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Psicologia resumo

Por:   •  11/5/2015  •  Seminário  •  3.531 Palavras (15 Páginas)  •  459 Visualizações

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RESUMO DO FILME “UM GOLPE DO DESTINO”

O filme “Um golpe do destino”, do diretor Randa Haines, tem como enfoque a relação médico-paciente, relatada simultaneamente em um único personagem, o Dr. Jack Mackee. Muito competente, mas com poucas emoções, ele é conhecido pela sua arrogância e pela relação distante que mantém com os pacientes. O cirurgião os considera apenas casos clínicos cheios de números, problemas, fichas detalhadas e nada mais.

A dedicação ao trabalho tornou-se exclusividade, ele tinha ânsia por solucionar os casos e enriquecer seu currículo, mas pouco conhecia dos seus pacientes ou da sua família. Assim, aos poucos, tornou-se um homem solitário, sem lazer e sem descanso, até que descobriu um tumor nas pregas vocais e se viu na situação de paciente, de marido e de pai. Precisou da atenção e do cuidado de médicos e da família e, então, passou a repensar toda o seu posicionamento como profissional e como pessoa.

Ao se tornar paciente do hospital em que trabalha o médico tem duas opções: ser atendido por uma nova e bonita médica do hospital ou por um antigo médico com quem já havia tido desentendimentos, mas sabia ser um médico de enorme gabarito do hospital. Devido ao seu ego e arrogância, o Dr. Jack recusou-se a ser consultado pelo seu “rival”, o Dr. Bloomfield, e foi ao consultório da Dra. Leslie, que apresentava um comportamento parecido com o seu, era fria e direta, e foi quem deu o diagnóstico de câncer ao cirurgião, indicando a ele radioterapia como tratamento em que há 80% de chances de sucesso.

Durante a radioterapia, o Dr. Jack conheceu June, uma paciente com tumor no cérebro, que estava perto de morrer e era uma jovem encantadora, muito calma, apaixonada pela vida. O modo como June via o mundo e lutava para estar viva mais um dia fazia Jack a admirar e se encantar com sua simplicidade, e o fez perder sua arrogância, paulatinamente.

Infelizmente, a radioterapia não surtiu efeito em Jack, o seu tumor não regrediu e ele teve que retornar ao consultório da Dra. Leslie. Ao ser avaliado, a dra informou friamente que seu tumor não só não havia regredido

como também havia aumentado, e, portanto, ele teria de ser submetido a uma cirurgia de laringe, correndo o risco de perder a voz e já foi logo marcando a mesma. Jack pediu que não fosse operado pela tarde, sabendo que neste horário os médicos encontram-se mais cansados e a médica refutou seu pedido com rispidez. Chateado com a falta de sensibilidade da cirurgiã, Jack finalmente decide dar o primeiro passo, mostrando o seu arrependimento e dirige-se ao Dr. Bloomfield. Entregando sua ficha ao competente médico e depositando toda a sua confiança nele, pede encarecidamente a ele que faça a sua cirurgia, o qual atende prontamente ao apelo e a faz da melhor maneira possível, com todo o conforto e com a melhor equipe possível.

Da convivência com a June é possível concluir que o Dr. Jack aprendeu muitas coisas: Primeiro, ele aprendeu que por ser médico não está isento de ser paciente, mas que, pelo contrário, a qualquer momento ele pode ser um.

Depois, ele descobriu que por ser médico não tinha mais direito a atendimento do que os outros pacientes, mas sim que ele era um paciente como qualquer outro, e, assim, aprendeu a esperar.

Então, ele descobriu que precisava de alguém, que não dava para passar por tudo sozinho. Foi nesse momento que ele pediu ajuda, se aproximou de June. Realizou os sonhos dela, viajou com ela, para que ela assistisse ao show de dança que ela tanto queria. Ela desistiu no meio do caminho e pediu para que eles parassem na estrada e ficassem dançando alí mesmo, e assim ele o fez. Pediu ajuda a ela para se reaproximar de sua esposa e, aos poucos, após a sua cirurgia e a morte de June, ele conseguiu vencer sua frieza e corresponder ao carinho de sua esposa, Anne.

E, por último, ele descobriu que o paciente é o ser mais vulnerável dentro do hospital, e que ele vai ao médico confiando a sua vida (seu bem mais precioso) às mãos do Doutor, e, por isso, devemos SEMPRE, nos colocar no lugar do paciente, e fazer de tudo para não falhar na nossa missão. Dessa forma, o médico que inicia o filme ensinando aos residentes que o médico não deve se envolver emocionalmente com o paciente, termina-o entregando-lhes aventais para uma simulação de 5 dias como pacientes do hospital com enfermeiros, nomes fantasia, doenças fantasia, e todos os exames necessários para o diagnóstico preciso da suposta doença que possuem, para que os residentes aprendam a ser bons médicos a partir da vivência como pacientes.

2 RESUMO DOS TEXTOS: “RELAÇÃO ESTUDANTE DE MEDICINA-PACIENTE” E “POSTURA DO PROFISSIONAL DE SAÚDE DIANTE DA DOENÇA E DO DOENTE”

Relação estudante de medicina-paciente

Ao avaliar a relação estudante de medicina-paciente, é essencial, antes de qualquer coisa, saber diferenciar a realidade do estudante (as situações com as quais ele mais irá se deparar no dia a dia), das suas perspectivas de vida (as situações mais cômodas, com as quais ele pretende se deparar no futuro, para aqueles que visam a uma maior estabilidade na profissão).

A grande maioria das publicações estrangeiras que trata da relação médico-paciente, faz suas publicações à base de vivências com doentes de melhor nível sócio-econômico-cultural (os doentes “das nossas perspectivas”), sendo, assim, pesquisas pouco engrandecedoras para a formação profissional dos estudantes de medicina brasileiros, que em sua formação terão como pacientes enfermos de baixo nível social, muitas vezes analfabetos, geralmente desprovido de dinheiro e com um longo histórico de doenças na família e trabalhos árduos, motivadores das mesmas, e, desta forma, precisarão de médicos conhecedores de suas vidas (aptos dialogar) e não apenas de suas doenças.

Esse paciente precisa ser tratado com diálogo, uma vez que possui um histórico. Sua doença não vai ser descoberta por sintomas, mas sim por meio da conversa. Portanto, atualmente, o médico melhor preparado, é aquele que busca melhor conhecer o paciente e não aquele que procura diretamente a origem da doença do enfermo, é aquele que conhece o maior número de membros possível da família do seu paciente, antes de descobrir quantas vezes o seu nariz entupiu na semana.

É importante ressaltar também que nessa relação médico-paciente, o médico sempre deve buscar discutir com o paciente o porquê das condutas a serem seguidas, sejam exames complementares ou terapêuticas, comprometendo-o com o atendimento e, eventualmente, reformulando orientações de comum acordo, para que, desta forma, seja esquecida aquela imagem lendária do médico como “UM DEUS”, o que manda, o dono da verdade e de todo o saber, e o paciente o ignorante, que apenas obedece, sem saber ou ter consciência do que se passa consigo.

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