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RESENHA CRITICA DO FILME MA VIE EN ROSE

Por:   •  5/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  740 Palavras (3 Páginas)  •  1.674 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA- UNIPÊ

CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA

DISCIPLINA: Psicologia da Sexualidade

ALUNO(A): Mylena Menezes de França – P6/ A

PROFESSOR: Flávio Lima

    O filme retrata a história de um garoto de 7 anos, chamado Ludovico no qual não reconhece a sexualidade dita pela sociedade como norma padrão, por ter um corpo biológico anatômico e funcional de um menino, ou seja, ele não aceita o fato de ter um órgão sexual que o define como menino, pois sente e se comporta como uma menina.

Contudo, este comportamento acaba por refletir nas suas relações sociais e familiares, pois é considerado como intolerante e inadequado diante da significação de sexualidade determinada pela sociedade. No entanto, essa posição social acaba fazendo-o sofrer o preconceito e a rejeição que começa dentro da própria família que embora o ame, tem problemas para lidar com o filho que é diferente dos demais, no qual passam a culpabilizar a própria criação que sugere a ausência do pai em estimula-lo a realizar atividades masculinas, pois essa ausência do referencial masculino justifica o comportamento do filho. Essa atitude de rejeição se expande para o ambiente escolar, e para a comunidade em que vive, direcionando o menino para um tratamento psicológico que busque enquadra-lo no padrão de um menino de sua idade, para que assim volte a ser aceito na sociedade.

O filme vem abordar não apenas questões relacionadas a transexualidade e homossexualidade, mas abarca questões como a identidade de gênero, discriminação social e a relação familiar. Ao tratarmos da questão de identidade de gênero, observa-se que a ideia do que é ser feminino e do que é ser masculino é decorrente de uma construção histórica e cultural, em que todos os seres humanos estão inseridos, e que vão sendo internalizados pelo sujeito individualmente, que vão dar o sentido as questões de gêneros, onde cada um vai construir sua concepção do que é ser menino, e do que é ser menina.

Conforme a teoria, a construção do conceito de gênero e a sua formação no indivíduo ocorrem por meio das dinâmicas de relações sociais entre os sujeitos, o que faz com que cada um possa configurar uma identidade pessoal através das relações com os outros e com o mundo objetivo que pertence, ou seja, diante do caso apresentado, a criança constrói sua concepção de gênero e da identidade sexual através de suas vivências cotidianas , onde se faz presente a influência midiática, as relações familiares e outros. Diante da ingenuidade, inocência da criança, segundo a identidade de gênero, a sexualidade não é inata, mas sim decorrente de uma influência de seu meio externo que o fez desenvolver uma rejeição a sexualidade que lhe fora “imposta” pelas regras sociais.

Poderia então afirmar que a criança submetida a um processo educacional da sexualidade, iria direciona-la a uma compreensão melhor da diferença de sexos, evitando que no caso do personagem o levasse ao desejo de ser menina que de acordo com a teoria teve seu comportamento reforçado pela imitação influência e das atitudes da avó e da mãe, e dos desenhos animados da Televisão direcionados para “meninas”, que alimentavam a sua fantasia de ser menina e que não o permitia compreender a diferença entre os sexos, de tal forma que apresentava comportamentos que eram reflexos da sua observação frente as atitudes de sua irmã, como: “dizer sentir dores na barriga simulando as dores das cólicas da menstruação sentida por sua irmã”.

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