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Resumo de Le Bon

Por:   •  21/10/2020  •  Trabalho acadêmico  •  1.119 Palavras (5 Páginas)  •  253 Visualizações

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FACULDADE ANÍSIO TEIXEIRA

BACHARELADO EM PSICOLOGIA

ANTONIO VINICIUS DE OLIVEIRA SANTOS

FABYA JAKELLYNE ALVES SOUZA

MARILANDE BATISTA DA SILVA

NAIONE OLIVEIRA AGUIAR

 

GUSTAV LE BON: TEORIA DAS MASSAS

Trabalho acadêmico apresentado na disciplina de Teorias e Técnicas Grupais do Curso de Psicologia da Faculdade Anísio Teixeira (FAT) solicitado pela docente Zilda Soares, como requisito para obtenção de nota parcial na unidade I, do 4º semestre.

FEIRA DE SANTANA – BA

2020

INTRODUÇÂO

Gustave Le Bon foi psicólogo, etnólogo e filósofo naturalista, nascido em Nogent Le Notru (Eure-et-Loire), França, em maio de 1841. Sua carreira inicia-se como oficial médico no exército francês, tendo servido durante a guerra franco-germânica (1870-71). Contudo, Le Bon abandonou a medicina e passou a viajar pela Europa, África e Ásia. Nesse período, realizou trabalhos para o governo francês na Índia, descrevendo monumentos budistas. Os resultados dessa pesquisa foram publicados em artigos nos anos 1884 e 1894. Porém, a fama surgiu com seus trabalhos para a psicologia social, com a teoria da Psicologia das Massas, que ganhou 27 edições e foi traduzida para vários idiomas. Outros trabalhos na área da psicologia abordaram temas como: a Revolução francesa, a Primeira Guerra Mundial, socialismo e educação. Além disso, realizou contribuições para a filosofia natural, foi premiado pela Academia de Paris e Sociedade de Antropologia Parisiense por estudos anatômicos e matemáticos sobre a variação de tamanhos de crânios. Le Bon, também, fundador e diretor da Biblioteca de Filosofia Científica, na França. Ele morreu em 14 de dezembro de 1931 (NATURE, 1941).

TEORIA DAS MASSAS

Gustav Le Bon é considerado um dos precursores da psicologia social na França. Esse título é oriundo das contribuições da sua teoria sobre grupos. Em 1895, Le Bon publicou o livro Psicologia das Multidões que exerceu muita influência no trabalho de muitos teóricos da época, incluindo Sigmund Freud. Freud adotou alguns pressupostos da teoria de Le Bon para investigar o que estaria por trás do comportamento do indivíduo na massa (SILVA; CAMINHA, 2019; TORRES; NEIVA et al, 2011).

Retornando à obra de Le Bon, Psicologia das Massas, ele defende que as massas ou multidões são seres psíquicos com características distintas dos indivíduos que a formam. Estes, quando juntos em massas, perdem suas características superiores e autonomia e passam a ser regidos por uma alma coletiva de características independentes dos indivíduos, por vezes mais primitivas e inconscientes (TORRES; NEIVA et al, 2011).

De acordo com Le Bon, ao estar inserido na multidão, o indivíduo sufoca sua personalidade consciente e passa a ser regido pela mente coletiva da multidão. Esse efeito propicia aos integrantes do grupo serem facilmente sugestionáveis, a apresentando comportamentos emocionais, desprovidos de racionalidade. Isso pode favorecer que os membros realizem atos bárbaros, os quais não fariam caso estivessem sozinhos (TORRES; NEIVA et al, 2011). Silva e Caminha (2019) citam um exemplo, que ocorreu durante um jogo de futebol no ano de 2018, onde torcedores gritavam: “Ô cruzeirense, toma cuidado! O Bolsonaro vai matar veado!”. Nesse caso, pode-se notar a adoção de atitudes preconceituosas de forma explícita por um grupo. A homofobia, aqui, antes reprimida quando indivíduo, ganha voz na massa, com pouca possibilidade de julgamento moral. Pois, seria pouco provável que esses torcedores repetissem o mesmo comportamento, num local público, de forma tão explicita se não estivessem sozinhos.

Le Bon se dedicou a escrever como as pessoas se comportavam nas multidões, e dizia que a multidão não era só a soma dos indivíduos ela se torna algo diferente, perdendo a noção de responsabilidade. Quanto maior o grupo, menos o indivíduo se sente responsável por aquilo que ele faz, diz também que o indivíduo na multidão tem a tendência de ser mais violento, agir por impulsos e suas capacidades racionais diminuem. Parafraseando Le Bon “Num grupo nunca é a inteligência que é somada e sim estupidez”. Sendo que o indivíduo sozinho é mais racional, mais responsável, pensa mais antes de agir, e no grupo comete mais excessos.

Em seu livro Psicologia da Revolução, diz que a revolução traz esse sentimento de grupo, onde todo revolucionário traz consigo sua identidade, pertencendo a um tipo específico de pessoa dentro daquele grupo. Ele destaca três características das multidões:

O anonimato: o indivíduo num grupo grande sente que não pode ser identificado, ou seja ele pode fazer o que ele quiser que não será facilmente evidenciado sua culpa.

O contágio: o indivíduo participa do todo, iniciando uma determinada ação por um e contagiando aos demais integrantes do grupo. Ex. Aplausos, um começa a bater palmas e os outros irão bater também. São acometidos pela ação de uma pessoa e desta forma atinge a “massa”.

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