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Relatorio de psicopatologia

Por:   •  30/4/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.661 Palavras (7 Páginas)  •  721 Visualizações

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UNIVERSIDADE PAULISTA

ICH – Curso de Psicologia

Disciplina/Estágio: Psicopatologia Geral

RELATÓRIO DA VISITA

  1. Dados de identificação

Nome da Instituição: CVV Francisca Júlia – Hospital Psiquiátrico

Data da visita: 23/03/2018

Alunos:

                                             

  1. Descrição da demanda/visita

Por meio da visita e palestra ministrada pela representante Barbara, supervisora e terapeuta ocupacional que trabalha diretamente com os pacientes, foi possível a compreensão que o Centro de valorização a vida (CVV) Francisca Julia é um hospital psiquiátrico no qual oferece tratamento para pessoas com transtornos mentais, dependentes químicos, atendimento ambulatorial adulto e infantil, serviços como residência terapêutica e oficinas terapêuticas.


  1. Procedimentos

Visita ao CVV – Hospital Francisca Julia em São José dos Campos, onde foi realizada uma palestra com duração aproximadamente 1h30 para conhecimentos da dinâmica do hospital, transtornos mentais, e postura dos estudantes perante aos pacientes em um futuro estagio no local.  Com o objetivo de articular estes conhecimentos adquiridos com a disciplina psicopatologia geral.

  1. Análise

  No decorrer da palestra a terapeuta ocupacional apresentou como realmente funciona o hospital, os objetivos, valores, informações sobre medicações, a forma como os funcionários tratam os pacientes que é de forma humanizada e com amor, pois afirma que para trabalhar nesta aérea o profissional precisa trabalhar com muito amor ao próximo, que este ponto é essencial. A rotina dos pacientes também foi apresentada de forma clara, como os atendimentos oferecidos com profissionais de psicologia, assistência social, enfermeiros, médicos, como oficinas para os mesmos. Uma novidade no hospital é a padaria, no qual a palestrante informou que os pacientes adoram, ficam na confecção de pães para consumo próprio e com supervisão de profissionais.

 O CVV atende através de convênios médicos, sistema único de saúde e particular.  Nos dias de hoje, o hospital oferece 90 leitos para pessoas que dão entrada pelo SUS, e 36 leitos para tratamento particular, porém as alas são separadas. Além disso, nas 11 residências terapêuticas que possuem abrigam cerca de 96 pessoas.  

De acordo com a palestrante, a história do CVV começou por meio de voluntários que através do telefone oferecia medidas de prevenção ao suicídio, visto que a demanda e a porcentagem das pessoas que procuravam este atendimento tinha tendências ao suicídio. Um voluntario chamado Waldemar Nunes, doou um terreno em São José dos Campos para o CVV e conforme os atendimentos, as experiências, com o tempo se passando, hoje existe o Centro de Valorização a Vida – Hospital Psiquiátrico Francisca Julia e que possui uma equipe multifuncional e uma estrutura capaz de atender os pacientes e suas necessidades., tendo como missão reintegrar os pacientes a família e a sociedade.

A reforma psiquiátrica teve início no Brasil através de movimentos sociais e políticas e quando foi proposta por Paulo Delgado uma lei para direitos e proteção a pessoas com transtornos mentais, foi encaminhada para aprovação em 1989. Na década de 90, o Brasil assinou compromisso na Declaração de Caracas que prevê o respeito aos direitos humanos e civis dos pacientes mentais, e a lei de Paulo Delgado 10.216 foi aprovada em 2001. Então como parte da política pública do Brasil, este movimento desencadeou a redução de leitos, ou seja, aqueles pacientes que estava há anos internado, deveria passar por um processo de desinstitucionalização.

 A missão do CVV – Francisca Julia é promover o reequilíbrio emocional, reabilitação psíquica e a reinserção social das pessoas portadoras de transtorno mentais e seus familiares. Tomando base a missão apresentada é possível compreender o processo de desinstitucionalização, onde o tratamento se dava pelo mesmo medicamento para todos os pacientes e a internação era de longo prazo, sem um interesse real de ajudar o paciente a voltar para suas rotinas. Atualmente com a desinstitucionalização a internação psiquiátrica é voltada para a pessoa que se encontra em surto. O foco é totalmente na remissão de sintomas e o retorno desse paciente para seu convívio social. No hospital Francisca Julia a internação é de curta duração, deixando o paciente no local por até 28 dias. O cuidado e assistência oferecida são 24 horas.

Infelizmente é possível notar que há hospitais com grande demanda de pacientes, hoje em dia ainda existe estereótipos de que ‘’louco oferece perigo a sociedade’’ e que devem ficar internados sim, famílias que não aceitam o sujeito, e como consequências disto o paciente com transtorno mental acabam perdendo vínculos, e quando recebem alta do hospital não tem lugar fixo para ficar, além do mais, vale destacar que o apoio da família é de extrema importância nesse processo. Com isso, aumenta-se o número de pacientes que retornam diversas vezes para o hospital e em alguns casos viram até moradores do local. Com base nestes casos, o Francisca Julia possui as residências terapêuticas, que não se caracteriza como uma internação e sim como uma casa com moradores. Este procedimento ocorre quando o paciente possui 3 anos de internação por não ter vínculos, portanto vão para essas residências, que contam com assistência de profissionais.

No final da palestra foi realizado um sorteio entre os alunos, para visita interna do hospital, para conhecer os leitos, conhecer os pacientes, o refeitório e a dinâmica do local. Duas das integrantes deste grupo tiveram a oportunidade de conhecer as alas do hospital, que pertencem a área encaminhada pelo SUS, para pacientes psiquiátricos, e internação voluntaria, o caso dos pacientes dependentes químicos. Primeiramente conheceram a ala feminina, na qual as pacientes estavam desenhando, e quando viram a terapeuta ocupacional foram de encontro com ela na mesma hora para conversar, abraçar, e uma delas entregaram o desenho como presente. Na ala masculina foi possível observar alguns pacientes almoçando, um em especial estava sendo alimentado por uma enfermeira. De modo geral os profissionais conhecem cada paciente pelo nome e tem uma convivência bem de perto, demonstrando cuidado, amor pelo trabalho.

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