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Tipos de Abordagem de Marton e Säljö

Por:   •  16/6/2021  •  Projeto de pesquisa  •  625 Palavras (3 Páginas)  •  232 Visualizações

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Marton e Säljö

Marton e Säljö foram pioneiros no alerta para a importância da experiência dos indivíduos no processo de aprendizagem, tendo reconhecido distintas abordagens usadas pelos alunos na execução das atividades de aprendizagem.

A primeira metodologia, denominada por Marton de “segunda ordem” (p. 04), trata-se de uma metodologia de investigação utilizada em estudos da Universidade de Gotemburgo, realizados no início de 1970.

Os investigadores partem da perspetiva do aluno na análise à realidade, fazendo uso de entrevistas para compreender e detalhar o modo como os participantes enfrentaram e cumpriram a atividade proposta.

Marton criou a metodologia qualitativa “fenomenografia”, definida pelo próprio como “... método de investigação para conhecer de uma forma qualitativa as diferentes formas em que as pessoas experienciam, conceptualizam, percebem e compreendem vários aspetos do fenómeno e do seu próprio mundo” (p. 06) e cujo objetivo é encontrar e sistematizar modos de pensamento que resumem a forma como os indivíduos interpretam determinadas situações da realidade.

A escola fenomenográfica de Marton defende que a experiência de aprendizagem dos alunos se baseia na relevância do material escrito. Esta relação entre o aprendente e o objeto, que neste caso é o texto, é vista como uma unidade, não tendo o texto uma presença autónoma. Existe um só mundo vivenciado e percebido de diversas maneiras pelos sujeitos. A aprendizagem deve ser vista como uma modificação qualitativa no modo como o sujeito observa, ensaia, compreende e conceptualiza uma determinada parcela do mundo que o rodeia.

Os processos de ensino devem centrar-se sobretudo no desenvolvimento de uma modificação dos conceitos dos alunos face a um determinado objeto, sendo indispensável que os professores conheçam as diferentes concepções de aprendizagem dos seus alunos.

Marton e Säljö relataram os seus progressos neste âmbito da investigação, mencionando, essencialmente, dois níveis de processamento distintos – o superficial e o profundo.

No superficial, o aluno conduz a sua atenção para a aprendizagem do texto propriamente dito, isto é, detém uma concepção reprodutiva da aprendizagem, manifestando a necessidade de manter a estratégia de aprendizagem por rotina/hábito. É caracterizada pelo facto da matéria ser aprendida sem uma exigência compreensiva e integradora, com a vontade de atingir objetivos que são extrínsecos ao próprio material de aprendizagem. Esta abordagem reflete-se na repetição exata das palavras do autor e é eleita pelos alunos que, numa determinada situação e face a uma determinada matéria, recorrem à memorização mecânica dos conteúdos atentando, assim, nos pormenores particulares, tendo em vista uma posterior reprodução.

Podem-se verificar imensas desvantagens associadas a esta abordagem, sobretudo pela dificuldade em resolver situações que apelem à capacidade de abstração.

Posto isto, podemos concluir que as características do processamento superficial são:

a) Centralizar-se mais na dimensão tempo do que nas exigências da tarefa;

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