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Resumo Caso Clinico Dibs

Trabalho Universitário: Resumo Caso Clinico Dibs. Pesquise 859.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  13/12/2013  •  1.642 Palavras (7 Páginas)  •  1.976 Visualizações

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1. Identificação

Nome do examinador: Drª Axlin

Local de atendimento: Philadelphia EUA

Nome do Paciente: Dibs

Sexo: Masculino

Idade: 5 anos

Etnia: Branca

Quem acompanha o paciente: A mãe do mesmo

Que instituição o encaminha: Escola

2. Queixa principal

“Não VOU pra casa, Não VOU pra casa, Não VOU pra casa”, mostra claramente a abominação que ele tinha pelo ser lar.

“Gato, gato, gato”, mostra como era confuso identificar o que Dibs falava. Nesse momento ele fala isso para um coleguinha que tenta se aproximar e brincar, por pouco não agride o colega.

“Não vou”, disse Dibs com num tom seco e pesado, fala de Dibs ao ser convidado para brincar ao ar livre, mostrando sua agressividade.

3. Histórico familiar

Vindo de uma família com alto nível social e intelectual, Dibs era filho primogênito de um casal cujo pai era cientista e a mãe cirurgiã de sucesso. Seus pais viajavam com frequência e possuíam diversos contatos sociais, a gravidez de Dibs não foi planejada pelos pais sendo visto, portanto, sendo uma dificuldade para a vida do casal. De acordo com o relato da mãe, o pai de Dibs não queria ter filhos. A mãe relata ainda que ao nascer, Dibs tinha aparência estranha e isso causava sentimento de frustração e culpa no casal, que decidiram cortar seus contatos sociais.

4. Qual o tipo de problemática abordada na obra? Teorize sobre a problemática e realize a hipótese diagnóstica com articulação teórica.

Fechado em seu mundo, Dibs rejeitava os estímulos a apresentados, tais estímulos eram evidenciados como testes de capacidade que procuravam provar seu poder de realização sem que houvesse investimento sentimental para a criança. De acordo com o Jean Piaget (1985), o desenvolvimento infantil pode ser dividido em quatro estágios da inteligência. No início de seu acompanhamento terapêutico Dibs estava com cinco anos de idade, encontrando-se, portanto, segundo Piaget, no estágio pré-operatório, que acontece dos 2 aos 6 anos de idade onde se desenvolve a capacidade simbólica do ser humano, composta de símbolos mentais, com imagens e palavras que representam objetos ausentes.

Com relação ao presente, vale ressaltar que nesta fase o pensamento da criança depende das ações externas esta é a problemática abordada em relação à Dibs, pois apesar de possuir notável capacidade intelectual, e ser frequentemente estimulado com brinquedos pedagógicos, faltou a afetividade na relação com Dibs.

Portanto, a afetividade exerce um papel fundamental nas correlações psicossomáticas básicas, além de influenciar decisivamente a percepção, a memória, o pensamento, a vontade e as ações, e ser, assim, um componente essencial da harmonia e do equilíbrio da personalidade humana. (Krueger, 2002)

Vygotsky e Henry Wallon também comentam sobre a importância da afetividade em suas obras, sendo que para La Taile (1992 apud Krueger, 2002) a dimensão afetiva ocupa espaço central no desenvolvimento da pessoa assim como no desenvolvimento do conhecimento.

De acordo com Mukhina (1998 apud Krueger, 2002) a criança extrai suas vivências principalmente do contato com outras pessoas, adultos ou crianças. Se os que a rodeiam a tratam com carinho, reconhecem seus direitos e se mostram atenciosos, a criança experimenta um bem-estar emocional, um sentimento de segurança, de estar protegida.

Dibs, ao contrário do descrito acima não era tratado com carinho e atenção. A atenção a ele voltada tinha intuito avaliativo como sua própria mãe descreve no decorrer do livro. O pai era frio e não escondia sua rejeição e frustração diante do desenvolvimento do filho, exigindo por vezes distância e silêncio para que se focasse em suas atividades fazendo com que o mundo de Dibs se tornasse vazio de acolhimento e emoções positivas.

Desta forma, Dibs fecha-se para o mundo e resolve não mostrar o que a ele poderia oferecer. Apesar de possuir capacidade, sua história de vida e contexto emocional não lhe motivavam a se abrir, vivendo de maneira isolada devido a rotina e vergonha de seus pais diante dele, acabava sendo analisado de maneira fria aos lugares em que ia. Na escola, por exemplo, apenas suas atitudes eram avaliadas. As pessoas de seu convívio - principalmente seus pais - o viam de maneira mecanicista diagnosticando-o como limitado e com retardo mental.

Baseando-se nos estudos de Erikson e Freud constata-se que Dibs não obteve êxito ao passar pelos estágios do desenvolvimento proposto por Freud. Na fase oral, por exemplo, o vínculo afetivo com a mãe é indispensável. A mãe funciona como um ego auxiliar, cabe a ela o estabelecimento do vínculo entre a criança e o mundo que o cerca.

Para Erikson é fundamental, na fase oral, o desenvolvimento pela criança do sentimento de confiança ou segurança com a vida. E o desenvolvimento desses sentimentos vai depender da qualidade das relações afetivas experimentadas. As crianças sujeitas a perturbações graves em seu contato social e emocional podem desenvolver um sentimento de desconfiança e de insegurança, capazes de afetar o seu desenvolvimento afetivo e emocional. Dibs além de não manter um vínculo afetivo com a mãe, foi privado do contato social. Já que seus pais preferiram se afastar dos amigos, por medo da reação destes frente à Dibs. Assim relata sua mãe (p.113) “Não queríamos que nenhum de nossos amigos soubesse como era Dibs” e “E não desejávamos que ninguém o conhecesse”. Freud também relaciona as frustrações desse período com o nascimento de outros filhos. Isso ocorreu com Dibs, um ano após seu nascimento, ainda na fase oral, sua irmã Dorothy nasce.

5. Descreva a evolução diagnóstica, demonstrando os profissionais envolvidos no processo e seus recursos técnicos.

Varias vezes Dibs é levado aos médicos, pois seus pais suspeitavam de retardado mental, tal suspeita baseava-se em seu comportamento introspectivo, infeliz e às vezes agressivo. Fechado em seu mundo Dibs rejeitava estímulos a eles apresentados, estímulos estes que no decorrer do livro são evidenciados como testes de capacidade que buscavam provas de seu poder de realização sem que houvesse investimento sentimental

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