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Psicologia linguagem

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Por:   •  23/2/2014  •  Seminário  •  999 Palavras (4 Páginas)  •  373 Visualizações

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Linguagem

A vida das pessoas está intimamente associada ao processo de comunicação e aprimoramento da capacidade comunicativa que acompanha a própria evolução humana. À medida que amplia seu relacionamento com o mundo, o ser humano aperfeiçoa e multiplica a sua capacidade de comunicação, envolvendo palavras, sons e imagens. Textos verbais e não-verbais interagem e contribuem para a representação oral e escrita das sociedades.

A língua é um código desenvolvido para a transmissão de pensamentos, idéias e interação entre os indivíduos. Dessa forma, a língua pertence a todos os membros de uma comunidade e a nenhum deles isoladamente. Assim, como a língua é um código aceito, convencionalmente, por toda uma comunidade, um único indivíduo não é capaz de criá-la ou modificá-la. Em razão dos costumes, das gerações, de processos políticos, dos avanços sociais e tecnológicos, uma língua evolui, transformando-se historicamente. Por exemplo, algumas palavras perdem ou ganham fonemas, outras deixam de ser utilizadas, novas palavras surgem, de acordo com as necessidades, sem contar os “empréstimos” de outras línguas com as quais uma dada comunidade mantém contato.

Então, a língua constitui, pois, um código mutável que integra as relações humanas e que, ao mesmo tempo em que sofre modificações, participa das mudanças nas sociedades. Esse patrimônio social é responsável pela possibilidade de se preservar o conhecimento e de transmiti-lo a outras gerações no correr do tempo. É por meio da linguagem que as sociedades perpetuam suas histórias escritas. Sem a linguagem o mundo seria um imenso vazio.

No entanto, sendo o ser humano portador da linguagem, ele não é dela possuidor, apenas usuário. E, no uso, modifica a língua, mas não a detém para si como algo seu. Isso acontece porque a língua é um sistema social e não um sistema individual. Ela preexiste às pessoas. Não se pode, em qualquer sentido simples, ser autor. Falar uma língua não significa apenas expressar os pensamentos mais interiores e originais, significa, também, ativar a imensa gama de significados que já estão embutidos no sistema cultural de dada comunidade, sociedade.

Essa relação intrínseca entre língua, cultura, sociedade, constitui arranjo fundamental nas atividades cotidianas de nossas vidas. Dessa forma, as mudanças ocorrem, tanto na cultura quanto na língua, seja por eliminação, acréscimo ou modificação de elementos. Não é uma coisa voluntária, acontece sem que se perceba, de forma ininterrupta. Assim, as pessoas reestruturam aspectos lingüísticos e valores morais, por exemplo, muitas vezes, sem perceber. Mas, para tristeza de muitos, ninguém, isoladamente, modifica uma língua. Ela pertence ao conjunto de falantes e responde por seus comportamentos sociais, culturais, morais, éticos.

Compreende-se, então, que a linguagem é constituída de três formas: a) representação, “espelho” do mundo e do pensamento; b)instrumento “ferramenta” de comunicação; c) forma “lugar” de ação ou interação entre falantes. Ou seja, a principal concepção do ser humano (ser falante) representa para si o mundo através da linguagem e, assim sendo, a função da língua é representar/refletir seu pensamento e seu conhecimento de mundo.

Finalmente, naquilo que diz respeito à sua essência, línguas são fenômenos inerentes ao ser humano e semelhantes a ele próprio: sistemáticos, porém complexos, arbitrários, irregulares, mostrando um acentuado grau de tolerância a variações, repletos de ambigüidades, em constante evolução aleatória e incontrolável. Por isso a linguagem é espelho fidedigno das pessoas. É como diz Fernão de Oliveira (1536), “cada um fala como quem é”.

Estruturas Anatômicas da Linguagem

De seres humanos, é o hemisfério esquerdo, que geralmente contém as áreas de linguagem especializada. Enquanto isso vale para 97% das pessoas destras, a cerca de 19% dos canhotos têm as suas áreas de linguagem

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