psicologia.

No decorrer de sua história, a psicologia social tem se caracterizado pela pluralidade e multiplicidade de abordagens teóricas adotadas como referenciais legítimos na produção de conhecimentos sociopsicológicos.

É sobre essa diversidade de bifurcações tomadas na investigação sociopsicológica que o presente trabalho vai tratar com maior aprofundamento.

  1. SURGIMENTO DA PSICOLOGIA SOCIAL E SEU DESENVOLVIMENTO NA EUROPA E ESTADOS UNIDOS

Primeiramente, é importante lembrar que a produção de conhecimento em Pscicologia Social na Europa esteve intimamente ligado à produção norte-americana, até por conta do intenso intercâmbio de cientistas da área de um continente para o outro. Enquanto americanos bebiam na sociopsicologia europeia, esta era retroalimentada por aqueles. Por isso, trataremos da produção dos dois continentes nesse tópico. Tendo isto em mente, falaremos do surgimento da disciplina.

A Europa do século XIX é o berço da Psicologia. Suas raízes estão nas ciências humanas e sociais. Segundo Allport (1954), antes de Comte e do positivismo, a sociopsicologia teve raízes no que hoje poderia ser chamado “ciência política”. Ela advém das teorias sobre a essência da relação entre o homem e as grandes instituições, como a Igreja ou o estado.

No ano de 1898, surge o conceito de representação coletiva de Durkheim. Pouco tempo antes, Gustave Le Bon publica seu livro La Psicologie des Foules, lançando seu pioneiro trabalho sobre a psicologia das multidões, em que ele suscita o estudo científico dos processos grupais e, principalmente, dos movimentos de massa. Ele acreditava que, em grupo, as pessoas agem sem raciocínio crítico e que existe uma vida mental inconsciente e um processo mental coletivo. Para ele, a racionalidade do indivíduo possuía grande contraste com a irracionalidade das massas.

Nos anos 20, Freud (1923) transfere sua atenção do estudo clínico do indivíduo  para uma crítica psicanalítica da cultura e dos fenômenos de massa na era capitalista. A Psicologia Social não apenas cuida desse assunto, mas nasceu exatamente quando cientistas buscavam estudar os processos sociais e individuais dentro desse sistema econômico.

Certos autores da área veem esta relação da Psicologia Social com as ideologias do século XIX de forma tão relevante que atribuem o surgimento desta psicologia com a publicação do periódico “Grande Enciclopédia Soviética”, em 1859. Nesta edição, a psicologia social é colocada como um ramo da Psicologia Burguesa. Outros autores acreditam que a Psicologia Social nasce no fim deste mesmo século como a psicologização da sociologia burguesa.

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