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Resenha: Terapia Sistêmica Individual

Por:   •  31/10/2021  •  Resenha  •  1.237 Palavras (5 Páginas)  •  281 Visualizações

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IMED

Escola de Saúde

Graduação em Psicologia

Resenha Crítica

“Terapia Individual Sistêmica”

Juliana Rosendo Vargas

Porto Alegre

2021


Resenha

Inicialmente as indicações da terapia sistêmica familiar era para o contexto do grupo familiar, priorizando as intervenções e pesquisas junto a famílias, ao invés de exclusivamente junto a indivíduos. Entretanto iniciou-se um movimento de buscas individual para terapia sistêmica, quando o indivíduo não gostaria de vir com sua família ou quando não podia trazer sua família. De tal forma, clínicos e teóricos da terapia familiar, pautados na perspectiva sistêmica, compreendem que as intervenções baseadas nessa abordagem se distinguem de outras por considerar os indivíduos ou os problemas por eles referidos de modo contextual, em que os padrões relacionais estabelecidos se conectam ao longo do tempo, por meio de processos circulares, ao invés de lineares. Logo, a terapia sistêmica prioriza, sobretudo, o contexto relacional no qual o indivíduo está inserido, por ponderar que para maior efetividade das intervenções, deve-se considerar não somente indivíduos, mas sistemas humanos.

        Com relação ao tipo de cliente que é indicado para terapia sistêmica individual por terapeutas que atuam nesta, com enfoque de família ou casal, pode-se pensar em adolescente ou adultos jovens que passaram por uma terapia com a família ou de casal, porém ainda existem alguns problemas em relação ao núcleo familiar que precisa ser desenvolvido. Para um cônjuge que teria intenção de fazer de casal, mas que seu parceiro (a) não aceita. Um cônjuge separado ou em processo de divórcio e que enfrenta uma dificuldade me relação ao seu momento emocional. Situações em que a família se nega a participar do processo terapêutico. O livro ainda indica alguns formatos de terapia com melhores resultados, se focados nos problemas e suas intensidades, como a indicação de terapia comportamental para problemas mais leves e com enfoque breve, para problemas mais severos indica-se a terapia sistêmica ou mesmo centrada nas emoções. Em relação aos transtornos psicóticos o autor baseia-se nas pesquisas que não indicam resultados positivos a longo prazo para a terapia sistêmica atuar junto a estes transtornos.

        O processo de avaliação exige um cuidadoso trabalho do psicoterapeuta, principalmente porque ele precisa compreender a lógica particular de cada família, e não impor a sua própria lógica. Exige um grande manejo do clínico para fazer intervenções e interpretações que respeitem o timing e a capacidade de insight da família. Neste contexto, segundo o livro teremos diferentes tipos de profissionais que adotarão formas diferentes de se avaliar, um grupo de médicos e terapeutas irá seguir o modelo médico DSM5, outro realizando anamnese e demais exames objetivos para que possa identificar a etiologia da patologia e ainda outro grupo de terapeutas que não vai se basear na ideia de uma patologia e sim na presença de um sofrimento ou problema existencial. Afinal, um dos principaais instrumentos da clínica é a entrevista, estando as técnicas diagnósticas apenas a serviço da entrevista, pois são mecanismos usados para conduzi-la de forma direcionada. Como a prática clínica não é uma ciência exata, não é indicado aplicar critérios rígidos em um período de avaliação. A utilização da técnica de entrevista, permite ampliar os dados sobre a família, como também pode contribuir para a adesão da mesma à psicoterapia. Em alguns casos, possibilita a expressão do conflito que alguns membros familiares, ou todos, insistem em minimizar ou negar.

        Em relação aos objetivos da terapia sistêmica identifica-se, através do livro, algumas finalidades que transitam por questões de dificuldade de relacionamento, crises existenciais, sintomas angustiantes que serão desvendados para que se chegue em problemas mais profundos para que possam ser devidamente trabalhados no processo terapêutico, por isso é de grande importância criar um vínculo do cliente com o terapeuta para que possa existir confiança e com isso a entrega ser maior, o que contribuir para avançar de forma mais profunda em questões importantes para o crescimento e auto conhecimento. No primeiro encontro é indicado olhar para as expectativas e maiores urgências do cliente, validando seus sintomas e evitando de ficar centrado nas histórias familiares. Trabalhar e orientar sobre a indicação de tempo que deverá durar a terapia é algo balizador e regulador para alguns clientes. Segundo o autor, nos EUA alguns clientes indicam não esperar mais do que 6 encontros, por isso alinhar as expectativas é algo que contribui para a relação que está sendo estabelecida. Assim sendo, em muitos momentos haverá a intenção de uma terapia breve, porém nem sempre isto será possível, devendo o terapeuta orientar e indicar a melhor estratégia, conforme para cada caso específico.

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