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Teorias Psicanalíticas I Psicanálise

Por:   •  27/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.689 Palavras (7 Páginas)  •  229 Visualizações

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Universidade Anhanguera – Uniban Osasco

ATPS de Psicanálise        

Curso: Psicologia 4° semestre B noturno

Disciplina: Teorias Psicanalíticas I  

Prof.Ms Alexandre Nicolau Luccas

Nome: Kenia Raquel Castro Cordeiro Carvalho         RA: 1299229806[pic 2]

            Laenia Priscila Costa Carvalho                          RA: 8490226015

            Renata Silva                                                          RA: 8075864892

 

Psicanálise 

Psicanálise foi criada pelo neurologista austríaco Sigmund Freud (1856-1939), com o objetivo de tratar desequilíbrios psíquicos. Este corpo teórico foi responsável pela descoberta do inconsciente, antes já desbravado, porém em outro sentido, por Leibniz e Hegel, e a partir de então passou a abordar este território desconhecido, na tentativa de mapeá-lo e de compreender seus mecanismos, originalmente conferindo-lhe uma realidade no plano psíquico, procurando também analisar o comportamento humano, decifrar a organização da mente e curar doenças carentes de causas orgânicas.

Freud foi inspirado pelo trabalho de Jean Charcot, psiquiatra francês que tratava a histeria com hipnose, marcando profundamente os métodos do psicanalista, embora mais tarde ele abandonasse essa terapêutica e a substitui pela livre associação e inspirando-se também no fisiologista Josef Breuer, por seus trabalhos com a catarse (processo de redução ou eliminação de um complexo, transferindo-o para o consciente permitindo sua expressão), onde através desse método amenizava os sintomas da histeria.

Interessando-se desde o início por distúrbios emocionais que na época eram conhecidos como ‘histeria’, empenhou-se para, através da psicanálise, encontrar a cura para estes desajustes mentais passando desde então a utilizar a arte da cura pela fala, descobrindo assim o reino onde os desejos e as fantasias sexuais se perdem na mente humana, até emergirem na consciência sob a forma de sintomas indesejáveis.

Em suas pesquisas, Freud percebeu que a maioria dos pacientes que apresentavam distúrbio e queixas de natureza histérica, estavam relacionados há sentimentos reprimidos com origem em experiências sexuais perturbadoras. Deste modo formulou a hipótese de que a ansiedade manifestava-se nos sintomas, consequência da energia da libido (energia psíquica que direciona o individuo na busca de pensamentos e comportamentos prazerosos), de transtornos ligados á sexualidade. Dessa forma, a energia reprimida expressava-se por meio de vários sintomas, de modo inconsciente devido á repressão (processo de barrar ideias inaceitáveis, memorias ou desejos do consciente, deixando-os operar livremente no inconsciente), como um mecanismo de defesa psicológica.

O campo da patologia é o primeiro espaço no qual Freud observa a existência do inconsciente, ao focar o olhar sobre os sintomas durante seus trabalhos com as histéricas. Anos depois essa observação amplia-se, abrangendo também o que é da ordem dos processos psicológicos normais, os sonhos apontam para a existência do inconsciente e por meio deles, Freud depara-se com a necessidade da escuta na pratica clinica mais, os sonhos (analise dos sonhos: técnica psicoterápica que envolve a interpretação dos sonhos para revelar conflitos inconscientes).

Segundo a Psicanálise, o inconsciente não é o subconsciente (nível mais passivo da consciência, seu estágio não reflexivo), mas que a qualquer momento pode se tornar consciente e só se revelar através dos elementos que o estruturam, tais como atos falhos, eles se expressam nas pessoas sãs, refletindo o conflito entre consciente, subconsciente e inconsciente; são as famosas “traições da memória” (sonhos, chistes e sintomas). É a aquisição da linguagem que permite o acesso ao simbólico, no entanto, a linguagem é instrumento do consciente e não do inconsciente. O inconsciente é constituído, sobretudo de representações imaginárias, ficando a linguagem restrita ao campo do pré-consciente-consciente.

Ao analisar as fobias, Freud reconheceu que algumas são simbólicas e expressam um medo reprimido, passiveis de investigações e acompanhamento psicanalítico, na qual afirma que o homem entra em conflito consigo mesmo devido á repressão que sofre com relação ao objeto de desejo. 

Introduzindo o conceito de inconsciente, Freud desloca a fala até outro lugar, muito além da intenção consciente de comunicar algo: ao falar, o sujeito comunica muito mais do que aquilo a que inicialmente se propôs. O inconsciente busca ser escutado e ter seus desejos satisfeitos, comunicando-se por meio de complexas formações: sonhos, sintomas, lapsos, chistes, atos-falhos; fenômenos que apontam para esse “desconhecido” que habita o sujeito. E assim abre-se na palavra a dimensão do que escapa ao próprio falante. De fato, a análise dos fenômenos psicológicos normais e patológicos só se mostra possível por meio da associação livre , exigindo do analista, em contrapartida, uma capacidade de escuta que não reduza os espaços simbólicos que ela realiza. Ao paciente cabe comunicar tudo o que lhe ocorre, sem deixar de revelar algo que lhe pareça insignificante, vergonhoso ou doloroso.

Para Freud toda perturbação de ordem emocional tem sua fonte em vivências sexuais marcantes, que por se revelarem perturbadoras, são reprimidas no inconsciente. Esta energia contida (a libido), se expressa a partir dos sintomas, na tentativa de se defender e de se preservar, este é o caminho que ela encontra para se comunicar com o exterior. Através da livre associação e da interpretação dos sonhos do paciente, o psicanalista revela a existência deste instinto sexual. Essa transferência de conteúdo para o consciente, que provoca uma intensa desopressão emocional e traz a cura do analisando.

A partir dessas informações, podemos dizer que o inconsciente recalcado é verbalizável, a interpretação vai constituir uma verbalização dos conteúdos inconscientes. Através do analisando “dizendo tudo que lhe vem a cabeça” o inconsciente tornasse dizível, verbalizável.

Para a Psicanálise, o sexo está no centro do comportamento humano, ele motiva sua realização pessoal e, por outro lado, seus distúrbios emocionais mais profundos; reina absoluto no inconsciente. Freud, em plena era vitoriana, tornou-se polêmico, e sua teoria não foi aceita facilmente. Com o tempo, porém, seu pensamento tornou possível a entrada do tema sexual em ambientes antes inacessíveis a esta ordem de debates.

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