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Tornar-se Individuo

Por:   •  6/9/2016  •  Trabalho acadêmico  •  897 Palavras (4 Páginas)  •  1.347 Visualizações

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Primeiro vamos definir o conceito de sexo, que se refere as características biológicas de homens e mulheres, ou seja, características pertinentes aos órgãos sexuais e reprodutores de ambos.

“Sexo: conformação física, orgânica, celular, particular que permite distinguir o homem e a mulher, atribuindo-lhes um papel específico na reprodução, nos animais, conjunto das características corporais que diferenciam, numa espécie, os machos e as fêmeas e que lhes permitem reproduzir-se” (HOUAISS, 2009).

Conceito, que é a ordem “natural” desde que o mundo é mundo.

Em HORKHEIMER e ADORNO, o indivíduo a princípio era considerado por vários filósofos da época como algo concreto, fechado, único com características peculiares que só a ele se aplicam, ou seja, toda e qualquer transformação ocorrida em cada indivíduo não eram oriundas de causas externas, mas sim de “principio interno”, mônade.

“Mónade, termo normalmente vertido por mónada ou mônada, é um conceito-chave na filosofia de Leibniz. No sistema filosófico deste autor, significa substância simples - do grego μονάς, μόνος, que se traduz por "único", "simples". Como tal, faz parte dos compostos, sendo ela própria sem partes e portanto, indissolúvel e indestrutível.” (LEIBNIZ).

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Mas isto veio mudando com o tempo e apenas em Boécio(Pag.48), no seculo VI, que houve o primeiro indicio de “personalidade”. Mas o conceito teve origem dos dogmas cristão, em o que importava não era o indivíduo mas sim a sociedade, onde era visto como natural da ordem de Deus, uns serem servidos e outros servirem.

Tanto para PLATÃO e ARISTÓTELES(Pag.49), somente a convivência social com outros faz o homem ser homem, ou seja, caso não houvesse o homem seria um animal ou um Deus. Mas KANT(Pag.49) entendeu que era uma “necessidade humana fazer parte da sociedade”, pois só assim seria capaz de se desenvolver, e esse desenvolvimento ficaria dependente de uma convivência organizada: “O homem não foi predestinado à vida em rebanho, como animais domésticos, mas em colméia, como abelhas”. Subentende-se que o indivíduo deva conviver socialmente, não por mera convivência, mas com o objetivo de se organizarem, trabalharem em conjunto.

O indivíduo apenas surge, quando aprende a questionar a si mesmo e os interesses e pontos de vista dos outros, se autopreserva e busca o desenvolvimento próprio na sociedade.

Foram através destas mudanças, que a partir da Renascença o indivíduo passou a ser valorizado socialmente. A vida humana passou a ser essencial e não por mera casualidade.

Entretanto, LANE (2006) nos trás que podemos dizer que o papel do (individuo) homem ou mulher é definido pela cultura e muda de acordo com a sociedade e o tempo, ou seja, a construção histórico social, que atribui ao homem e a mulher papeis diferentes dentro de uma sociedade depende dos costumes de cada lugar, da experiencia cotidiana de seus indivíduos e também como é a vida familiar.

Papel este que começa a ser construído desde que o bebê está na barriga da mãe, de acordo com as expectativas da família que prepara o enxoval de acordo com o sexo, ou seja, rosa para meninas e azul para meninos. Desde o nascimento, “menino ou menina”, começará a receber mensagens de características peculiares ao homem e à mulher, mensagens estas que partem dos pais, familiares, escola, mídia, sociedade de modo geral, como por exemplo:

“Menino não chora”

“Ela é tão sensível”

“Homem tem que ser forte”

“Menino não brinca de boneca”. Mas para a menina: “Olhe o instinto maternal”.

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