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Reflexões atuais sobre a adultescência

Por:   •  12/5/2019  •  Pesquisas Acadêmicas  •  571 Palavras (3 Páginas)  •  147 Visualizações

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REFLEXÕES ATUAIS SOBRE A ADULTESCÊNCIA

Odete Barboza da Silva¹

Resumo: Esse artigo tem por objetivo discutir a adultescência. Atualmente, não é fácil descrever um adulto, pois a complexidade, a diversidade e as singularidades da cultura contemporânea nos revelam diferentes manifestações do ser adulto. Essa sociedade está impregnada de jovens adultos que se esqueceram de crescer. É necessário, então que se faça algumas reflexões sobre o que é ser um adultescente, bem como seu estilo de vida, os prejuízos e benefícios que se obtém através dessa cultura tipicamente do século XX.

Palavras-chave: Adultescência. Estilo de vida. Comportamento.

INTRODUÇÃO

Adultescência é um neologismo, surgido na Inglaterra, que expressa a permanência de valores adolescentes na vida adulta. Quer dizer que um adultescente é um adulto (particularmente de meia-idade) que mantém estilo de vida próprio de adolescente. Eles adotam facilmente modas, comportamentos e estados de espírito adolescentes.

José Ottoni Outeiral, psicanalista e psiquiatra, afirma que

[...] como se não bastasse invadir a infância, a adolescência invade o mundo adulto. A meta de muitos adultos é se tornar adolescente, tanto que já existe, no dicionário Oxford de língua inglesa, a palavra adultescente, que se refere aos adultos que tem comportamento de adolescente.(2012)

Se faz necessário entender quem é esse adultescente, como é seu comportamento, sua vivência, bem como refletir sobre o motivo que faz pelo qual esse indivíduo se apresente nessas condições.

É apresentado uma pesquisa bibliográfica, embasada em autores como José Outeiral e outros que tratam do assunto.    

DESENVOLVIMENTO

Adultescentes são pessoas que facilmente adotam características típicas dos adolescentes e que, na fase que se encontram, tornam-se atípicos para esses indivíduos.

A condição adultescente é visualizado através do comportamento, tais como: mãe que veste as roupas da filha; adultos e avós que praticam esportes radicais; carecas de rabinho e patins; flácidos tatuados; cinquentões freqüentando academias; filhos que continuam a morar na casa dos pais. Embora já tenham alcançado uma certa independência financeira e emocional, ainda dependem da valorização da juventude para se sentirem bem.

A adolescência, a partir dos anos 50 e 60, foi valorizada como imagem e garantia da liberdade, como tempo de livre escolha, de acesso aberto a uma diversidade de identidades possíveis.

Sendo assim, considera-se a adolescência como um tempo de experimentação com possíveis identidades sociais, um tempo de liberdade de escolha. Além disso, é compreendida como uma etapa de obrigação permanente de se reinventar, como estar suspenso e flutuar no campo aberto dos possíveis. É importante afirmar a possibilidade de estar sempre em transição e de ainda vir a ser outro. (OUTEIRAL, 2012)

Por essas razões o adulto se torna tão seduzido a permanecer na cultura jovem. Ela é o emblema da independência, liberdade, irreverência, rebeldia, juventude e estética.

É certo afirmar que todo tipo de postura tem benefícios e prejuízos. A capacidade de tornar-se adultescente também. Um dos principais prejuízos desse tipo de experiência seria não querer ou não poder crescer, isto é, não poder (ou não querer) enfrentar novas experiências de vida que iriam, certamente, enriquecê-lo para manter-se numa postura imatura e infantil frente à vida.

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