TRECHO DO LIVRO RAIZES DA PSICOLOGIA DE IZABEL RIBEIRO

1 Período cosmológico

A Grécia foi o berço da civilização ocidental, nela iniciou-se a psicologia e a filosofia

cosmológica, esta queria entender e explicar o cosmo, saber de que matéria ele era feito,

buscar o princípio e a lei que regia o universo, que até então era concebido

mitologicamente, através da menor partícula existente. Essa busca gerou algumas

correntes como elementismo, atomismo e monismo que buscavam explicar o complexo

da maneira mais simples.

1.1 Tales de Mileto

Preocupado com o movimento e transformação das coisas, acreditava que tudo provém

da água, pois ela se mante estável mesmo em meio às mudanças.

1.2 Heráclito

Dizia que o mundo estava sempre mudando e, por isso, não se pode experimentar a

mesma coisa 2 vezes. Explicava o universo a partir do fogo, pois ele é o agente da

mudança. Concebia o pensamento como ilusão dos nossos sentidos.

1.3 Pitágoras

Para Pitágoras os números são a essência permanente das coisas, pois são intemporais

e imóveis, por isso concebe a ordem do mundo como princípios matemáticos, essa ordem

deve prevalecer também nas relações humanas. Acreditava na existência de uma alma

imortal distinta do corpo e preexistente.

1.4 Anaxágoras

Pregava a diversidade de elementos, as hemeomerias ou sementes, que traziam em si o

germém das coisas. Tudo está em tudo, mas ordenado e disposto de maneiras distintas

por um espirito ordenador do universo.

1.5 Demócrito

Segundo Demócrito o universo é composto por átomos indivisíveis classificados em:

átomos de alma, sujeita a decomposição e morte, e átomos de corpo. Falava que tanto a

natureza quanto a humanidade são determinadas por agentes externos (determinismo).

2.1 Sofistas

Ensinavam ciência e artes aos jovens com o objetivo de substituir a educação de

guerreiros e atletas por cidadãos. Como a democracia grega exigia do político destreza

para dissertar e eloquência para convencer, eles ensinavam a retórica e conclusões

racionalmente aceitas.

2.2 Sócrates

Ensinava que o conhecimento do meio que nos cerca é imperfeito porque nos vem

através dos sentidos, via imperfeita e sujeita a ilusão. Pregava que a finalidade da filosofia

era a educação moral do homem. Para ele, a sabedoria consistia no reconhecimento da

ignorância, por isso fazia com que as pessoas percebessem que suas ideias eram

contraditórias e confusas