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Sexualidade Na Adolescencia

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Por:   •  1/9/2014  •  3.735 Palavras (15 Páginas)  •  392 Visualizações

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Sexualidade na adolescência

Ministério da Saúde. Saúde do - portal.saude.gov.br

Por: Stella R. Taquette

A sexualidade, uma das características mais importantes do ser humano, está presente

desde os primórdios da vida. O ser humano é movido por suas pulsões libidinais direcionadas à

busca do prazer e estas se manifestam muito precocemente. Manifestações sexuais podem ser

visualizadas em imagens ultrassonográficas de fetos do sexo masculino, como por exemplo a

ereção peniana. Já as meninas desde os primeiros dias de vida apresentam lubrificação

vaginal. Estes comportamentos são uma demonstração da potencialidade biológica para o

desenvolvimento da sexualidade. Sensações sexuais estão presentes durante todo o

desenvolvimento da criança, desde a amamentação até o início pubertário, quando então há

uma intensificação destas sensações. É com a chegada da puberdade, com o desenvolvimento

físico, que o ser humano se torna apto a concretizar a sexualidade plena através do ato sexual

propriamente dito, que permite tanto obter prazer erótico como procriar.

O aumento do interesse sexual coincide com o surgimento dos caracteres sexuais

secundários. Este interesse é influenciado pelas profundas alterações hormonais deste período

da vida e pelo contexto psicossocial. O prazer resultante do ato sexual diferencia o ser humano

do restante dos animais. Ele é o único ser que, objetivamente, pode ter relação sexual só pelo

prazer e não com finalidade reprodutiva (Levin, 1969; Dolto, 1977) e na adolescência isso se

torna evidente (Silber, 1985).

Apesar da sexualidade ser definida como um conjunto de fenômenos que permeia

todos os aspectos de nossa existência ela é vista inicialmente como um fenômeno biológico.

Porém, sabe-se que é também social e psicológico e só pode ser compreendido quando

situado no âmbito e nas regras da cultura em que se vive. Em cada sociedade são diferentes

as proibições e permissividades em relação à atividade sexual. No processo de adaptação

cultural do ser humano, o controle da sexualidade é um dos aspectos centrais. Praticamente

todas as culturas impõem alguma forma de restrição ao comportamento sexual.

A complexidade e ambigüidade da sexualidade residem principalmente no fato da

reprodução não ser seu objetivo primordial. Historicamente podemos observar que a sociedade

humana se iniciou com uma proibição ao livre exercício da sexualidade, o tabu do incesto

(Lévy-Strauss apud Dor, 1989). A religião também exerceu e ainda exerce grande influência no

comportamento sexual dos indivíduos. Segundo a interpretação da igreja católica sobre a

criação do mundo, Adão e Eva foram expulsos do paraíso porque se tornaram sexuados. No

paradigma monástico do início da era cristã, todas as pessoas sexuadas eram consideradas

pecadoras. Só os monges, que viviam isolados no deserto eram puros. Porém, mais tarde, no

século IV, outra interpretação foi dada por Santo Agostinho, que acreditava que o castigo divino

a Adão e Eva deveu-se ao prazer resultante do ato sexual e não ao ato em si. A partir daí, a

concupiscência da carne, passou a ser considerada um pecado (Ariès & Duby, 1995). Em

outras culturas e em outras épocas da humanidade restrições ao livre exercício da sexualidade

foram impostas por motivos econômicos, como por exemplo no desenvolvimento da sociedade

capitalista o sexo foi reprimido porque ser incompatível com o trabalho (Foucault, 1988).

Em nossa sociedade sexo ainda é um tabu e os problemas relativos à sexualidade são

muito freqüentes. Acompanhar desde cedo o processo de desenvolvimento pode ajudar o

adolescente a prevenir problemas futuros como abuso sexual, gravidez não desejada,

promiscuidade ou dificuldades sexuais propriamente ditas como frigidez, impotência sexual,

ejaculação precoce, etc.

Desenvolvimento Psicossexual

Freud, o “pai” da psicanálise, elaborou uma teoria sobre a sexualidade, até hoje

referida pela maioria dos autores. Ele classificou o desenvolvimento sexual em cinco fases:

oral, anal, fálica, latência e genital, conforme a idade do indivíduo e a localização corporal da

principal fonte de sentimentos prazerosos.

Primeiro ano de vida

Nesta etapa da vida, o bebê a princípio não se diferencia de sua mãe, sentindo-se

ligado a ela, como se ambos fossem uma só pessoa. Sua comunicação com o mundo se dá

principalmente através da boca, pela sucção e pelo choro. O bebê sente-se bem quando suas

necessidades orgânicas internas são saciadas através da amamentação. Ele sente-se seguro e

calmo também quando é acariciado e aconchegado ao colo. Esta etapa foi denominada por

Freud de “fase oral”, pois a boca é a parte do corpo onde há primazia dos sentimentos

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