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ROTEIRO PARA CONFECÇÃO DE RELATÓRIO DE - ESTÁGIO/PESQUISA

Por:   •  6/4/2016  •  Relatório de pesquisa  •  1.886 Palavras (8 Páginas)  •  591 Visualizações

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ROTEIRO PARA CONFECÇÃO DE RELATÓRIO DE - ESTÁGIO/PESQUISA

I - IDENTIFICAÇÃO:

Nome: Natália Raquel de Paula

Local de Realização do Estágio: CRAS de Barroso

Área: Psicologia social / Comunitária
Tema: Psicologia e Direitos Humanos

Supervisor (a): 

Período de Estágio: 01/06/2015 a 18/12/2015

Número Total de Horas: 720h

Número de horas de supervisão:

II - TÍTULO DO ESTÁGIO:

Psicologia e Direitos Humanos

III - RESUMO DO TRABALHO:

        Por meio das atividades realizadas no estágio na unidade do Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) de Barroso, foi possível estabelecer relações entre conceitos de Psicologia Social e comunitária com as realidades observadas; identificar processos sociais e seus determinantes, refletindo sobre propostas de intervenção em diferentes contextos. Durante o estágio foram realizadas, entre outras atividades, acolhimentos, acompanhamento das visitas domiciliares e atendimentos psicossociais, oficinas de descumprimento de educação e INSS, reuniões internas com a equipe do CRAS para planejamento e avaliação de atividades e estudo de casos. O suporte pedagógico ocorreu com reuniões semanais de supervisão, realização de levantamento bibliográfico dirigido pelas necessidades práticas, leituras, fichamentos e confecção de diários de campo. Como resultados é possível apontar melhora na capacidade de observação, discriminação e interpretação da realidade de forma coerente entre o referencial teórico e a proposta de trabalho, estabelecendo relações entre subjetividade e processos/fenômenos sociais.

IV-INTRODUÇÃO:

        O estagio foi realizado no Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) de Barroso onde a estagiária foi acompanhada e instruída pela psicóloga supervisora de campo Joseany Mendonça durante as atividades e atendimentos aos usuários da comunidade. O CRAS é uma unidade pública estatal de base territorial que executa serviços de proteção social básica, organiza e coordena a rede de serviços sócio assistenciais locais da Política da Assistência Social, e constitui-se a porta de entrada dos  usuários da rede  de proteção básica do SUAS.

        O material teórico trabalhado durante as supervisões foi de grande importância como norteador nas identificações das demandas no atendimento dos usuários do CRAS.

        O trabalho apresenta como objetivo geral compreender o desenvolvimento da prática profissional da equipe do CRAS de Barroso em relação às famílias em situações de vulnerabilidade social e seus direitos.

        Dentre as principais atuações do CRAS destacam-se o desenvolvimento de ações de atenção às famílias e indivíduos em vulnerabilidade social, prevenção de situações de risco, trabalhando com abordagens individuais ou grupais. É prestado também acolhimento, acompanhamento em serviço de convivência, buscando viabilizar o acesso a benefícios e programas/projetos sociais da rede de proteção básica.

        No CRAS, o psicólogo realiza seu trabalho juntamente a uma equipe interdisciplinar, envolvendo técnicos de nível médio, de nível superior com formação em serviço social, psicologia e/ou outra profissão que compõe o SUAS, como pedagogo, antropólogo, sociólogo ou outra formação compatível com a intervenção social realizada (MDS, 2009b). No caso do CRAS de Barroso, conta-se com uma coordenadora, duas assistentes sociais, duas psicólogas, recepcionista, e facilitadores de oficinas que trabalham no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos.

        Dente as atribuições do psicólogo podemos citar a acolhida, oferta de informações e realização de encaminhamentos às famílias usuárias, planejamento e implementação do Programa de Atenção e Atendimento Integral à Família (PAIF), de acordo com as demandas apresentadas, acompanhamento de grupos de famílias; realização de atendimentos particularizados e visitas domiciliares às famílias referenciadas, desenvolvimento de atividades coletivas e comunitárias, e apoio técnico continuado ao serviço de convivência e fortalecimento de vínculos.

        O trabalho do psicólogo no CRAS tem como foco o social e o comunitário, se diferenciando da forma de atendimento terapêutico, o que significa uma mudança na forma de atuação do psicólogo.

        Devido a isso, os psicólogos que atuam no CRAS devem lançar novos olhares sobre a Psicologia, para que assim possam reinventar e criar novas formas de intervenção e lidar com a imprevisibilidade do cotidiano de seu trabalho. Durante o estágio, pode-se também observar que, muitas vezes, no diálogo com outros servidores públicos de áreas de atuação diferentes, há um equívoco a respeito do lugar do psicologo no CRAS, pois esses entendem ser a psicologia responsável apenas pelo diagnóstico e acompanhamento psicoterápico dos usuários do CRAS. Porém, essa prática, alicerçada em uma perspectiva clínica, distancia-se do que é prioridade no SUAS, devido a isso não é realizada.

        O grande número de famílias referenciadas no CRAS em proporção ao número de profissionais na equipe do CRAS traz consequências para o andamento do serviço como um todo, refletindo-se na sobrecarga de trabalho, tempo reduzido nos atendimentos para que seja possível atender o maior número de usuários e com isso, o acompanhamento das famílias acaba não sendo contínuo.

        A assistência social também possui limites enquanto política setorial, além da necessidade de articulação das respostas com outros setores, principalmente as que envolvem a política econômica, política de emprego e renda e outras políticas. Considerando também que as demandas familiares são urgentes e geralmente relacionadas à falta de renda e trabalho. O trabalho com estas famílias se dá com encaminhamento ao SINE e concessão de benefício eventual em casos de insuficiência de alimentos por falta de renda. Porém, esta segunda medida soluciona o problema imediato, e devido a essa dificuldade de articulação entre setores, após um tempo, a vulnerabilidade volta a aparecer.

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