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Suelen Carla

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Por:   •  12/6/2014  •  2.413 Palavras (10 Páginas)  •  554 Visualizações

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UNIJALES

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JALES

MAISA MARQUES DE SOUZA

LARISSA AVANCE DA SILVA

SUELEN CARLA DUTRA FREITAS

A O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA ATRAVÉS DO BRINCAR

Jales/SP

2014

MAISA MARQUES DE SOUZA

LARISSA AVANCE DA SILVA

SUELEN CARLA DUTRA FREITAS

O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA ATRAVÉS DO BRINCAR

Projeto de pesquisa apresentada à disciplina de Pesquisas e Práticas Educativas II, à professora Madalena Guisso Doho, para a obtenção da nota do 2º bimestre.

Jales/SP

2014

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO

1 DEFINIÇÃO DO BRINCAR

1.1- A importância do brincar

1.2- O brincar e os jogos

PROBLEMA

HIPOTESE

OBJETIVOS

JUSTIFICATIVA

METODOLOGIA

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

INTRODUÇÃO

Este projeto de pesquisa aborda um dos temas importantes para a Educação Infantil – O desenvolvimento da criança através do brincar – ao qual tem o objetivo de oferecer subsídios e ressaltar os benefícios que o brincar traz para o desenvolvimento integral da criança, pois ainda hoje existem muitos questionamentos sobre este ato, alguns acham que é perder tempo, outros acham que é ganhar.

Através deste documento proponho a ênfase no ganhar, pois os jogos e brincadeiras fazem parte do universo infantil e mudaram muito desde o começo do século até os dias atuais, em todos os países em qualquer cultura, em todos os contextos sociais, mas o prazer de brincar não mudou.

As brincadeiras podem ser aplicadas hoje nos projetos escolares de educação Infantil como formação de sujeitos capazes de intervir na realidade de maneira critica e criativa, contribuindo na formação de um sujeito participativo.

Este tema já é estudado há muito tempo. Vários estudiosos pesquisaram, formaram suas teorias e consequentemente contribuíram para o esclarecimento e a implantação do brincar no desenvolvimento das crianças nas séries iniciais.

Na literatura, estudos que avaliam a importância do brincar para o desenvolvimento infantil, mostram o quanto devemos explorar essa ação e utilizá-la para que possamos contribuir na formação de um cidadão capaz de se transformar e transformar o meio em que vive.

1 – DEFINIÇÃO DO BRINCAR

O brincar faz parte do universo infantil estando presente no dia-a-dia das crianças através das atividades mais simples e corriqueiras. Para que elas brinquem e se desenvolvam é necessário permitir que explorem sua imaginação.

A brincadeira é para a criança um espaço de investigação e construção de conhecimentos sobre si mesma e sobre o mundo. Brincar é uma forma de a criança exercitar sua imaginação permitindo relacionarem seus interesses e suas necessidades com a realidade de um mundo que pouco conhece.

A brincadeira expressa à forma como uma criança reflete, organiza, desorganiza, constrói, destrói e reconstrói o seu mundo. O brincar faz parte do mundo da criança e nós como educadores devemos oportunizar a elas esses momentos. Dessa forma prazerosa as crianças brincam, aprendem e se desenvolvem de forma integral.

A idade para as brincadeiras dá-se na infância, e por meio delas, as crianças satisfazem grande parte de seus desejos e interesses particulares. Segundo Garcia e Marques (1990, p.11) “o aprendizado da brincadeira, pela criança, propicia a libertação de energias, a expansão da criatividade, fortalece a sociabilidade e estimula a liberdade do desempenho”.

De acordo com as autoras, a palavra “brincar” não se relaciona apenas às atividades das crianças, pois em todas as idades as pessoas brincam. Quando as crianças brincam, podemos observar a satisfação que elas expressam, ao experimentar e participar de uma brincadeira, sinais de alegria, risos, certa excitação são componentes desse prazer, embora a contribuição do brincar vá além de impulsos parciais.

O termo “brincar” serve para indicar o conjunto de atividades que se assemelham entre si por seu caráter lúdico, geralmente os termos mais usados para se referir a esta forma de atividades são o jogo ou brincadeira.

As definições para jogo e brincadeira variam de uma área do conhecimento a outra e mesmo entre teóricos de uma mesma área.

De acordo com Moyles (2002), a diferença entre brincar e jogar é que jogar é o brincar em um contexto de regras e com um objetivo pré-definido. O brincar é um jogar com ideias, com sentimentos, pessoas, situações e objetos onde os regulamentos e os objetivos não são necessariamente pré-determinados. No jogo se ganha ou perde. Na brincadeira, diverte-se, passa-se o tempo, faz-se de conta. O jogar é uma brincadeira organizada, convencional, com papéis e posições demarcadas. O que surpreende no jogar é seu resultado ou certas reações dos jogadores. O que surpreende, nas brincadeiras, é sua própria composição ou realização. O jogo é uma brincadeira que evoluiu. A brincadeira é uma necessidade da criança o jogo é uma de suas possibilidades.

Contudo podemos dizer que o brinquedo é um suporte da brincadeira, ao qual qualquer objeto quando usado com uma função lúdica, pode se transformar num brinquedo. Ex.: cabo de vassoura vira cavalinho, um pneu velho vira um carro, etc. (MOYLES, 2002).

Vale ressaltar que o ambiente para ser lúdico não precisa necessariamente de brinquedos, mas sim que forneça condições para a imaginação criar seus próprios brinquedos.

É por isso que podemos dizer que brincar é uma forma: envolvente, quando coloca a criança em uma situação de interação em suas atividades físicas e fantasiosas, bem como os objetos que servem de projeção ou suporte delas; passam a ser interessante, quando canaliza, orienta, organiza as energias da criança, dando-lhes forma de atividade ou ocupação e se torna informativo, porque nesse contexto ela pode aprender sobre as características dos objetos, os conteúdos pensados ou imaginados.

Para que tudo isso ocorra é necessário permitir que a criança brinque, pois assim ela aprenderá sobre si mesma e sobre o mundo que a cerca pela contraposição com coisas e pessoas que fazem parte de seu meio, e, que são, portanto, culturalmente definidas também.

Quando falamos em brincar estamos nos referindo à ação lúdica, seja brincadeira, jogo, uso de brinquedos ou outros objetos, do corpo, da música, da arte, das palavras etc. Para cada enfoque, há várias formas de classificar o brincar. No estudo do jogo, da brincadeira ou do brinquedo, podemos observar o comportamento das crianças, suas características de sociabilidade, suas atitudes, reações e emoções. Ao passar para uma interpretação de dados observados, surgem diferentes perspectivas de análise do comportamento de brincar: afetivas, cognitivas, sociais, morais, culturais, lingüísticas etc. (MOYLES, 2002). Para a criança o brincar não é apenas um passatempo ou "perda de tempo" como os adultos julgam. Suas brincadeiras e seus jogos estão relacionados a um aprendizado fundamental, ou seja, por meio do ato de brincar elas aprendem e se desenvolvem. É um meio ativo para o desenvolvimento infantil.

1.1 A importância do brincar

Espontaneidade e criatividade são ações existentes no ato de brincar. Este por sua vez é visto como um recurso que permite a criança formar uma linguagem simbólica apoiada em jogos e brincadeiras com aceitação progressiva das regras sociais e morais.

Essas atividades lúdicas constituem-se não apenas na preparação para vida adulta, mas também como uma atividade que contém sua finalidade em si mesma, que é buscada no e para o momento vivido.

O ato de brincar deve ser considerado um dos principais objetivos da Educação Infantil, onde de acordo com o RCNEI (1998), o educar, cuidar e o brincar está interligado de forma a proporcionar o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal. De essa forma o brincar é compreendido como um espaço de elaboração considerado como um laboratório do pensamento infantil constituído por uma linguagem simbólica singular apoiada em brinquedos, objetos de uso cotidiano, materiais de construção e baseada em regras que estejam diretamente associadas à infância.

Com base nisso, o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil – RCNEI (1998) relata que:

Brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da identidade e da autonomia. O fato de a criança, desde muito cedo, poder se comunicar por meio de gestos, sons e mais tarde representar determinado papel na brincadeira faz com que ela desenvolva sua imaginação. Nas brincadeiras as crianças podem desenvolver algumas capacidades importantes, tais como a atenção, a imitação, a memória, a imaginação. Amadurecem também algumas capacidades de socialização, por meio da interação e da utilização e experimentação de regras e papéis sociais (BRASIL, 1998, p. 22).

Sobre o brincar FRIEDMANN (2006, p.40) afirma: “O brincar traz de volta a alma da nossa criança: no ato de brincar, o ser humano se mostra na sua essência, sem sabê-lo, de forma inconsciente. O brincante troca, socializa, coopera e compete ganha e perde. Emociona-se, grita, chora, ri, perde a paciência, fica ansioso, aliviado. Erra, acerta. Põe em jogo seu corpo inteiro: suas habilidades motoras e de movimento veem-se desafiadas. No brincar, o ser humano imita, medita, sonha, imagina. Seus desejos e seus medos transformam-se, naquele segundo, em realidade. O brincar descortina um mundo possível e imaginário para os brincantes. O brincar convida a ser eu mesmo”.

Por ter como característica a espontaneidade, quando dirigido, objetivado, orientado permite ao educando o desenvolvimento e a aprendizagem do seu próprio corpo, o espaço físico e social, as pessoas com as quais ela convive, conquistando a autonomia e construindo a sua identidade. Também brincando terá oportunidade de aprender conceitos, regras, normas, valores, oportunizando o aprender de conteúdos conceituais, atitudinais e procedimentais nas mais diversas áreas do conhecimento. Poderá também desenvolver as linguagens, oral, escrita, a musical, a plástica e matemática.

O brincar é um direito da criança, sendo fator fundamental no seu desenvolvimento físico, psíquico e social. Contudo, muitas delas perdem esta fase crucial da vida por terem grandes responsabilidades, ajudar os pais no sustento de casa. Mesmo por estarmos em um século de grandes avanços, isso ainda acontece com frequência. E matar a fase do brincar é impedir à criança de viver em plenitude tudo aquilo que tem direito. E o resultado é crianças frustradas, inseguras, com dificuldades de aprendizagem, autoestima baixa.

Ao respeitar a importância do ato de brincar, pois nele a criança constrói sua aprendizagem acerca do mundo em que vive fantasia, aceita desafios e melhora seu relacionamento com o grupo em que esta inserida, estamos cooperando para a formação de um sujeito global.

E cabe a nós educadores proporcionar este ato tão importante na fase da Educação Infantil, e sempre que tiver oportunidade nas demais series, pois brincar enriquece o pensamento.

Como já garantido em lei “Toda criança tem o direito ao descanso e ao lazer, e a participar de atividades de jogo e recreação, apropriadas à sua idade, e a participar livremente da vida cultural e das artes (ONU, 1989)”.

Com base nestas afirmações pode-se dizer que o brincar é tão importante para o desenvolvimento do ser humano que é previsto como direito inalienável da criança. O assunto é sério e não deve ser desprezado e sim compreendido, pois aos olhos de pessoas comuns as crianças estão apenas brincando, mas aos olhos de profissionais e educadores muitas coisas estão acontecendo no momento do brincar.

As atividades lúdicas e tudo que ela envolve representam para a criança um meio de expressar seus sentimentos, pensamentos, emoção, aprendizagem e compreensão do mundo que a cerca e isso consequentemente favorecerá o seu desenvolvimento, pois brincando ela estabelece uma relação com o meio em que está inserida e na Educação Infantil ela aprende e desenvolve-se.

De acordo com Wajskop (2005), a partir dos trabalhos de grandes pensadores, houve uma valorização da infância ao qual afirma “A valorização da brincadeira infantil apoia-se, portanto, no mito da criança portadora de verdade, cujo comportamento verdadeiro e natural, por excelência é o seu brincar, desprovido de razão e desvinculado do contexto social (WAJSKOP, 2005, p.20)”.

Assim, o ato de brincar deve ser compreendido e apreendido como um processo necessário na formação dos sujeitos e sua individualidade, contribuindo para que no futuro haja cidadãos capazes de se transformar e modificar o meio em que vive de acordo com suas necessidades.

PROBLEMA

O brincar na infância, faz refletir sobre a importância da brincadeira no desenvolvimento da criança e suas relações com a aprendizagem.

Como o educador utlizará a brincadeira como ferramenta pedagógica, e qual será seu método de avaliação? Qual forma de propiciar que a brincadeira tenha condições para um desenvolvimento saudavél da criança?

HIPÓTESE

Para o desenvolvimento eficaz da criança através do ato de brincar deve-se fazer uso dos jogos, objetos que trabalhe com o corpo, a arte, palavras, entre outros. Com uso do jogo, da brincadeira ou do brinquedo, deve-se observar o comportamento das crianças, suas características, atitudes, reações e emoções, através desses, surgem diferentes perspectivas de análise do comportamento de brincar, sendo eles afetivos, cognitivos, sociais, morais, culturais, linguísticas entre outros.

OBJETIVO

Ressaltar os benefícios que o brincar traz para o desenvolvimento da criança.

JUSTIVICATIVA

A pesquisa aborda um tema de extrema importância para o desenvolvimento infantil – A importância do brincar para o desenvolvimento das crianças – onde se constata que o lúdico no processo de ensino aprendizagem, segundo pesquisa, vem demonstrando fator fundamental para o desenvolvimento da criança. Os jogos da criança pequena são fundamentais para o seu desenvolvimento e para a aprendizagem, pois envolvem diversão e ao mesmo tempo uma postura de seriedade. A brincadeira é para a criança um espaço de investigação e construção de conhecimentos sobre si mesma e sobre o mundo. Brincar é uma forma de a criança exercitar sua imaginação. As permite relacionarem seus interesses e suas necessidades com a realidade de um mundo que pouco conhecem. A brincadeira expressa a forma como uma criança reflete, organiza, desorganiza, constrói, destrói e reconstrói o seu mundo. O brincar faz parte do mundo da criança.

METODOLOGIA

Foi utilizado o método dissertativo e analítico para a elaboração desta pesquisa, ao qual foi elaborada através de fontes bibliográficas, sendo fundamentados em documentos impressos, já trabalhados por outros pesquisadores e devidamente registrados, ao quais os textos tornam-se fontes do tema pesquisado que se encontram disponíveis em livros, periódicos e internet.

REFERÊNCIAS

BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Secretária de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998, 2 vol.

BRASIL, Ministério da Educação e Desporto. Secretaria de Educação Fundamental Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil/. Brasília: MEC/SEF, 1998, volume 1 e 3.

FRIEDMANN, Adriana. O desenvolvimento da criança através do brincar. São Paulo, SP: Moderna, 2006

GARCIA, R. M. R. e MARQUES, L. A. Brincadeiras cantadas. Porto Alegre: Kuarup, 1990.

MOYLES, Janet R. Só brincar. O papel do brincar na Educação Infantil. Porto Alegre. Artemed.2002

ONU. Convenção Internacional dos Direitos da Criança de 1989. Adotada em Assembleia Geral das Nações Unidas em 20 de novembro de 1989. Disponível em: http://www.unicef.org/brazil/dir_cri3.htm. Acesso em: 07 de junho de 2014.

WAJSKOP, Gisela. O que é brincadeira. – Entrevista com Gilles Brougére. Revista Criança, MEC, Secretaria de Educação Fundamental, nov., 1998, p. 3-9.

_________________ Brincar na pré-escola. 6 ed. São Paulo: Cortez, 2005.

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