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Resumo do capítulo "Episódios de Contato" - Livro: Gestalt-Terapia Integrada.

Por:   •  20/10/2016  •  Trabalho acadêmico  •  3.865 Palavras (16 Páginas)  •  1.172 Visualizações

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CURSO DE PSICOLOGIA

DISCIPLINA: TÓPICO ESPECIAL EM GESTALT TERAPIA

DOCENTE: FÁTIMA GONÇALVES CAVALCANTE

PARTE ESCRITA DO CAPÍTULO 07 – EPISÓDIOS DE CONTATO –

(LIVRO: “GESTALT TERAPIA INTEGRADA”

DE ERVING E MIRIAM POLSTER)

POR:

  ANDRÉIA ROSA A. DA SILVA

(20121100756)

         ERIKA PONTES BUSSINGER

                                                             (20142104923)

         GRAZIELLE ALMEIDA LIMA                            (20131101455)

         MONIQUE BETINI GOMES

                                                             (20131106413)

                   SÔNIA DA CONCEIÇÃO TAVARES DE VIVEIROS (20072201851)

O sétimo capítulo do livro “Gestalt Terapia Integrada”, publicado em 1973 pelo casal Erving e Miriam Polster, e traduzido em 2001 por Sonia Augusto para a editora paulistana Summus Editorial, é titulado como “Episódios de Contato”, onde inicialmente são descritas a ocorrência do contato e as funções pelas quais o contato surge. “Os episódios de contato são os eventos reais em que o contato ocorre; esses eventos proporcionam substância e drama à terapia” (POLSTER, 2001, pág. 181)

        Anne é citada como uma paciente que apresentara uma crise de histeria, demonstrando-se estar furiosa com o fato de outros pacientes estarem tendo experiências magníficas durante as terapias, enquanto a própria não. Ela, sentindo a necessidade de ter experiências satisfatórias com a terapia, começou a “destruir” o consultório, dando um soco no psicólogo que tenta lutar contra os ataques histéricos e perturbados da paciente. Ele a acalmou, de maneira que puderam, juntos, arrumar o consultório. Ana pôde voltar a ver o psicólogo, e aliviou-se. Conforme descrito por POLSTER (2001; pág. 181): “Ela estava aliviada com a chance de juntar-se a mim e desfazer os efeitos de sua fúria”.

        Episódios como o de Anne são experienciados pelo profissional em seu trabalho de terapia, denominando-o como um participante dos acontecimentos. No entanto, as interações são a base para o desenvolvimento do senso de se ter uma vida plena de acontecimentos. Estes episódios possuem as características principais de sintaxe (estruturação ordenada e reconhecível de uma parte do episódio com as demais partes/com as suas outras partes), representatividade (onde há as três principais vertentes favoráveis à representatividade do contato terapêutico: ensino de habilidades que possam ser usadas na vida cotidiana; a função de ativação e o desenvolvimento de um novo senso de self) e recorrência.

        Um episódio surge a partir de uma necessidade imediata, já perceptível e reconhecível, ou de uma necessidade que vai se configurando, de forma gradual, através de uma falta de objetivo, um vazio, uma confusão ou sob um caos. Nem sempre as necessidades são satisfeitas, podendo ser impedidas pelas contradições pessoais, como o exemplo que POLSTER (2001; pág. 182) dá sobre o momento que alguém tenta fazer uma piada, mas, não gera respostas (como risadas dos demais) porque não conseguiu transmitir de maneira “adequada”. Talvez por não estar focado com aquele momento, e com a piada. Contudo, os ouvintes, além de não entenderem a piada, não conseguem perceber o desfoque do contador... De modo que, ele acaba não sendo compreendido sobre o que está sentindo/como está se sentindo. Logo, é necessário manter em prática a exploração de sua própria experiência, buscando reconhecer as necessidades, compreendendo-as, porque, o contador da piada pode até mesmo nem perceber seu desfoque, afetando a resposta dos demais a ele. “Sem prática, muitas pessoas teriam dificuldade em responder diretamente ao que desejam”, como o exemplo do ‘contador de piadas’, que, não conseguiu passar às pessoas ao redor, como está se sentindo,  quiçá conseguiu arrancar sorrisos e risos.

        Em psicoterapia, um episódio de contato segue num processo de representação da necessidade, resultando detalhes que possam ajudar na conclusão e satisfação da mesma (necessidade). Contudo, a realização da necessidade pode gerar a resistência, e, quando o poder da necessidade e a força da resistência são aproximadamente iguais, acontece o bloqueio ou o favorecimento do movimento do indivíduo, ocorrendo assim o impasse. Tendo o progresso em direção ao impasse, desenvolve-se um tema para dar um título e clareza, sublinhando assim, o conteúdo do drama que está acontecendo. O tema propõe indicar um caminho, uma reunião, sendo o mesmo de caráter e conteúdo pessoais determinados/específicos que seguem de um modo único dentro do episódio de contato. Como podemos ver no livro de POLSTER (2001; pág. 183), o indivíduo assimilar como algo excitante o que antes era algo ameaçador, acaba indo de encontro à iluminação, à uma nova orientação quanto às resoluções e alternativas. Reconhecer esta nova experiência pode resultar em análises que destruam o drama do evento completado, libertando-o para seguir em frente ou apresentar o mesmo tema em episódios de contato que surgirão, mas, com diversas repetições de dimensão e relevância maiores.

        Vale ressaltar que no livro “Gestalt Terapia Integrada” do casal POLSTER (2001; pág. 184) podemos compreender que a sintaxe do episódio de contato se movimenta em consequência de oito estágios: 1) a emergência da necessidade; 2) a tentativa de representar a necessidade; 3) a mobilização da luta interior; 4) a afirmação do impasse; 6) a experiência culminante; 7) a iluminação; e 8) o reconhecimento. Para os autores, “esse ciclo pode durar apenas um minuto; pode atuar durante uma sessão, um ano, ou mesmo uma vida inteira. Os oito estágios podem ocorrer em diversas sequências, ou algumas vezes, ou algumas vezes condensar-se simultaneamente. Eles são orientações e não devem ser considerados uma ordem precisa e imutável”.

        Um caso que ilustra muito bem esses estágios é o de Bernard (págs 185-191), cujas trocas pessoais, informativas e de conversa, ajudaram a fazer, naturalmente, o contato do homem, que tem um pouco mais de trinta anos, com o psicoterapeuta. Sua vida é agitada, vive sentindo muita urgência, pouco senso de sustentação e nem de longe há a paz suficiente. Ele é repetidamente “condicionado e aprisionado” pelas situações de crise e não consegue fazer aquilo de que necessita, porque só é inspirado pela necessidade imediata. O psicólogo, primeiramente, faz com que ele tome consciência para experimentar o espaço atrás de si, a fim do paciente contatar o espaço vazio ao invés de projetá-lo com pressões que o afrontam. Seguindo para o estágio 3, notou-se que a sua luta interior é formada, rejeitando a sua passividade e infantilidade que eram vistas como inaceitáveis, e normalmente perturbadoras, provocando também, a crise de permanecer em pé e agir (ambos como um homem). No estágio 4 o dilema do paciente era que, para conseguir se mexer, Bernard cria uma situação, de modo que exista a pressão de uma fonte externa. Para ele (o paciente), é incapaz de criar algo, vindo de si mesmo, sem sentir-se empurrado. Ele precisaria, então, aprender a sentir-se capaz, o que, a partir da especulação imposta em POLSTER (2001; pág. 187) ele precisa “(...) fazer seu trabalho sem uma pressão externa imediata e clara para compensar sua incerteza quanto a suas próprias direções. Bernard tem de ser capaz de fazer contato com suporte-sem-exigência e permitir que sua ativação aumente”. Nisso, com a psicoterapia, tem-se a primeira transformação ao alargar o impasse, descobrindo que o comportamento rotulado como proibido gera satisfações que não lhe eram esperadas, e, acaba o libertando para experienciar e experimentar, direcionando-se a sua própria experiência final/conclusiva.

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