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Resumo A Política - Aristóteles

Por:   •  29/11/2017  •  Resenha  •  1.049 Palavras (5 Páginas)  •  495 Visualizações

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Aluno: Igor Borges da Silva
Número USP: 9782611

Resumo: A Política – Aristóteles

No livro 1 Aristóteles inicia o debate sobre política por meio dos componentes que fazem parte da composição uma sociedade e consequentemente do ambiente político. A unidade básica da formação de uma sociedade é a família, o seu conjunto forma as aldeias e estas compõem a cidade. A unidade principal nesse caso então seria a família, que segundo o autor é composta por três relacionamentos: mestre e escravo (despotismo), marido e esposa (marital) e pai e filho (paternal). Em relação ao despotismo, Aristóteles questiona a predestinação natural de um ser nascer escravo, e este deve exercer seu papel de instrumento animado como posse de seu senhor, visto que o homem que naturalmente não pertence a sí mesmo é um instrumento para agir separadamente de seu senhor e sob as ordens dele.
Para Aristóteles é necessário que haja a relação de mando e obediência, pois segundo ele a relação de despotismo se baseia em duas entidades, as que possuem poderes racionais e comandantes, e estes seriam os mestres, e a segunda entidade seria a força de trabalho que foi por natureza predestinada a obedecer a ordens e realizar tarefas. Aristóteles se mostra a favor da escravidão a medida que analisa os escravos como um meio para conseguir o próprio sustento, utilizando-os como fontes do trabalho para sustentar quem nasceu predestinado a comandar. Já se tratando da escravidão forçada de cativos na guerra, Sócrates se mostra contra, argumentando que, ao contrário da escravidão dos escravos naturais, segundo ele, essa forma de escravização é injusta, porque a superioridade da força não é necessariamente possuída por aqueles que têm superioridade moral. Em outras palavras, o poder não é necessariamente correto. Portanto, enquanto é injusto como resultado de guerra e conquista para escravizar aqueles que não são escravos por natureza, é apenas para escravizar aqueles que são naturalmente escravos enquanto a regra do mestre sobre o escravo é benéfica para ambas as partes.

O autor faz a analogia do corpo e da alma, em que o primeiro obedece e o segundo manda, e em todas as espécies há seres que estão deficientes da parte de alma, e acabam se tornando dependentes de outros seres, dessa forma o autor afirma que a relação homem mulher também se assemelha a relação mestre escravo, visto que em todas as espécies animais as mulheres são deficitárias e dependentes do macho, e com a espécie humana não é diferente. Dessa forma, o autor analisa que esses seres são dependentes de um comando, visto que não possuem nada a oferecer além do uso de seus corpos e do trabalho.
A relação pai e filho se assemelha ao relacionamento com a mulher, no qual o filho deve ser submetido as vontades do pai. A grande diferença da relação mestre escravo para a relação marido mulher e pai e filho é que o homem trata sua mulher e seus filhos como indivíduos livres, porém ainda possui poder de comando sob eles. Dessa forma, a família é tratada como um governo doméstico, no qual, assim como a monarquia, o poder está na mão de uma só pessoa, o pai no caso da família. E esta pessoa que acumula o poder possui um talento natural para comandar.

Concluindo, o Estado seria a estrutura geral, e a família seria os membros que compõem essa estrutura, por meio da formação de aldeias e cidades. Após formada a cidade, os indivíduos pertencentes a ela irão se relacionar, buscando obter benefícios mútuos e melhorar o relacionamento e a qualidade de vida. Essa relação entre os indivíduos deve-se ao poder da fala, que diferentemente de outros animais, permite que os indivíduos criem laços e possam se comunicar afim de estabelecer um ambiente em que possa ter benefícios mútuos e uma convivência em harmonia.

Já o livro II trata do cidadão e da cidade em que ele se encontra. Aristóteles analisa que o indivíduo só pode ser feliz em sociedade, e por isso, além de ter a parte do ser social, é essencialmente um ser político. A política praticada pelo cidadão é regida pela ética, e governar seria permitir o cidadão de viver uma vida plena e feliz, por dar a oportunidade de fazer escolhas e chegar a consentimentos para adaptar medidas para viver melhor em sociedade.
Na concepção de Aristóteles a cidade (pólis) é um composto de partes dissemelhantes, provenientes de indivíduos com vontades e visões divergentes, e cabe aos governantes saber entender as necessidades do povo e tornar a convivência mais harmoniosa possível. A cidade então tem como finalidade o bem soberano de seus cidadãos, pois só dessa forma é possível garantir uma vida perfeita e felicidade.
O cidadão então é aquele que possui o direito de exercer a política, excluindo os escravos, mulheres, crianças e estrangeiros. Aristóteles diz que as virtudes desses cidadãos são as que provocam um sentimento de realização pessoal e beneficiam a sociedade como um todo. Para ele, a justiça deve andar juntamente com a felicidade, sendo um governo justo, um suporte para que os cidadãos possam se sentir felizes, e concomitantemente cabe ao Estado formar a cultura de cidadania dos homens.

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